Somente no silêncio a pessoa penetra nas profundezas de Deus. Somente no silêncio ela capta grandes relações, sente a dor, a busca, os anseios e a alegria do outro. Se nos afastamos, é para enxergarmos mais longe. Para abranger na totalidade do amor de Deus, o mistério do mundo tão carente de amor e de paz. O mistério dos homens e mulheres, nossos irmãos e irmãs. Especialmente dos excluídos. Nas dificuldades da vida nunca deixe de olhar mais além! No horizonte sempre brilha uma nova luz!
VOCAÇÃO
Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?
do Carmelo?
Páginas
domingo, 30 de agosto de 2015
ORAÇÃO DO CATEQUISTA
Encerrando o mês das vocações lembramos neste final de semana com muito carinho a todos e todas as catequistas que em sua disponibilidade e doação se dispõe a ensinar e evangelizar as crianças de nossas comunidades. Oferecemos a eles e elas a oração do catequista.
Senhor quando nos mandas semear
Transbordam nossas mãos de riqueza
Tua Palavra nos enche de alegria
Quando a lançamos na terra aberta.
Senhor, quando nos manda semear
Sentimos na alma a pobreza
Lançamos a semente que nos deste
E esperamos incertos a colheita
E nos parece que é perder tempo
Este semear em insegura espera
E nos parece que é muito pouco grão
Para a imensidade de nossas terras.
E nos perturba a desproporção
De teu mandato frente às nossas forças.
Mas a fé nos faz compreender
Que estás ao nosso lado na tarefa.
E avançamos semeando pela noite
E pela névoa matinal. Profetas,
Podres, mas confiantes que Tu
Nos usas como humildes ferramentas.
Glória a Ti, bom Pai, que nos destes
O teu Verbo, Semente verdadeira,
E pela graça de teu Santo Espírito
A semeias conosco na Igreja. Amém.
Parabéns a todos os catequistas e as catequistas de nossa Diocese e Paróquias.
sábado, 29 de agosto de 2015
22º DOMINGO COMUM
A fidelidade
de Deus à sua misericórdia e compaixão pela humanidade nos interpela a assumir
nossa responsabilidade pelos males que a ferem e a reverter nossas prioridades,
quase sempre muito restritas ou egoístas. E um dos primeiros passos é romper
com algumas práticas que adquiriram força de tradição e de verdade: a ilusão de
que a fé pode ser vivida sem ligação com a vida concreta; a mania de pedir que
Deus mude o mundo milagrosamente, sem nosso empenho; a hipocrisia de ostentar
publicamente uma retidão e uma autenticidade que não vão além da própria pele;
o mito que afirma que a única saída é cada um cuidar de si mesmo...
O amor solidário
e compassivo de Deus, manifestado e atestado definitivamente em Jesus Cristo,
não muda jamais. E não muda também o amor como único caminho possível para um
outro mundo. O apóstolo Tiago insiste: “Ele nos gerou por meio da Palavra da
verdade para que nos tornássemos as primeiras dentre as suas criaturas.” E
acrescenta: “Religião pura e sem mancha diante de Deus, nosso Pai, é esta:
socorrer os órfãos e as viúvas em aflição e manter-se livre da corrupção do
mundo.” Nosso batismo expressa esta vocação de sermos os primeiros a viver o
amor como princípio, meio e fim.
Quando
falamos em amor não estamos nos referindo a um vago sentimento interior, mas a um dinamismo
envolvente, que encontra em Jesus sua máxima expressão e concretude: trata-se
de reconhecer os outros em sua dignidade, de valorizar sua verdade e atender
suas necessidades. E isso comporta decisões
e ações concretas que passam longe do medo de não sujar as mãos, que nos
envolvem em lutas, que nos levam a compartilhar os sofrimentos e humilhações
que decortrem disso. É isso que
significa manter-se livre da corrupção, socorrer os órfãos e as viúvas, como
diz Tiago.
É
lamentável observar que inda hoje alguns cristãos, inclusive pessoas
consagradas e ordenadas, estejam mais preocupados com a limpeza das mãos ou com
a roupa adequada daqueles que se aproximam da eucaristia que com as fraturas,
divisões e injustiças que ferem o corpo de Cristo no corpo dos homens e
mulheres humilhados e excluídos da mesa da vida. Eles priorizam a limpeza das toalhas,
patenas e cálices, dão a máxima importância a panos e hábitos vistosos, mas pouco
se importam com as atitudes verdadeiramente anti-evangélicas queprecisam ser
combatidas e mudadas.
É esta a “lei”
que os legistas e fariseus defendem diante da liberdade de Jesus e dos seus
discípulos. “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, pois comem o pão sem lavar as mãos?” A eles
não interessa a partilha dos pães e peixes que alimentara uma multidão, mas o
fato de que os discípulos e todo o povo tinham comido sem lavar as mãos. E o
pior é que eles têm seguidores hoje, inclusive fora do âmbito religioso:
pessoas que hoje querem salvar as (funestas) leis do mercado à custa da fome
que mata milhões. O caminho trilhado e proposto por Jesus de Nazaré é bem outra
coisa.
A verdade
é que alguns costumes irrelevantes e hábitos perniciosos vão conquistando uma
importância cada vez maior e acabam aparecendo à nossa consciência como
expressões da vontade de Deus. Quanta discussão sobre se é permitido receber a
hóstia na mão ou não. E quanta polêmica em torno da prática de chamar leigos e
leigas a proclamar o Evangelho numa celebração eucarística. Agora aflora o
debate sobre o abraço da paz dentro da celebração eucarística... E sem falar na
comunhão aos casais separados ou recasados... Tradições humanas que ocupam o
lugar da vontade de Deus!...
Jesus
estabelece um princípio que orienta o discernimento de cada dia e em todos os
casos: “O que vem de fora e entra na pessoa não a torna impura; as coisas que
saem de dentro da pessoa é que a tornam impura.” O que nos torna puros ou
impuros não é nossa condição social, nosso grau de estudo, nossos recursos e
bens, nossa orientação sexual ou nossa pertença religiosa, mas as ações e
decisões que tomamos, as relações que estabelecemos. “Pois é de dentro do
coração das pessoas que saem as más intenções, como a imoralidade, roubos,
crimes, adultério, ambições sem limites, maldades...”
Jesus, Palavra viva e libertadora nos altos e baixos
história. Hoje tu nos pedes que não confundamos a Boa Notícia que liberta com
nossas próprias doutrinas e interesses. Tu nos ensinas que não são os aspectos
externos e sociais que nos fazem bons ou ruins aos olhos do teu e nosso Pai.
Abre nossos olhos, nossos ouvidos e nosso coração à tua desestabilizadora Boa
Notícia. Ajuda-nos a reinventar evangelicamente tua Igreja, tão devedora de
tradições fossilizadas. Sustenta e abençoa nossas catequistas e guia todas elas
pelos caminhos da justiça, mantndo seus passos na tua verdade. Assim seja!
Amém!
Itacir Brassiani msf
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
OBRA FUNDADORA DE SANTA TERESA
Hoje a Ordem do Carmelo celebra com imensa alegria os 453 anos de fundação do Carmelo Teresiano.
Obra do Espírito Santo em Santa Teresa a qual se deixou guiar por esta luz e sem esmorecer foi adiante neste empresa mesmo diante das dificuldades.
Deixemos que ela mesmo relate o início do Carmelo que ela escreve no seu Livro da Vida.
“Por fim, estando tudo pronto, foi o Senhor servido que, no dia de São Bartolomeu, algumas religiosas tomassem hábito. Pôs-se o Santíssimo Sacramento, e o novo mosteiro do glorioso pai nosso São José foi fundado, cumpridas todas as formalidades requeridas e obtidas as devidas autorizações, no ano de 1562 (...) Para mim, foi como que antegozar a glória ver instalado o Santíssimo Sacramento. Vi então realizada, de acordo com os meus desejos, uma obra que eu sabia ser para o serviço do Senhor e para a honra de sua gloriosa Mãe.
Deu-me também grande consolo ter feito o que Deus tanto me recomendara e ter dado a esta localidade mais uma igreja, dedicada ao meu glorioso pai São José; não que eu julgasse ter feito alguma coisa para isso, o que nunca me parecia nem parece (sempre entendo que era o Senhor quem o fazia, e aquilo que eu fazia tinha tantas imperfeições que eu devia antes me culpar do que merecer agradecimentos). Mas me alegrava muito ver que Sua Majestade me tomara por instrumento — embora eu fosse tão ruim — para obra tão grande” (S. Teresa de Jesus, Vida, 36, 6-7).
Obra do Espírito Santo em Santa Teresa a qual se deixou guiar por esta luz e sem esmorecer foi adiante neste empresa mesmo diante das dificuldades.
Deixemos que ela mesmo relate o início do Carmelo que ela escreve no seu Livro da Vida.
“Por fim, estando tudo pronto, foi o Senhor servido que, no dia de São Bartolomeu, algumas religiosas tomassem hábito. Pôs-se o Santíssimo Sacramento, e o novo mosteiro do glorioso pai nosso São José foi fundado, cumpridas todas as formalidades requeridas e obtidas as devidas autorizações, no ano de 1562 (...) Para mim, foi como que antegozar a glória ver instalado o Santíssimo Sacramento. Vi então realizada, de acordo com os meus desejos, uma obra que eu sabia ser para o serviço do Senhor e para a honra de sua gloriosa Mãe.
Deu-me também grande consolo ter feito o que Deus tanto me recomendara e ter dado a esta localidade mais uma igreja, dedicada ao meu glorioso pai São José; não que eu julgasse ter feito alguma coisa para isso, o que nunca me parecia nem parece (sempre entendo que era o Senhor quem o fazia, e aquilo que eu fazia tinha tantas imperfeições que eu devia antes me culpar do que merecer agradecimentos). Mas me alegrava muito ver que Sua Majestade me tomara por instrumento — embora eu fosse tão ruim — para obra tão grande” (S. Teresa de Jesus, Vida, 36, 6-7).
Cela da Santa Teresa
Pátio do Mosteiro
Capela do Mosteiro
sábado, 22 de agosto de 2015
MENSAGEM PARA O DIA DO LEIGO
Hoje celebramos a vocação leiga, a base originária de todas
as vocações cristãs.
Em nossa origem todos somos leigos.
Nascemos e renascemos
assim pela água do santo batismo. Por ele somos inseridos na grande família de
Deus que é a Igreja.
Antes de qualquer outro sacramento recebemos o do batismo,
que nos torna todos iguais perante o Deus Uno e Trino. Com ele todos nós nos
tornamos discípulos missionários de Jesus, temos todos em comum o mesmo
Evangelho de Jesus, que deve ser vivido com radicalidade por todos nós, antes
mesmo de assumir nossa vocação específica no plano de Deus.
Hoje, porém, nossa homenagem, reconhecimento, gratidão e
oração é para quem assume especificamente esta missão em sua vida. São todos
vocês que assumem a liderança nas comunidades, animam nossas liturgias, atuam
como ministros extraordinários da Palavra e da Eucaristia, visitam os doentes,
animam e confortam com suas palavras e amizade os que passam por dificuldades,
compartilham a mensagem de Jesus e entusiasmam seus irmãos e irmãs no
seguimento de Jesus.
Igreja com o Concílio
Vaticano II lhes entregou muitos ministérios, devolveu-lhes um amplo espaço de
ação na mesma e no mundo. Com toda garra, força, alegria e entusiasmo, vocês
devem se sentir e ser de fato o que Jesus nos pede: ”Ser sal e luz do mundo”.
Que a luz de vocês brilhe para todos. Que sempre brilhe diante dos seus olhos e
nos seus corações a beleza da vocação leiga, que é na simplicidade do dia a dia
viver a radicalidade do Evangelho de Jesus e proclamar ao mundo que é possível
viver o que Deus sonhou para todos, sermos felizes no AMOR.
A todos e todas nosso reconhecimento e gratidão pelos
serviços que prestam para o bem da humanidade, afim de que o Reino de Deus se
instaure e seja acolhido dentro de cada um de nós.
PARABÉNS! A todos vocês, leigos e leigas, nossa oração, apoio
e amizade.
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