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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


domingo, 25 de novembro de 2018

SOLENIDADE DE CRISTO REI


Jesus é Pastor, Profeta e Testemunha, o homem verdadeiro!
Resultado de imagem para cristo reiMuitos nos perguntamos sobre sentido da solenidade de Cristo, rei do universo. Há mais de 100 anos, algumas comunidades católicas imaginaram-na como uma forma de propagar a relevância e a dignidade de Jesus Cristo, afirmar os direitos da Igreja frente à sociedade liberal e destacar a importância da doutrina cristã na formulação das leis civis. Como agenda litúrgica, foi instituída há 60 anos atrás, mas hoje temos consciência de que é preciso evitar toda forma de triunfalismo e destacar o mistério essencial de Jesus Cristo: ele é testemunha da verdade e profeta de um Novo Tempo de solidariedade e partilha.
Resultado de imagem para cristo reiPenso que a identificação de Jesus de Nazaré com a figura do rei é um erro e um delírio bem ao estilo dos amantes do poder. Jesus não foi nem sacerdote e nem rei! Como profeta e reformador, irmão dos pobres e pecadores e servidor dos oprimidos, ele revelou o melhor que pode haver no ser humano e fez brilhar no mundo a glória de Deus. Ele não precisa de outra dignidade! A única razão aceitável para aproximar Jesus Cristo da figura do rei seria a de contrastar e relativizar todos os demais poderes. Quando celebraremos solenemente a festa de Cristo Servo de todas as criaturas? Quando os cristãos renunciaremos de verdade aos mantos da nobreza e vestiremos o avental do serviço?
É verdade que o Apocalipse de São João atribui a Jesus, com insistência, o poder, a riqueza, a honra, a glória, a sabedoria, a força e louvor e tudo o mais (cf. Ap 5,12-13). Mas não podemos esquecer que tudo isso se diz daquele que é a pedra rejeitada, a vítima do próprio poder estabelecido, e que Jesus é “a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dos mortos”. Nessa condição de testemunha e vítima da pena de morte, ele é “chefe dos reis da terra”. Partilhando por amor a sorte dos condenados, Jesus perdoou nossas dívidas e nos constituiu como povo novo e soberano, do qual é guia e líder inconteste.
A cena de Jesus diante de Pilatos, que nos é proposta para a liturgia, é, no mínimo, paradoxal. Um preso despojado de tudo, acusado pelos seus próprios compatriotas, sem direito à defesa, está cara-a-cara com uma autoridade plenipotenciária e a serviço de um poder invasor. Um homem habituado às estradas é colocado diante de um senhor habitante de palácios. A cena insinua um confronto radical, e a pergunta de Pilatos é clara: “Tu és o rei dos judeus?” Pilatos não pergunta se ele é um rei, mas se é o rei; e não o refere a Israel (povo escolhido por Deus) mas aos judeus (um povo ou uma raça em meio a tantas).
Resultado de imagem para cristo reiAstuto, Pilatos se interessa mais pela ação que pelos títulos. Por isso, pergunta que tipo de liderança Jesus desenvolve: “O que fizeste?” Jesus responde chamando a atenção para a diferença e a originalidade libertadora da sua ação. Ele diz que seu reino “não é deste mundo”, pois sua ação se distancia da força e do poder, tem outro dinamismo e se rege por outra finalidade. Ele age solidariamente para responder às necessidades do seu povo, recusa assumir o poder (cf. Jo 6,15) e se opõe duramente aos príncipes do mundo (cf. Jo 12,32; 16,11). Sua marca é a compaixão solidária e não o poder que aniquila e amedronta.
Parece que Jesus aceita a qualificação de rei, mas recusa a redução da sua missão ao povo judeu. “Você está dizendo que eu sou rei.” Ele não é o único rei, nem apenas rei dos judeus. Jesus preside e dirige o amplo movimento do reino de Deus, que reúne todos os homens e mulheres de boa vontade, promove a liberdade e a vida de todos, e não usa da força para defender os privilégios das elites. “Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue às autoridades dos judeus.” Ele é rei exatamente e apenas na medida em que dá sua vida por todos.
Jesus diz que nasceu e veio ao mundo para dar testemunho da verdade. Sua prioridade é ser testemunha do amor incondicional de Deus por todas as criaturas, especialmente pelos oprimidos e, diante disso, sua própria sobrevivência é secundária. A verdade é que Deus ama a ponto de dar a própria vida, e isso não expressa a fraqueza mas a invencível força de Deus. Por isso, é na cruz que se revela e realiza a realeza de Jesus Cristo e do ser humano. Nada mais paradoxal que esta figura de rei! Nada mais distante da imagem de rei do que a figura de um escravo ou um executado que não tem a quem apelar.
Resultado de imagem para cristo reiJesus de Nazaré, profeta e pastor, servo e testemunha: reunidos em torno da tua mesa, queremos acolher teu gesto testamentário e teu chamado a sermos dom e semente. Grava em nosso corpo os sinais da tua realeza: o amor fraterno, o serviço solidário, a compaixão regeneradora. Ajuda-nos a superar toda busca de poder dominador e de nobreza vazia de humanidade. Que tua Igreja não se deixe guiar nem pela indiferença, nem pela prepotência. E que à tua palavra-oferta “isto é meu corpo que é dado por vós”, respondamos com liberdade e verdade: “Faremos a mesma coisa em memória de ti.” Assim seja! Amém!
Itacir Brassiani msf

JUBILEU DE IRMÃ MARIA DA IMACULADA

Dia 17 de Novembro celebramos com grande júbilo e alegria os 50 anos de 
consagração Religiosa de Ir. Maria da Imaculada. Presidiu a celebração 
o Bispo Dom Liro e concelebrou o padre Agostinho Sauthier que é primo de Ir. Maria.
 O seminarista Leonardo foi o mestre de cerimonia e Jean animou a celebração 
 Seus familiares de Carlos Barbosa, de Caxias do Sul e de Ibiraiaras 
se fizeram presentes em grande número. A celebração foi marcada
 pela simplicidade e a ao mesmo tempo pelo louvor e a gratidão 
por todos estes anos de fidelidade e perseverança de Ir. Maria. 
Nosso louvor continua a Deus por tantas graças recebidas.
















sábado, 24 de novembro de 2018

RELÍQUIA DO CORAÇÃO DO PADRE ROQUE

No dia 19 de novembro com grande número de devotos que lotou a capela, celebramos a missa
 com a relíquia do coração do Padre Roque Gonzáles. foi um momento rico de fé e de 
devoção do povo ao encontro deste grande coração que falou aos índios que voltaria,
 que ama seu povo. Agradecemos a comitiva do Paraguai por esta oportunidade 
que tivemos de ter conosco esta rica experiência.
"Santos Mártires das Missões, salve Roque, Afonso e João. 
Esta terra de Deus vos pertence".
A relíquia esteve na Diocese por ocasião da comemoração dos 390 anos do martírio
 e 30 anos da canonização dos três santos Mártires Roque, Afonso e João. 




























sábado, 10 de novembro de 2018

32º DOMINGO DO TEMPO COMUM


A religião não deve legitimar a exploração dos pobres!
Resultado de imagem para 32 domingo do tempo comum ano bÉ preciso sempre ter muito cuidado para não distorcer a Palavra de Deus. As passagens propostas para este domingo podem ser presas fáceis de uma exegese preguiçosa ou de uma edificante ideologia. A figura das duas viúvas, a do livro dos Reis e a do evangelho de Marcos, soa como canto de sereia para leituras superficiais e conclusões fáceis. A necessidade de resgatar virtudes como a hospitalidade e a partilha, assim como de angariar fundos para as Igrejas e suas obras, pode nos induzir a um louvor precipitado da atitude destas mulheres que são, antes de tudo, vítimas de sistemas injustos.
Depois de uma longa viagem, durante a qual procura incansavelmente formar os discípulos no seu caminho, Jesus chega com eles a Jerusalém (cf. 11,15). Visitando o templo, Jesus não se encanta nem se omite: classifica-o como esconderijo de ladrões e expulsa do seu interior os comerciantes que lucram com ele (cf. 11,17). Então, abre-se uma série de confrontos entre Jesus e os chefes dos sacerdotes, doutores da Lei (cf. 11,18.28) e saduceus (cf. 12,18-27). Estes grupos religiosos e políticos não apenas questionam o ensinamento de Jesus, mas procuram um modo de prendê-lo e matá-lo (cf. 11,18; 12,12).
Assim, o contexto literário da passagem do Evangelho deste domingo é o questionamento do templo e de confronto com as autoridades religiosas, especialmente com os doutores da Lei. Contra estes, Jesus levanta cinco acusações: pretendem demonstrar o saber religioso pelas roupas que usam; gostam de ser cumprimentados nas praças; disputam os primeiros lugares nas sinagogas e banquetes; exploram e roubam as viúvas; e usam a piedade como disfarce que encobre tudo isso. Jesus está longe de desconhecer a ambiguidade violenta do sistema do templo e daqueles que o sustentam.
Resultado de imagem para 32 domingo do tempo comum ano b
Por isso, Jesus desmascara a hipocrisia dos doutores da Lei, importantes autoridades religiosas do judaísmo da época, afirmando que eles não vivem o essencial da aliança, que é praticar o direito, amar a misericórdia e caminhar humildemente diante do Senhor (cf. Mq 6,8), assim como proteger os pobres, os órfãos, as viúvas e os estrangeiros (cf. Dt 24,18-22). Eles correm atrás de status e privilégios especiais, e se aproveitam da fraqueza e insegurança das viúvas, das quais são legalmente constituídos administradores. Aos olhos de Jesus, a piedade dos doutores da Lei e dos escribas é falsa, e serve como um belo véu para encobrir o oportunismo e a exploração dos pobres e indefesos.
É neste contexto que a passagem da viúva que vai ao templo adquire sentido. Não passa pela cabeça de Jesus elogiar o templo, que há pouco havia desmascarado. Sentado diante das caixas de coleta, ele observa e descreve concretamente como se processa a exploração que o templo perpetra contra as viúvas e as pessoas mais pobres. Jesus não se deixa enganar pelas aparentemente volumosas contribuições dos ricos. Sua atenção se volta a uma viúva pobre que, depositando duas unidades da menor moeda em circulação, "depositou tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver".
Não me parece que Jesus queira elogiar a generosidade da pobre viúva.  Antes, o que ele pretende é desmascarar a exploração que se realiza através do templo: os ricos contribuem com o que lhes sobra, enquanto que os pobres são obrigados a dar praticamente tudo o que têm para viver. Jesus chama atenção para este contraste, e diz que há uma inversão inaceitável: diferente do que se pensa e se diz, o templo exige mais dos pobres que dos ricos. É assim que os escribas rapinam as viúvas pobres: justificando tudo pela contabilidade financeira e pelas aparências piedosas...
Resultado de imagem para 32 domingo do tempo comum ano bJesus lamenta a exploração praticada pelo templo e justificada por mentiras matemáticas e teológicas. Ele não se impressiona com a grandiosidade do templo, e se irrita com a ausência de justiça e de equidade. Jesus percebe com clareza que atitudes e práticas piedosas podem esconder injustiças violentas, e a própria religião pode tornar-se meio de exploração dos mais pobres. Por isso, convida seus interlocutores a rever as práticas individuais, eclesiais e sociais. E acrescenta como profecia e ameaça: "Você está vendo estas grandes construções? Não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído" (13,2).
Jesus, pregador do Reino, peregrino nas estradas da Galileia e observador crítico das práticas opressoras do templo em Jerusalém...  Concede-nos a coragem e a liberdade que necessitamos para denunciar que há um nexo entre a riqueza de poucos e a pobreza de muitos, e que a desregulamentação liberal das relações trabalhistas reduz a segurança social e aumenta a exploração sobre os trabalhadores.  Ajuda-nos a não sermos coniventes com isso, e inspira às nossas Igrejas e a cada um de nós palavras e ações que instaurem a justiça do teu Reino na terra. Assim seja! Amém!

Resultado de imagem para 32 domingo do tempo comum ano bItacir Brassiani msf

domingo, 4 de novembro de 2018

MISSA COROINHAS

Neste sábado tivemos alegria da presença dos Coroinhas da Paróquia Sagrado Coração de Jesus da cidade de Giruá. Eles tiveram sua programação durante o dia na Catedral e a tarde vieram conversar com as irmãs e fazer um pequeno lanche. Participaram da celebração Eucarística e ajudaram o padre Rosalvo no altar. Agradecemos ao seminarista Leonardo Envall que nos proporcionou este encontro com estas crianças que deste cedo já estão envolvidas servindo a Igreja e sua paróquia. Parabéns por este trabalho.

                          A imagem pode conter: 7 pessoas, pessoas em pé e área interna



SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS


Amor, solidariedade e serviço aos irmãos: isso é santidade!
Resultado de imagem para TODOS OS SANTOSNa solenidade litúrgica de todos os santos e santas, não podemos esquecer que a verdadeira santidade é aquela que se manifesta na vida das pessoas que vão além do estreito limite dos seus próprios interesses e se aproximam solidariamente dos ‘últimos’ da escala social; que vão aos rincões mais distantes para levar a bandeira da paz; que são movidas por uma insaciável sede de justiça; que choram as dores dos povos de todas as cores e provam o fel da violência e da perseguição; que transformam a terra pela mansidão... Muito diferente daqueles que rangem os dentes com sede de vingança ou retesam as mãos como se portassem armas a serem disparadas em nome da paz “dos homens de bem”.
A festa de todos os santos faz memória dos santos esquecidos, daqueles que não têm um dia especial, nem um nome conhecido, que gastaram a vida no anonimato e cujos milagres não cabem nas estreitas regras canônicas; de gente como Sepé Tiaraju, Padre Cícero, Frei Tito, e Ir. Dorothy; e mesmo de gente que não rezou pelo nosso catecismo, como Lutero, Luther King, Gandhi, Mandela, Betinho e tantos outros. Nesta festa celebramos a memória daqueles que nos antecederam na fé e cujo testemunho mantém a Igreja no caminho certo, apesar das suas resistências e ambivalências.
Mas a celebração de todos os santos e santas não olha somente para o passado. É oportunidade e provocação para que reflitamos sobre a vocação fundamental de todos os cristãos. É verdade que a santidade é um caminho estreito e uma vocação exigente, mas isso não significa que seja reservada a alguns grupos especiais de cristãos. Há mais de 50 anos o Concílio Vaticano II proclama de forma clara e inequívoca, contra a ideia então predominante nas Igrejas, que a santidade não é privilégio dos sacerdotes e religiosos. Muito antes, a história já havia comprovado o que foi proclamado solenemente.
Resultado de imagem para TODOS OS SANTOS
Na passagem do milênio, o hoje santo João Paulo II nos provocava a não contentarmo-nos com pequenas medidas, voos rasantes e ideais nanicos, e pedia que aspirássemos nada menos e nada mais que à santidade. Esta vocação que é de todos precisa se transformar em desejo pessoal e em decisões e ações concretas. Como diz São João, nós somos chamados filhos de Deus e já o somos desde agora, mas o desafio é crescer na identificação com Jesus Cristo, gravar no corpo e na mente as marcas de Jesus Cristo. “Seremos semelhantes a ele...” E isso deve ser mais que um simples sentimento.
Jesus Cristo é o verdadeiro e perfeito santo de Deus e, ao mesmo tempo, o caminho para a santidade. Não há santidade à margem do seguimento de Jesus Cristo, mesmo que tal seguimento seja implícito. Trata-se então de refazer o caminho prático trilhado por Jesus: “amar como Jesus amou; sonhar como Jesus sonhou; pensar como Jesus pensou; viver como Jesus viveu; sentir como Jesus sentia...” Este é o caminho para que, no meio ou no fim do dia, e no meio ou no fim da vida, sejamos felizes. Este caminho é o caminho percorrido pelo próprio Jesus Cristo, expresso programaticamente nas bem-aventuranças.
A bela mensagem das bem-aventuranças apresenta os sinais que indicam claramente o caminho da santidade. Jesus não fala de oito grupos específicos de pessoas, mas de oito características daqueles que percorrem este caminho. Esta via sagrada começa com a pobreza e termina com a perseguição, que não representa um obstáculo, pois o Reino de Deus é antes de tudo dos pobres e dos perseguidos. A consolação é para os aflitos, a terra é para os mansos, a saciedade é para os famintos, a misericórdia é para os compassivos, a visão de Deus é para os puros e a filiação divina é para os promotores da paz.
Resultado de imagem para TODOS OS SANTOSPassa longe do Evangelho uma santidade que se resume em práticas de piedade ou moralismo vazio. Está distante da essência humana uma felicidade baseada no sucesso pessoal, indiferente à sorte dos semelhantes. As pessoas que se vestem de branco e trazem palmas nas mãos são aquelas que vieram da grande tribulação, que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro, que encarnaram o Evangelho no mundo e na própria vida. Felicidade não significa ausência de dificuldades, mas realização plena e profunda do ser humano. Mais que perfeição, santidade é perseverança no amor e no serviço.
Deus pai e mãe, fonte de toda santidade, dá-nos a graça de permanecer sempre de pé diante do teu Filho, rodeados pela nuvem de testemunhas anônimas oriundas de todas as nações, tribos, raças, línguas e gêneros. Ajuda-nos a superar a tentação de separar, catalogar e hierarquizar católicos e evangélicos, cristãos e não-cristãos. Fica conosco e caminha à nossa frente, para que estejamos sempre prontos a amar e servir. E que a inexplicável alegria em meio às intermináveis lutas seja nossa arma e nosso triunfo. E então estaremos vivendo em comunhão com aqueles que louvam no céu e na terra. Assim seja! Amém!
Itacir Brassiani msf