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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


sábado, 25 de junho de 2016

13º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Image result for seguimento radical de jesus cristoIdeia principal: Deus pede radicalidade.

Síntese da mensagem: Se no domingo passado Cristo anunciava a sua Paixão e convidava os seus seguidores a carregar também eles a sua cruz cada dia, agora se aproxima a hora da verdade e se encaminha com decisão à Jerusalém, dando por terminada a sua pregação em terras de Galileia. A Eliseu custou seguir Elias, despedir-se dos seus pais e sacrificar a sua junta de bois, que era o que tinha (1 leitura). Este desprendimento radical e seguimento de Cristo tem que ser na liberdade e desde a liberdade (2 leitura).

Pontos da ideia principal:
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Em primeiro lugar, Deus pediu radicalidade aos profetas. Abramos a Bíblia. Hoje mesmo na primeira leitura. Elias no campo, viu Eliseu com os bois que aravam, tirou o manto e se lançou sobre os seus ombros. “Deixa-me dizer adeus aos meus pais”, pediu-lhe. “Vai e volta”, disse-lhe Elias. Quando voltou, sacrificou os seus dois bois, assou-os no fogo dos instrumentos de lavoura, celebrou com os seus trabalhadores a ceia do adeus e foi embora com o profeta (cf. 1 Re 19, 16-21). A permissão que pede para se despedir dos seus pais não tem como finalidade procrastinar a sua decisão, mas servirá precisamente para mostrar a sua radicalidade. A Abraão mandou sair da sua terra e ir a outra que Deus lhe indicaria. A Moisés ordenou ir diante do faraó e dar um discurso que nada tinha de gelatina mole. E do mesmo jeito com Isaias, a quem um querubim purificou os lábios com uma brasa do altar (cf. Is 6, 6-7); a Jeremias o mesmo Deus tocou os lábios (cf. Jer 1,9); a Ezequiel deu para comer um livro enrolado que tinha gosto de méis (cf. Ez 3, 1-3); a Jonas, que mandou pregar uma dura mensagem de conversão ao povo de Nínive. Deus foi radical com os profetas. Ninguém pode negar isso. Ele é o Senhor, o Criador. Nós, as suas criaturas e os seus servos. Sim, também será Pai. Mas teve que vir Cristo para revelá-lo.

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Em segundo lugar, Cristo pediu radicalidade aos apóstolos. Porque cristão é mais do que profeta. O evangelho é mais exigente que o Antigo Testamento. Abramos o evangelho de hoje. Jesus, a um que pedia a permissão do adeus aos seus pais que Eliseu fez a Elias, respondeu-lhe que “o que põe a sua mão no arado e continua olhando para trás, não serve para o Reino de Deus”. É ou não é exigente e radical este Jesus? E à pressa que seguia: sabes que se as raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, tu não terás nem sequer um travesseiro para recostar a cabeça. De outro não aceita a desculpa dilatória de que tem que enterrar o seu pai: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos”. Outra vez radicalidade, porque tem muito trabalho e não podemos nos entreter em coisas secundárias. No primeiro caso, vemos que não por ser bons cristãos, ou por seguir a vocação religiosa ou ministerial, prometem-se vantagens temporais. Com a segunda resposta, Jesus não desautoriza certamente a boa obra de enterrar os mortos. O que temos que ver é que não podemos procrastinar o nosso seguimento e o nosso trabalho pelo Reino. Tem que renunciar os laços da família se nos pede a missão evangelizadora, como fazem tantos cristãos quando se sentem chamados à vocação religiosa ou ministerial…, e tantos missionários, também leigos, que decidem trabalhar por Cristo deixando tudo. Não podemos fazer uma cirurgia estética no evangelho por respeito ao Respeitável. Estes do evangelho de hoje, seguiram Jesus diante de tanta radicalidade, ou resolveram “picar a mula”, isto é, fugir e não voltar a saber mais nada de Jesus?     

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Finalmente, Cristo nos pede e nos pedirá radicalidade a todos nós, isso está claro. Portanto, diante do evangelho temos que escolher: radicalidade ou frivolidade; radicalidade ou evangelho para colocar no bolso e com edição reduzida; radicalidade ou evangelho light. Pois parece que o homem atual sim está para radicalismos religiosos! Boa está a religião e a Igreja para exigir deles! O radicalismo que pede o evangelho é a fé ou aceitação radical de Jesus como Filho de Deus, a esperança ou confiança radical em Jesus como salvador do mundo e a caridade ou entrega radical à vontade de Deus. A radicalidade do evangelho está em pensar como Jesus pensava, taxar e valorizar as coisas como Ele fazia, trabalhar como Ele trabalhou e amar como Ele amou, adorar como Ele adorava, chorar e perdoar como Ele fazia, morrer como Ele morria para ressuscitar. A radicalidade evangélica é triple: a disponibilidade sem condições a Deus; a entrega a Deus sem contemplações, e a vida consequente e sem exceções. É a exigência de Jesus aos seus, aos cristãos. Esta radicalidade se concretiza na vivência dos mandamentos, na moral matrimonial, na moral sexual e na doutrina social da Igreja. Quem não entender esta radicalidade, sempre estará pondo “almofadas” às exigências de Cristo e tentará aguar a radicalidade evangélica. Quem se entregar a esta radicalidade, será livre no seu interior, sobretudo será livre do egoísmo e viverá segundo o Espírito (2 leitura).

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Para refletir: Aceitamos ou não esta radicalidade de Jesus? Por que? Por medo do inferno ou por amor e santo temor de Deus? Trato de viver esta radicalidade no meu matrimônio, na minha família? Os apóstolos deixaram os seus barcos e as suas redes; Eliseu, os seus bois e a sua família… o que sou capaz de sacrificar para ser fiel à minha vocação cristã no meio do mundo que tem outro estilo de vida?

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Para rezar: Rezemos com Santo Inácio de Loiola.

Tomai, Senhor, e recebei

Toda a minha liberdade,

A minha memória,

O meu entendimento

E toda a minha vontade;

Tudo o que tenho e tudo o que sou.

Destes-me tudo,

A Vós, Senhor, devolvo.

Tudo é vosso:

Disponde de tudo

Segundo a vossa Vontade.

Dai-me o vosso Amor e Graça,

Que isto me basta.

Amém.

Comentário sobre a liturgia do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor em Teologia Espiritual, diretor espiritual e professor de Humanidades Clássicas no Centro de Noviciado e de Humanidades da Legião de Cristo em Monterrey (México)

terça-feira, 21 de junho de 2016

CANONIZAÇÃO DE ELISABETE DA TRINDADE

Image result for beata elisabete da trindadeÉ COM IMENSA ALEGRIA QUE ANUNCIAMOS A PRÓXIMA CANONIZAÇÃO DA BEATA ELISABETE DA TRINDADE (1880-1906).SERÁ NO DIA 16 DE OUTUBRO DE 2016. DEIXAMOS A VOCÊS UM PEQUENO HISTÓRICO DA VIDA DESTA MÍSTICA CARMELITA.
Elisabete Catez Rolland, filha de Francisco José e de Maria, nasceu perto de Bourges, França, num acampamento militar do campo de Avor, na manhã de domingo, dia 18 de julho de 1880, tendo sido batizada no dia 22 de julho, na capela do mesmo acampamento.

Image result for beata elisabete da trindadeDesde menina distinguiu-se por seu temperamento apaixonado, um tanto agressivo, mas por outro lado marcado por uma agradável sensibilidade. Sua mãe conta: “Quando tinha um ano, já se manifestava a sua natureza ardente e colérica... Foi pregada uma missão durante a nossa estadia devendo terminar com a bênção das crianças. Uma religiosa veio-me pedir uma boneca para representar o Menino Jesus, no presépio, devendo vestir-se com um traje cheio de estrelas douradas e irreconhecível aos olhos da menina. Levei-a à cerimônia. A criança esteve distraída com as pessoas que chegavam, mas quando o prior do alto do púlpito anunciou a Bênção, Elisabeth deitou um olhar sobre o presépio e reconheceu a boneca e, num ímpeto de cólera, com o olhar furioso, exclamou: ‘Jeanette! Dêem-me a minha boneca!” A criada teve de a levar no meio duma risada geral. Esta natureza ardente e colérica cada vez mais se acentuou...” (RB 1,2-3).
Seu pai faleceu no dia 2 de outubro de 1887, de repente, vítima de uma crise cardíaca. Elisabete, que tinha então sete anos e dois meses relembrará dez anos mais tarde essa hora trágica. A morte do pai causará a “conversão” e mudança de caráter de Elisabete. como fruto de sua vida de ascese e oração.
Faz sua primeira comunhão no dia 19 de abril de 1891, em Dijon. Indo com outras companheiras visitar o Carmelo recebe um “santinho” da Priora, Madre Maria de Jesus, que na dedicatória traduz o nome Elisabete por “Casa de Deus”.
Desde os oito anos estudou música no Conservatório de Dijon. Todos os dias passava horas ao piano. Muitas vezes participou em concertos organizados na cidade. Seu talento precoce merece elogios nos jornais locais. No dia 24 de julho de 1893, apesar da sua pouca idade, obteve o primeiro prêmio de piano do Conservatório.
Image result for beata elisabete da trindadeA jovem Elisabete freqüentará a sociedade local. No decorrer de uma festa, enquanto dançava e se divertia, a Sra. Avout, surpreendeu o seu olhar e lhe segredou: “Elisabete, não estás aqui, estás vendo Deus...” Havia nos seus olhos “um não sei quê de luminoso que irradiava”, disse Louise de moulin, que Elisabete preparava para a Primeira Comunhão. Um de seus amigos de juventude, que a tinha encontrado várias vezes quando todos os dias ia ver a sua grande amiga, a vizinha Marie Louise Hallo, Charles, irmão desta, não economiza superlativos quando descreve Elisabete como “muito simples e duma espantosa franqueza... muito querida pelas suas companheiras... muito alegre, muito musical... a sua doçura refletia-se-lhe no olhar extraordinário e luminoso... a pureza transparecia-lhe no olhar”. A Senhora Hallo confirmará o esplendor do olhar de Elisabete, especialmente quando voltava da comunhão: “nunca poderei esquecer o seu olhar. O rosto de Elisabete, quando voltava da comunhão, não se pode explicar”.
No dia 2 de janeiro de 1901, aos 21 anos, ingressou no Carmelo Descalço de Dijon, cidade onde vivia com sua sua família.
Image result for beata elisabete da trindadeRecebeu o hábito no dia 8 de dezembro de 1902 e no dia 11 de janeiro de 1903 emitiu seus votos religiosos na Ordem do Carmelo, que já amava com toda sua alma.
Com sua vida e doutrina, breve mas sólida, exerce grande influência na espiritualidade atual, especialmente por sua experiência trinitária. Em sua obra distinguem-se: Elevações, Retiros, Notas Espirituais e Cartas.
Foi beatificada pelo papa João Paulo II, no dia 25 de novembro de 1984, festa de Cristo Rei. Sua festa é celebrada no dia 8 de novembro.

Image result for beata elisabete da trindadeIrmã Elisabete é uma alma que se transformou dia a dia no mistério trinitário.
Enamorada por Jesus Cristo, que é “seu livro preferido”, eleva-se à Trindade, até que “Elisabete desaparece, perde-se e se deixa invadir pelos Três”.
“A Trindade: aquí está nossa morada, nosso lugar, a casa paterna de onde jamais devemos sair... Encontrei meu céu na terra, posto que o céu é Deus e Deus está em minha alma. No dia em que compreendi isto, tudo se iluminou para mim".

“Crer que um ser que se chama Amor habita em nós a todo instante do dia e da noite, e nos pede que vivamos em sociedade com Ele, eis aquí, garanto-vos, o que tem feito de minha vida um céu antecipado”.
Amou intensamente sua vocação carmelita e também amou e imitou a “Janua Coeli”, como chamava Nossa Senhora.

Andou a passos largos no caminho da perfeição. Faleceu no dia 9 de novembro de 1906 vítima de úlcera estomacal, murmurando, quase cantando: “Vou para a luz, para o amor, para a vida”.

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sábado, 18 de junho de 2016

12º DOMINGO COMUM

Image result for seguir a cristo no es facilIdeia principal: Seguir a Cristo nunca é fácil.

Síntese da mensagem: Seguir a Cristo requer levar a sério as condições que hoje Cristo nos coloca: “Se alguém quiser vir detrás de mim, que não se busque a si, que tome a sua cruz de cada dia e me siga”. Não buscarmos a nós mesmos, que é egoísmo, mas a vontade de Deus. Pegar cada um a sua própria cruz de cada dia, participação de alguma farpa da cruz de Cristo: cruz física, cruz psicológica, cruz moral, cruz espiritual. Seguir a Cristo, pois Ele deixou bem nítidas as pegadas no evangelho, no Sacrário e no pobre necessitado.



Pontos da ideia principal:
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Em primeiro lugar, não foi fácil seguir a Cristo durante a sua vida terrena. Perguntemos a esse jovem rico do evangelho que deu as costas a Cristo (cf. Mc 10, 17-30). Perguntemos a esses escribas e fariseus, que embora escutavam, não se abriram à fé Nele e preferiram seguir atados aos seus pergaminhos, tradições e sobretudo, à sua soberba. Perguntemos a quantos Cristo deu de comer e encheu o estômago deles de pão material, mas quando lhes vaticinou o outro Pão, o Pão do seu Corpo (cf. Jo 6), retiraram-se muitos e o abandonaram. Perguntemos a Pedro que quando Cristo fez o se anúncio da paixão e morte, quis dissuadi-lo para mudar de ideia; e Cristo somente lhe disse bem firme: “Afasta-te de mim, Satanás, pensas como os homens e não como Deus”. Perguntemos aos mesmos apóstolos, escolhidos por Cristo, que demoraram tanto em entender a mensagem de Jesus, e falharam justamente na hora da Paixão, deixando-o sozinho, a exceção de João. Perguntemos a quantos escutaram aquelas palavras: “Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, pegue a sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24); fizeram como que não ouviram e seguiram outro caminho, em busca talvez de um profeta que lhes prometa a felicidade sem cruz e sem renúncia. Com quantos amigos terminou Cristo na sua vida terrena? Podemos contar com os dedos das mãos. Sim, seguir a Cristo é difícil, porque é subida, o caminho é espinhoso em muitas ocasiões, poucos momentos de oásis e muito suor e lágrimas. Mas a presença de Cristo consola, anima, fortalece e fortifica a nossa alma e o nosso corpo. E hoje encontramos essa presença especialmente na oração, nos sacramentos e na caridade com o pobre, onde Ele se faz também carne necessitada de um gole de água, de um pedaço de vestido, de um teto para abrigar-se. 

Image result for seguir a cristo bibliaEm segundo lugar, não foi fácil seguir a Cristo durante os primeiros séculos do Cristianismo, quando Jesus subiu ao céu. “Crucifica-o”. Este grito dos judeus contra Jesus continua sendo escutado durante três primeiros séculos contra os cristãos. “Christiani ne sint” (morram os cristãos), reza o edito imperial. Mas os discípulos de Cristo crucificado, sem outras armas que a sua paciência e a sua verdade, superam todas as ciladas. Até o governo de Nero a Igreja pôde se propagar com certa liberdade. Deste este imperador até o século IV se perseguiu à morte os cristãos, procurando aniquilá-los por todos os meios. Eles mantiveram firmes a sua fé até a morte, com o auxílio divino: homens, mulheres e crianças sofreram alegres os tormentos e a morte por se confessarem cristãos. Muitos pagãos se converteram ao ver o seu valor nos tormentos e o exemplo na sua vida impecável: Quantas perseguições? Houve 10 perseguições gerais, que se estendiam por todo o Império; e muitas perseguições locais que afetavam só tal o qual província. Que tormentos? Às vezes serviam de espetáculo à plebe ávida de sangue e emoções fortes: crucifixão, bestas no circo, fogo lento, tochas… Estes tormentos foram sem dúvida terríveis nas últimas perseguições, nas que se pretendia quebrantar a vontade e conseguir a sua apostasia: fome, dentes de ferro, flagelação até deixar descobertos os ossos, azeite fervendo e pele derretendo, etc. 
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Como sofriam e morriam os primeiros cristãos? Serenos e em paz, com ânsias de se unirem a Cristo. Humildes e caridosos, perdoando os seus verdugos e rogando pela sua salvação. Às vezes discutiam com os seus juízes demonstrando-lhes a verdade da religião. O Espírito que neles habitava colocava na boca deles as palavras que tinha que responder. Causas das perseguições? A verdadeira causa era que a vida exemplar dos cristãos constituía uma constante repreensão dos vícios pagãos. Jesus tinha anunciado claramente: “Sereis perseguidos porque não sois do mundo”. Os pretextos que punham os perseguidores eram: são inimigos do estado, poia não acatam às ordens do imperador, são ímpios e atraem as maldições dos deuses, não querem tributar-lhes culto. Tertuliano lhes respondeu: “Ide aos vossos cárceres e vede quantos pagãos criminais há neles e quantos criminais cristãos: depois julgai vós”. Outros pretextos: cometem crimes tremendos na celebração dos seus mistérios: p.e., comem crianças… São causa de divisão dentro do império.      

Image result for seguir a cristo bibliaFinalmente, não será fácil para cada um de nós, os seus seguidores. Seguir a Cristo na política não é fácil. Como acabou sir Thomas Moro, primeiro ministro, na Inglaterra do século XVI, com o rei adúltero Henrique VIII? Seguir a Cristo na medicina não é fácil. Quantos médicos diante da objeção de consciência, por não aceitar o aborto, foram despedidos das clínicas! Seguir a Cristo na economia não é fácil. Como acabam os economistas que fazem luz às corrupções? Seguir a Cristo no meio pagão e descristianizado, não é fácil; esses cristãos honestos não conseguem postos e são marginalizados e humilhados. Seguir a Cristo no matrimônio e na família, não é fácil. Seguir a Cristo como jovem que não se deixa levar por esses ambientes que oferecem “pão e circo”, não é fácil. Seguir a Cristo como religiosas e freiras, não é fácil. Seguir a Cristo como sacerdotes fiéis ao celibato, não é fácil. Seguir a Cristo cuidando e dedicando-se aos pobres, enfermos e anciãos, não é fácil.     
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Para refletir: Penso seguir a Cristo desde a comodidade? Levo a minha cruz com serenidade e amor, unida à cruz de Cristo? Já coloquei os meus pés nas pegadas que Cristo deixou no evangelho?

Para rezar: Nem sempre sois o meu tesouro, Senhor. Nem sempre tenho-vos no centro da minha vida. Porém, quero lutar para optar cada vez mais por Vós. Quero descobrir-vos e ter-vos como o único e mais prezado tesouro da minha vida. Nem sempre sois o meu Senhor. As riquezas, o ter, o consumo… me atraem demais e me acostumam ao cômodo, ao que é fácil. Sei que seguir-vos exige sacrifício, que deixar-me levar por esses senhores, afastar-me-á irremediavelmente de Vós. Quero ser livre e ter-vos como o meu único Senhor.


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Comentário sobre a liturgia do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor em Teologia Espiritual, diretor espiritual e professor de Humanidades Clássicas no Centro de Noviciado e de Humanidades da Legião de Cristo em Monterrey (México)

sábado, 11 de junho de 2016

CELEBRANDO A VIDA

Neste dia 11 celebramos com alegria mais um ano de vida de nossa irmã Ivone.
Felicidades para você, por este dia tão especial que é o seu aniversário.
Parabéns, que você possa ter muitos anos de vida, abençoados e felizes, e que estes dias futuros sejam todos de harmonia, paz e desejos realizados.
Que seu coração, esteja sempre em festa, porque você é um ser de luz.
Que seu caminhar seja sempre premiado com a presença de Deus, guiando seus passos e instruindo suas decisões, para que suas conquistas e vitórias, sejam constantes em seus dias.





11º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Image result for jesus UNGIDO COM PERFUMEIdeia principal: Três formas de olhar o pecador: condena, indiferença e perdão.

Síntese da mensagem: Continuamos no ano da misericórdia. Toda a liturgia de hoje está impregnada dessa infinita misericórdia de Deus. Deus perdoa os pecados do rei Davi, porque se arrependeu quando o profeta Natã colocou diante dos seus olhos os pecados horrendos do rei (1 leitura). São Paulo também experimentou essa misericórdia gratuita de Deus, em Cristo, que o amou e se entregou por ele, a quem Paulo aceitou pela fé (2 leitura). A mulher adúltera do evangelho, já arrependida, oferece uma liturgia penitencial cheia de amor a Cristo na casa do fariseu com esses gestos: com as suas lágrimas banhou os pés de Jesus, enxugou-os com os seus cabelos, beijou-os e os ungiu com um perfume precioso. Grande é a misericórdia de Deus ao perdoar os nossos pecados, e não nos condenar nem ser indiferente diante de nós.

Pontos da ideia principal:
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Em primeiro lugar, contemplemos a primeira forma de ver o pecador: condena. Eis esse fariseu que convidou Jesus para comer. Nenhum detalhe com Jesus: nem lhe ofereceu água para se lavar; nem lhe deu o ósculo da paz. Só tinha olhos e coração para condenar, não só essa mulher pecadora que tocava Jesus, mas o mesmo Jesus que permitia esse escândalo de deixar-se tocar por uma pecadora. Cego de olhos e de coração, este fariseu não vê nada do que tem de belo nessa atitude da mulher! Aliás, julga e critica. Julga a mulher, sem se interessar da mudança de atitude que manifesta o seu comportamento. Crucificou a mulher na categoria dos pecadores e não admite que possa sair dela. Julga também Cristo, quem convidou por curiosidade e não por amor e desejo de escutá-lo, ao ver o entusiasmo que provocava em tantas pessoas. Que dó desse fariseu! Esteve tão perto de Jesus e não permitiu ser tocado pela sua misericórdia. Nem sequer Jesus o condena: simplesmente fá-lo refletir na sua postura para se corrigir e se converter. E o faz com essa parábola que desencadeia umas consequências: a generosidade desta mulher pecadora arrependida se contrapõe à mesquinhez e à frieza do fariseu que faltou à mais elementar cortesia com esse hóspede.

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Em segundo lugar, contemplemos a segunda forma de ver o pecador: indiferença. Eis os outros comensais convidados pelo fariseu para comer. Nada dizem. Nada lhes interessa. Estão aí, comendo e aproveitando a tertúlia. Cada um seguramente diria: o que eu tenho que ver com isso? O Papa Francisco está falando frequentemente da cultura e da globalização da indiferença. Em Lampedusa, na pequena ilha do sul da Sicília e celebre pelo desembarque contínuo de imigrantes, o Papa exclamou assim: “Quem de nós chorou a morte destes irmãos e irmãs, de todos aqueles que viajavam sobre as barcas, pelas jovens mães que levavam os seus filhos, por estes homens que buscavam qualquer coisa para manter as suas famílias? Somos uma sociedade que esqueceu a experiência do pranto… O almejo pelo insignificante, pelo provisório, leva-nos à indiferença com relação aos demais, leva-nos à globalização da indiferença”. Foi a sua primeira viagem oficial. Continuava o Papa: “Quem é o responsável pelo sangue destes irmãos? Ninguém. Todos respondemos: não fui eu, eu não tenho nada que ver, serão outros, mas eu não. Hoje ninguém se sente responsável, perdemos o sentido da responsabilidade fraterna, caímos no comportamento hipócrita (…). Olhamos para o irmão meio morto à margem da caminho e talvez pensamos: coitadinho, e continuamos o nosso caminho, que é assunto nosso, e assim nos sentimos tranquilos. A cultura do bem-estar, que nos leva a pensar só em nós mesmos, converte-nos em insensíveis ao grito dos outros, faz-nos viver em bolhas de sabão, que são bonitas, mas são inúteis, não são nada…”. Diante do pecador, esta globalização da indiferença se faz mais culpável e nos converte em cúmplice dos pecados dos nossos irmãos: “Por acaso sou guardião do meu irmão?” – exclamou Caim a Deus quando lhe pediu contas do sangue do seu irmão Abel. Sim, somos guardiões e temos que ajudar os nossos irmãos a sair do pecado e aproximá-los do Salvador.        

Image result for jesus UNGIDO COM PERFUMEFinalmente, contemplemos a última forma de ver o pecador: o perdão. Eis Jesus. Enquanto Jesus vir arrependimento, as suas entranhas se comovem. De entrada digamos que a misericórdia de Deus, encarnada em Cristo, escandalizou os juristas e fariseus do seu tempo. Dizia o pregador dos exercícios espirituais deste ano 2016 ao Papa e à cúria romana que os fariseus de todas as épocas colocam o pecado “no centro da relação com Deus”, porém “a Bíblia não é um ídolo ou um totem”; exige “inteligência e coração”. Os poderes que não duvidam em usar uma vida humana e a religião “colocam Deus contra o homem”. E esta é “a tragédia do integrismo religioso”. “O Senhor não suporta os hipócritas, os que levam máscaras, os que têm coração duplo, os comediantes da fé e não suporta os acusadores e os juízes”. O gênio do cristianismo esta, pelo contrário, no abraço entre Deus o homem. “Já não se opõem”, “matéria e espírito se abraçam”. A doença que Jesus mais teme e combate é “o coração de pedra” dos hipócritas: “violar um corpo, culpável ou inocente, com as pedras ou com o poder, é a negação de Deus que vive nessa pessoa”. Que liturgia penitencial tão linda realizou essa mulher pecadora com Jesus na casa do “justo” fariseu: lavou os pés de Jesus com as suas lágrimas de arrependimento, enxugou-os com os seus cabelos de bondade, beijou-os com os seus lábios de ternura e os ungiu com o perfume do seu amor! O que outrora lhe serviu para pecar, agora, arrependida, deixa aos pés de Jesus. Mulher nova, redimida, perdoada, levantada, purificada. Sentiu-se não só perdoada, mas honrada com os elogios de Jesus devido aos seus gestos.       
Image result for jesus UNGIDO COM PERFUMEPara refletir: Qual destas três posturas eu tenho diante do pecador: condena, indiferença ou perdão? Rezo pelos pecadores? Reconheço-me pecador e me abro à misericórdia de Deus na confissão? Pensemos nesta resposta que o Papa Francisco deu numa entrevista que lhe fizeram na casa Santa Marta em dezembro de 2014:

A renovação da Igreja a qual o senhor chama desde que foi eleito aponta também a buscar estas ovelhas perdidas e a frear essa sangria de fiéis?

Não gosto de usar essa imagem da “sangria” porque é uma imagem muito ligada ao proselitismo. Não gosto de usar termos ligados ao proselitismo porque não é a verdade. Gosto de usar a imagem de hospital de campo: tem gente muito ferida que está esperando irmos para curar as feridas, feridas por mil motivos. E temos que sair para curar as feridas. Tem gente ferida por desatenção, por abandono da Igreja mesma, gente que está sofrendo horrores…

Para rezar: Salmo 50 (51)
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Tende piedade de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
Por vosso grande coração, apaga a minha culpa.

Que a minha alma fique limpa de malícia,
Purificai-me do meu pecado.

Pois a minha falta eu a conheço bem
E meu pecado está sempre diante de Vós;

Contra Vós, só contra Vós que eu pequei,

Pratiquei o que é mal aos vossos olhos.