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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


sábado, 22 de fevereiro de 2020

JEJUM QUARESMAL


A recomendação quaresmal da Igreja é realmente saudável?
Resultado de imagem para JEJUMNa Quaresma, a Igreja recomenda que jejuemos na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, além de evitar comer carne toda sexta-feira. Mas essa recomendação é realmente benéfica para a saúde?
Para começar, falamos sobre dois termos diferentes: jejum e abstinência.

Os benefícios do jejum
Lembre-se de que o jejum recomendado pela Igreja é realizar apenas refeições frugais, para pessoas saudáveis ​​com mais de 18 anos e menos de 60 anos, e apenas nesses dois dias.

No entanto, existem fiéis que optam por um jejum radical que consiste em beber apenas água ou, no máximo, comer um pouco de pão, como forma de expressar sua religiosidade. Essa prática mais radical tem uma tradição antiga e está presente em quase todas as religiões.

Moisés e Jesus jejuaram por 40 dias, o Ramadã muçulmano evita comer qualquer coisa durante o dia por 30 dias. Mahatma Gandhi praticava jejum regularmente, para alguns exemplos.

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Do ponto de vista médico, considera-se que jejuamos quando ingerimos menos de 300 calorias por dia e nos alimentamos apenas de líquidos.

Quando fazemos um jejum prolongado ou intermitente, voluntário e controlado, o corpo começa a consumir as suas reservas, o que pode ser uma prática muito saudável se for feita com bom senso, prudência e orientação médica.

Na maioria das sociedades ocidentais, comemos mais do que nosso corpo realmente precisa e isso produz não apenas obesidade, mas também uma sobrecarga de trabalho para nosso corpo. Quando nosso corpo não trabalha para digerir, ele se dedica à “limpeza” e isso é bom porque:
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Elimina toxinas
Melhora o equilíbrio corporal
Ajuda a baixar o colesterol
Ajuda o sistema imunológico
Existem estudos que comprovam que o jejum pode ser bom para dores crônicas e doenças reumatológicas e inflamatórias.

Mas se as reservas acabarem, o corpo se desequilibra e isso começa a afetar alguns órgãos, como o fígado e os rins. É por isso que, se optarmos por um jejum radical por muitos dias, primeiro devemos ter certeza de que estamos saudáveis para isso, e depois ouvir o nosso corpo e começar a comer quando começarmos a sentir náuseas, dor de cabeça ou irritabilidade.

7º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Revelamos que somos filhos de Deus no amor sem fronteiras!
Resultado de imagem para 7 DOMINGO DO TEMPO COMUMJesus nos apresenta um caminho inusitado mas seguro para de felicidade, para a plena realização das aspirações humanas mais profundas, para a santidade. Trata-se de buscar a perfeição ou o jeito de ser do próprio Deus, evitando a tentação de construir uma ideia de Deus à nossa imagem e semelhança, delimitada pelos nossos medos e interesses. Embora este caminho nos pareça um pouco estranho e dissonante, o próprio Jesus o viveu em primeira pessoa, demonstrando que é um projeto tão necessário quanto viável.
No evangelho deste domingo, Jesus responde à pergunta sobre como reagir frente às situações de violência e aos seus agentes. Ele conhece bem a lei judaica que, para limitar uma violência reativa e desproporcional à violência sofrida, propõe não passar do “olho por olho” e do “dente por dente”. Por mais estranho que nos pareça, esta lei representa um avanço em relação à lei que facultava a reação violenta e desproporcional do mais forte e ferido sobre os mais fracos. Jesus aponta os limites deste preceito: pagar com a mesma moeda não erradica a violência que ofende, machuca e mata.
Resultado de imagem para 7 DOMINGO DO TEMPO COMUMJesus ensina e pede para não reagirmos com violência à ação dos violentos. Mas ele vai mais além, ilustrando e concretizando sua proposta de não-violência ativa em três situações: o tapa no rosto, ato de humilhação considerado um direito dos superiores; o processo de penhora da roupa de um pobre endividado, visto como direito dos credores; a obrigação de acompanhar a marcha dos soldados a serviço do império, carregando às costas as armas que se voltavam contra o próprio povo.
Mas, atenção! A proposta de Jesus não tem nada a ver com submissão e passividade!Oferecer a outra face significa permanecer senhor de si e desafiar a legitimidade de um sistema projetado para humilhar. Dar o manto a quem penhora a túnica (desnudar-se publicamente!) significa revelar a humanidade que a todos irmana e denunciar a avareza violenta dos credores. Caminhar o dobro do percurso que o soldado determinou significa não aceitar o jogo do império, questionar a hierarquia, tomar a iniciativa. Isso significa que a proposta de Jesus tem como meta eliminar o círculo vicioso que liga as ações e reações violentas!
O fato é que sempre classificamos as pessoas e dividimos o mundo em amigos e inimigos. Amamos e respeitamos os que estão próximos e alimentamos suspeitas ou somos indiferentes em relação aos estranhos. O conceito do ‘próximo’ abrange uma certa diversidade de gênero, riqueza, parentesco e etnia, e a imagem do ‘inimigo’ não se limita aos adversários nacionais ou aos membros de outras religiões, mas se estende a todos os oponentes pessoais. É aqui que entra o mandamento de Jesus: nosso amor não pode se restringir aos iguais, aos próximos, mas deve chegar aos estranhos e distantes, até aos inimigos.
Resultado de imagem para 7 DOMINGO DO TEMPO COMUMTalvez hoje situemos entre os inimigos as pessoas e grupos que ameaçam nosso bem-estar e nossos privilégios ou questionam nossa supremacia em termos de competência, gênero, religião, cultura, etc. Pedindo que amemos nossos inimigos e até rezemos por aqueles que nos perseguem, Jesus está sublinhando que condição social, a etnia, o gênero e a religião não podem ser limites que restringem o dinamismo do nosso amor. O amor entre os iguais pode ser egoísmo! Amar o inimigo significa ir além do que ele é hoje e amar aquilo que ele pode ser: irmão e parceiro!
Jesus resume sua proposta ética e espiritual numa frase: “Sejam perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.” A perfeição do Pai faz com que a chuva beneficie tanto os justos como os injustos e o sol ilumine tanto os bons quanto os maus. Ser perfeito como o Pai celeste significa não impor condições nem ter reservas, ser inteiro e verdadeiro em tudo e com todos, pois, como nos lembra Paulo, todos – nós, os outros, a comunidade eclesial e a comunidade humana! – somos santuários de Deus e templos do Espírito Santo. Que ninguém ponha sua gloria no próprio grupo, etnia, gênero, igreja, religião!
Resultado de imagem para 7 DOMINGO DO TEMPO COMUMJesus, mestre e servidor da liberdade, de todas as liberdades: ajuda tua Igreja a vencer o medo da liberdade e da verdade que viveste e ofereceste a todos. Faz que nossas comunidades sejam laboratórios nos quais as pessoas de boa vontade se exercitam no respeito e na promoção da dignidade de todos os teus filhos e filhas, inclusive no amor aos inimigos. E dá-nos a sábia loucura que espanta os doutores mas seduz as pessoas que não sacrificaram sua humanidade no altar da competição e do egoísmo predatório. Queremos ser filhos do teu e nosso Pai, generosos e perfeitos na misericórdia e na compaixão solidária! Assim seja! Amém!
Itacir Brassiani msf

sábado, 15 de fevereiro de 2020

O AMOR É MAIOR QUE A LEI


NÃO À GUERRA ENTRE NÓS!
Resultado de imagem para O AMOR E MAIOR QUE A LEIOs judeus falavam com orgulho da lei de Moisés. Segundo a tradição, o próprio Deus a havia dado ao seu povo. Era a melhor coisa que tinham recebido Dele. Nessa lei, está a vontade do único Deus verdadeiro. Ali podem encontrar tudo o que necessitam para serem fiéis a Deus.
Também para Jesus, a Lei é importante, mas já não ocupa o lugar central. Ele vive e comunica outra experiência: o reino de Deus está chegando; o Pai está procurando abrir caminho entre nós para criar um mundo mais humano. Não basta cumprir a lei de Moisés. É necessário abrirmo-nos ao Pai e colaborar com ele para tornar a vida mais justa e fraterna.
Por isso, segundo Jesus, não basta cumprir a Lei, que ordena «não matarás». É necessário, também, arrancar da nossa vida a agressividade, o desprezo pelo outro, os insultos ou as vinganças. Aquele que não mata cumpre a Lei, mas se não se liberta da violência, no seu coração não reina, todavia, esse Deus que procura construir conosco uma vida mais humana.
Resultado de imagem para O AMOR E MAIOR QUE A LEISegundo alguns observadores, está espalhando-se na sociedade atual, uma linguagem que reflete o crescimento da agressividade. Cada vez são mais frequentes os insultos ofensivos, proferidos apenas para humilhar, desprezar e magoar. Palavras nascidas da rejeição, do ressentimento, do ódio ou da vingança.
Por outro lado, as conversas estão frequentemente tecidas de palavras injustas que espalham condenações e semeiam suspeitas. Palavras ditas sem amor e sem respeito que envenenam a convivência e fazem mal. Palavras nascidas quase sempre da irritação e da mesquinhez.
Este não é um acontecimento presente apenas na vida social. É também um grave problema no interior da Igreja. O Papa Francisco sofre ao ver divisões, conflitos e confrontos de cristãos em guerra contra outros cristãos. É um estado de coisas tão contrário ao Evangelho que sentiu a necessidade de nos dirigir uma chamada urgente: «Não à guerra entre nós».
Resultado de imagem para O AMOR E MAIOR QUE A LEIAssim fala o Papa: «Dói-me verificar como, em algumas comunidades cristãs, e mesmo entre pessoas consagradas, consentimos em várias formas de ódios, calúnias, difamações, vinganças, ciúmes, desejo de impor as próprias ideias à custa de qualquer coisa e até perseguições que parecem uma implacável caça às bruxas. A quem vamos evangelizar com esse tipo de comportamento?» O Papa quer trabalhar para uma igreja em que «todos possam admirar como vos cuidais uns aos outros, como vos dais alento mutuamente e como vos acompanhais».
José Antonio Pagola

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM


A Justiça do Reino de Deus é mais que cumprimento de leis!
Resultado de imagem para 5º DOMINGO DO TEMPO COMUM AA pedagogia libertadora de Jesus desvela o sentido profundo e as implicâncias concretas das Escrituras na nossa vida cotidiana. Ele nos propõe uma justiça mais ampla, profunda e humana que aquela ensinada e praticada pelos escribas e fariseus. “Não penseis que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento.” Já diante de João Batista, Jesus já antecipara sua visão da lei e dos costumes: “Devemos cumprir toda a justiça!” (3,16). Paulo chama isso de “misteriosa sabedoria de Deus, sabedoria escondida”, sabedoria que nenhum dos poderosos deste mundo conheceu.
No evangelho deste domingo, Jesus propõe duas ênfases na leitura e na interpretação das Escrituras Sagradas. A primeira é a vinculação das Escrituras ao sonho de Deus, ao seu projeto de vida abundante para todos, com clara prioridade aos que são tratados como ‘últimos’ na escala social. Quando este vínculo é rompido ou enfraquecido, as Escrituras podem produzir o contrário daquilo que Deus quer transmitir, e acaba justificando   dos poderosos, ocultando as relações de opressão, aumentando o peso do fardo que penaliza os mais fracos da sociedade, afirmando orgulhosa dos crentes diante do próprio Deus.
Resultado de imagem para 6º DOMINGO DO TEMPO COMUM AA segunda ênfase proposta por Jesus é a estreita ligação entre escutar, ensinar e praticar as Escrituras. Para Jesus, estava claro que os escribas e fariseus tinham se apropriado da compreensão das Escrituras, mas não estavam dispostos a fazer a passagem da compreensão intelectual à ação responsável. E esta continua sendo a grande tentação que ronda os teólogos e dirigentes religiosos. A advertência de Jesus Cristo é clara e inequívoca: “Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus.”  E, dito isso, Jesus passa a alguns exemplos concretos.
Um primeiro exemplo da radicalização da Lei e da concretização das bem-aventuranças há pouco proclamadas solenemente está no campo das tensões nas relações interpessoais. Esta questão era já contemplada pelo mandamento “Não matarás!” Mas, para Jesus, o conteúdo desta lei não se resume em evitar o homicídio. O projeto de Deus é muito mais amplo, e passa pela pacificação das relações e pela superação das posturas raivosas e da linguagem eivada de desprezo, preconceito e violência, como aquela tão comumente usada hoje nas redes sócias em relação a quem quer que pense diferente.
Uma segunda área de demonstração é a liturgia. Jesus critica o culto que ignora as rupturas nas relações humanas e não leva à reconciliação. Para ele, a vida concreta é mais importante que os ritos religiosos, e a percepção das tensões e rupturas relacionais tem primazia sobre a ortodoxia. “Deixa a tua oferenda diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão.” E que ninguém se engane, sentindo-se justificado por não ter matado ninguém ou postergando para um futuro indefinido a reconciliação. É preciso fazer isso antes de chegar ao tribunal do incerto fim da vida. O tempo é agora!
Resultado de imagem para 6º DOMINGO DO TEMPO COMUM AJesus prossegue com duas novas exemplificações da ética do Reino de Deus, agora no âmbito das relações homem-mulher. O primeiro exemplo focaliza a questão do adultério, e afirma que a lei tem a função de educar para uma relação que não seja possessiva. “Quem olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério...” Jesus sabe que o dinamismo que sustenta comportamentos sexuais descontrolados é sutil: passa do olhar viciado e interesseiro, que não reconhece a dignidade da pessoa, à palavra que humilha e despreza e à mão que se apossa e manipula. Jesus insiste que é preciso cortar o mal pela raiz.
Ainda nesse âmbito da relação de gênero, Jesus reprova a dominação masculina sobre a mulher, mesmo quando sancionada pela cultura e pela lei. Dizer que a lei permite ou que é costume não desculpa nem justifica ninguém. Este é o horizonte da proposta de Jesus no caso do divórcio. A permissão legal do divórcio legitimava o descompromisso do marido com a ex-companheira e garantia ele o direito de maltratá-la e execrá-la publicamente, mas a ética do Reino de Deus restringe o poder ilimitado e violento dos homens.
Jesus Cristo, mestre na formação de uma nova mentalidade e na construção de um mundo mais humano: ensina-nos a colocar as leis e tradições no seu devido lugar, anão transformá-las em instrumentos de dominação. Que teu ensino e teu exemplo desenvolvam em nós relações pacificadas, igualitárias e solidárias. E que teu Espírito suscite em nossas comunidades cristãs a criatividade livre e a verdade fiel, sendas que levam à uma justiça radical, ampla, duradoura e humanizadora. Assim seja! Amém!
Itacir Brassiani msf