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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


sábado, 29 de abril de 2017

3º DOMINGO DA PÁSCOA

Jesus nos acompanha nas curvas e encruzilhadas da vida!
Resultado de imagem para discípulos de emaúsO significado do acontecimento pascal não se entrega à nossa compreensão em uma só vez. A realidade viva e esperançosa que o evento da pascoa de Jesus nos comunica precisa de um longo tempo para germinar, crescer, florescer e frutificar. Com sua peculiar sabedoria, a tradição cristã prolonga o evento pascal nas sete semanas que se seguem à páscoa. Este período, denominado tempo pascal, é um desafio e um convite a descobrir e acolher o dinamismo da ressurreição em suas múltiplas facetas, uma novidade escondida nas tramas da vida e na luminosidade translúcida das liturgias.
Os evangelhos fazem questão de não esconder as dificuldades e a incrível lentidão com que os discípulos e discípulas vão se abrindo à ressurreição de Jesus Cristo. O episódio dos discípulos que deixam Jerusalém e voltam desolados à aldeia de Emaús é paradigmática. Lucas diz que eles caminhavam desolados, e pareciam uma dupla de cegos. Eles não conseguiam tirar da memória a imagem da prisão, do julgamento, da tortura e da morte de Jesus na cruz. Para eles, o fracasso fora completo e arrasador, e não havia como conciliar a esperança do esperado messias com um criminoso pregado na cruz...
O evangelista faz notar que “o próprio Jesus se aproxima e começa a conversar com eles”. E começa perguntando pelo conteúdo da conversa e pelo motivo da tristeza deles. Não chega impondo o tema ou desviando do assunto. Com a sabedoria de mestre, conduz os discípulos ao mais fundo da própria frustração, ao coração da própria dor, ao núcleo central dos acontecimentos. E o faz caminhando com eles, num caminho de volta ao passado no qual dormiam as esperanças. Sem este primeiro momento, o anúncio e o testemunho da ressurreição poderia cair no vazio ou resvalar para o cinismo.
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Caminhando e dialogando com os discípulos, Jesus provoca neles a abertura a uma imagem de Deus despida das marcas do poder e do saber. Obcecados por certa imagem de Deus e machucados pelo desengano de suas esperanças, eles não conseguem compreender nada. Mas a perseverança de Jesus acaba abrindo algumas pequenas brechas naquela terra seca. Eles se dão conta de que já é tarde, e a noite se aproxima. Percebem claramente que um caminho sem esperanças não leva a lugar nenhum. Sentem necessidade de um companheiro com quem possam dividir o pão da dor.
A sede de companhia, somado ao desejo de repartir, faz a diferença e abre as portas. Acolhendo o anônimo companheiro de caminhada e partilhando com ele a vida e o pão, os discípulos passam da cegueira à visão, da frustração à alegria, da escuridão à luz. A hospitalidade e a partilha dão a eles a possibilidade de fazer uma releitura do percurso feito, compreender melhor o que sentem e descobrir o significado profundo dos acontecimentos que vivem. Só então eles dão atenção àquilo que sentiam quando escutavam a Palavra. “Não estava o nosso coração ardendo quando ele nos falava pelo caminho?”
A seu modo, Pedro demonstra que os apóstolos também aprenderam esta lição. Com uma coragem inexplicável, ele se dirige aos habitantes de Jerusalém e aos peregrinos, convida-os a compreender o sentido do que estava acontecendo naquela manhã em que o fogo do Espírito abria portas e caminhos, concedia sabedoria e inteligência, chamava e enviava: aquele Jesus de Nazaré que fora humilhado até o extremo havia sido exaltado ao máximo. “Não era possível que a morte o dominasse... Deus o ressuscitou dos mortos e lhe deu a glória...” E nos acompanha neste tempo em que somos todos migrantes...
Resultado de imagem para discípulos de emaúsA fé cristã se fundamenta no testemunho, na experiência pessoal ou dos outros. Cremos porque há uma corrente de homens e mulheres que deram prosseguimento ao caminho e ao projeto vivido por Jesus Cristo. Nesta “nuvem de testemunhas” Cristo se mostra vivo e ressuscitado, e os sacramentos nos conduzem a esta realidade. Se esta corrente de testemunhas não continuar, os frutos da ressurreição não chegam à mesa de ninguém. Por isso, cada geração de cristãos precisa recriar o testemunho do Ressuscitado, discernindo as exigências e oportunidades próprias do seu tempo. A jornada mundial de oração pelas vocações, e a própria greve geral da sexta-feira, estão nesta perspectiva.
Deus da vida: nossos pais e antepassados na fé nos ensinaram a te chamar de pai, mas mostras que tens um coração de mãe. Tu nos acompanhas nas curvas sombrias dos nossos fracassos individuais e coletivos, nos confortas no aconchego do teu colo, seguras nossa mão e guias nossos passos incertos, abres nossos olhos para encarar a realidade, encorajas à fidelidade criativa e responsável. Vem em nosso auxílio na aventura de transformar a fé na ressurreição do teu filho em projeto de uma vida comprometida com os pobres, doada sem reservas e sem condições. Assim seja, neste tempo de nossa migração neste mundo! Amém!

Itacir Brassiani msf

sexta-feira, 28 de abril de 2017

VENERÁVEL MARIA FELÍCIA 'CHIQUITUNGA'


Celebramos hoje o aniversário da entrega total da Serva de Deus Marai Felícia de Jesus Sacramentado, mais conhecida carinhosamente como CHIQUITUNGA. São 58 anos que ela partiu para a casa da Pai depois de ter vivido uma vida de doação e entrega generosa ao Senhor. Seu lema: Tudo te oferto, Senhor! 
No seu leito de morte assim ela se expressava: "Tenho sede do Seu Amor! Possuo um desejo estranho de entrega total, de imolação silenciosa e escondida: Sofro - como não sei dar a entender - este desterro. Cada dia me parece mais verdadeira a minha vocação e amo-a como só Deus pode saber!»

Na noite da sua partida entrou em coma várias vezes... E numa das vezes Felícia, ao vir a si, exclamou sorridente: «Jesus está a jogar comigo!»

Finalmente chegou o momento... Seu irmão médico afirma que já morreu. Começam a desligá-la dos aparelhos quando sucedeu o imprevisto: Conta a própria Prioresa: « De repente iluminou-se o rosto de Maria Felícia com um sorriso inexprimível; levantou as mãos que tinha unidas apertando o Crucifixo da Profissão e com voz clara e forte disse: Paizinho querido, sou a pessoa mais feliz do mundo... Se soubesses o que é na verdade a Religião Católica! E terminou dizendo estas palavras: «Jesus! Eu Te amo! Que doce encontro! Virgem Maria!» e placidamente partiu, ficando estampado no seu rosto o seu sorriso característico.
A vida de Maria Felícia foi uma contínua doação como o foi a de Cristo. Nada mais convincente do que escreveu Teodor Estudita sobre a cruz, que relata tão bem o que é a vida de quem se entrega ao Amor.
"Ó preciosíssimo dom da cruz! Vede o esplendor de sua forma! Não mostra apenas uma imagem mesclada de bem e de mal, como aquela árvore do Paraíso, mas totalmente bela e magnífica para a vista e o paladar.
        É uma árvore que não gera a morte, mas a vida; que não difunde as trevas, mas a luz; que não expulsa do Paraíso, mas nele introduz. A esta árvore subiu Cristo, como um rei que sobe no carro triunfal, e venceu o demônio, detentor do poder da morte, para libertar o gênero humano da escravidão do tirano. 

        Sobre esta árvore o Senhor, como um valente guerreiro,ferido durante o combate em suas mãos, nos pés e em seu lado divino, curou as chagas dos nossos pecados, isto é, curou a nossa natureza ferida pela serpente venenosa. 
        Se antes, pela árvore, fomos mortos, agora, pela árvore, recuperamos a vida; se antes, pela árvore, fomos enganados, agora, pela árvore, repelimos a astúcia da serpente. Sem dúvida, novas e extraordinárias mudanças! Em vez da morte, nos é dada a vida; em lugar da corrupção, a incorrupção; da vergonha, a glória. 
        Não é sem razão que o Apóstolo exclama: Quanto a mim, que eu me glorie somente na cruz do Senhor nosso, Jesus Cristo. Por ele, o mundo está crucificado para mim, como eu estou crucificado para o mundo (Gl 6,14)". 



domingo, 23 de abril de 2017

DOMINGO DA MISERICÓRDIA

Mas o que é Misericórdia?
Resultado de imagem para domingo da misericordia 2017Misericórdia é um sentimento de compaixão, despertado pela desgraça ou pela miséria alheia. A expressão misericórdia tem origem latina, é formada pela junção de miserere (ter compaixão), e cordis (coração). "Ter compaixão do coração", significa ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente, aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém, ser solidário com as pessoas.
Misericórdia! é uma exclamação usada quando nos deparamos com uma situação de desespero, de sofrimento. É também um grito de quem pede compaixão.
Conceder misericórdia a alguém é perdoá-la pelo simples ato de bondade, apesar do outro não merecer o perdão.
Misericórdia Divina é Deus perdoar os pecados, apesar das faltas cometidas pelos pecadores. É a libertação do julgamento. Durante a benção oferecida pelo Papa, chamada de Urbi et Orbi, é concedida a penitência e a indulgência para os fiéis que se confessam, recebem  a comunhão e estão livres de pecados mortais. Em oração, o Papa pede que Deus todo poderoso tenha misericórdia e perdoe os pecadores.
Carregar a bandeira da misericórdia é quando o indivíduo tem bondade no coração, é a pessoa que está sempre pronta para ajudar o outro, se preocupa com o outro, sem segundos interesses, é o chamado bom samaritano.
Mãe de Misericórdia é a expressão usada na Igreja Católica, para denominar a mãe de Jesus, pela sua imensa bondade, como vemos no primeiro trecho da oração Salve Rainha: Salve, Rainha, mãe de misericórdia, vida douçura, esperança nossa, salve.
Resultado de imagem para domingo da misericordia 2017Casas de misericórdia são instituições de caridade, criadas com a missão de tratar e socorrer enfermos e inválidos.
Obras de misericórdia, são 14 preceitos que segundo a doutrina católica, devem ser seguidos por seus fiéis. Sete obras se referem a ações temporais: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, assistir aos enfermos, vestir os presos e enterrar os mortos. Outras sete obras se referem a ações espirituais: dar bom conselho, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo, e rogar a Deus por todos os necessitados, tanto vivos quanto mortos.

Misericórdia era o nome do punhal que os cavaleiros traziam do lado direito da cintura e que era usado para matar o adversário, já derrubado, caso esse não pedisse misericórdia. O golpe fatal era dado com o punhal e era chamado de golpe de misericórdia.