“Eu sou a Virgem Maria, mãe do verdadeiro Deus, por quem se
vive! Desejo que aqui seja construído um templo para nele eu demonstrar e dar
todo o meu amor e compaixão, auxílio e proteção, pois sou vossa mãe amorosa.”
Como em outras aparições, para exprimir seu carinho e apreço
pelos humildes, marginalizados e pequenos, Maria revelou-se a um pobre índio.
Como já o fizera em outros lugares, em Guadalupe a mãe do Senhor valeu-se de
uma pessoa socialmente obscura para comunicar sua mensagem, tornando-a
porta-voz de suas palavras a todos, inclusive ao bispo local.
O bispo não acreditou nas palavras do índio Juan Diego e
pediu provas mais concretas. A mãe do céu pediu a Diego que voltasse no dia
seguinte, quando lhe daria a prova suficiente e necessária para afastar a
dúvida do bispo.
A Senhora de Guadalupe, La Morenita como a chamam os
mexicanos, traz vigor e ternura a todo o povo da América Latina. Na pele
morena, olhos amendoados, traços de índia, vestimenta simples e característica,
Maria mostrou-se, pela primeira vez, em nosso continente. Com feições índias e
traços morenos, cujo rosto o povo americano pode ver, pela primeira vez: o
rosto de Maria. Maria é presença sacramental (sinal) dos traços maternais de
Deus. Ao vê-la, ao contemplar seu rosto, ao desfrutarmos dos benefícios da
filiação, sentimos Deus em nós, podendo dizer:
Deus andou por aqui... Maria representa para o povo latino-
americano, desde a aparição de Guadalupe até nossos dias, quase cinco séculos
depois, uma realidade profundamente humana e santa, que desperta nos crentes as
preces da ternura, da dor e da esperança.’
No México, terra da mãe-morena de Guadalupe, em 1979, assim
se pronunciaram nossos bispos: “Esta é a hora de Maria, isto é, o tempo do novo
Pentecostes a que ela preside com sua oração, enquanto, sob o influxo do
Espírito Santo, a Igreja inicia um novo caminho em seu peregrinar.”Roguemos a Maria
que nos acompanhe nessa peregrinação.
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