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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


sábado, 29 de dezembro de 2018

SOLENIDADE DA SAGRADA FAMÍLIA


A aliança no amor e na igualdade é a base que sustenta a família!
Resultado de imagem para sagrada familia de nazaré pngNo dia em que festejamos a família de Jesus não podemos ceder à piedosa tentação de imaginar uma família idealizada e espiritualizada, alheia à realidade histórica e material. Do ponto de vista sociológico, a Sagrada Família é uma família judia absolutamente normal, tão normal que sequer despertou a atenção dos vizinhos e da sinagoga, a não ser depois do evento pascal de Jesus. Viveu os valores humanos e religiosos de uma família crente, frequentando a sinagoga, meditando a Palavra dos profetas, peregrinando ao Templo, celebrando a liturgia doméstica, esperando a vinda do Messias, lutando para sobreviver.
É isso que vemos no evangelho de hoje. Maria e José levam o adolescente Jesus a Jerusalém e, como família e com o povo todo, participam da festa que recorda e atualiza a superação da escravidão e a constituição de um povo solidário e livre. É uma família a mais em meio à caravana de romeiros! Mas José e Maria descobrem que precisam superar o simples e costumeiro cumprimento das tradições, assim como o estreito limite da convivência e da educação familiar. Eles precisam, mesmo sem entender tudo, ajudar o filho a crescer na sua vocação a missão, a se dedicar ao Reino de Deus, às coisas do seu e nosso Pai.
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Unidos pelos laços de um amor profundamente humano e dentro do horizonte das tradições do seu povo, José e Maria avançam no escuro da fé. Como Abraão, se lançam na estrada da fé sem saber onde chegarão. Ousaram acreditar, e isso lhes foi creditado como justiça. Tiveram que se abrir sempre mais à novidade que Deus manifestava através do filho que lhes fora confiado. E os evangelhos fazem questão de sublinhar que Nazaré da Galileia é o lugar onde Jesus cresce, se fortalece e adquire sabedoria. José e Maria educam o filho longe do ambiente glorioso e sedutor do templo!
Para a Sagrada Família, morar em Nazaré significou assimilar a esperança cultivada pelo “resto de Israel”, pelo “broto das raízes de Jessé”. Significou também não se afastar das raízes populares, do vínculo com os pobres, assumir resolutamente o caminho que leva à periferia, àqueles que estão longe, e privilegiar a encarnação no cotidiano que tece a vida normal de todas as pessoas. Jesus afunda raízes e absorve a seiva das esperanças do seu povo a partir da periferia social e religiosa. Eis aqui uma perspectiva que as famílias discípulas missionárias de Jesus jamais podem abandonar!
Resultado de imagem para sagrada familia de nazaré pngO Papa Francisco ensina (cf. Amoris Laetitia 65-66) que a encarnação do Verbo de Deus numa família humana comove a nós e ao mundo inteiro. E diz que, para compreender o que isso significa, precisamos mergulhar no mistério do nascimento e da infância de Jesus, mas também nos trinta longos anos nos quais ganhou o pão com o próprio trabalho, assimilando e praticando as tradições religiosas populares, formando-se na fé que recebeu dos pais, até fazê-la desabrochar e frutificar no mistério do Reino de Deus. Vida em família é aprendizado recíproco e permanente, encarnação da fé nas relações da vida cotidiana.
Para o Papa, o que constitui e sustenta a família cristã é a aliança de amor e fidelidade. Vivendo esta aliança no horizonte cultural do povo ao qual pertencia e do Reino de Deus, a Sagrada Família ilumina e concretiza o princípio que dá forma às famílias, e as ajuda a enfrentar criativamente as dificuldades da vida e da história. É sobre esse fundamento – aliança e fidelidade no amor – que as famílias, mesmo com suas feridas e fragilidades, podem tornar-se luzes na escuridão do mundo. Sem isso, mesmo que cumpram formalmente as leis e mantenham as aparências, as famílias serão realidades vazias, como um sino que bate.
Resultado de imagem para sagrada familia de nazaré pngÉ também a convicção de Paulo e da comunidade cristã que o amor é o vínculo da perfeição da vida cristã e da família. É no amor que as esposas podem ser solícitas aos seus respectivos maridos, e estes deixam de ser grosseiros com elas. É o amor que abre possibilidades para que a obediência dos filhos aos pais não atente contra a liberdade e a dignidade de ninguém, e que os pais jamais intimidem os filhos, mas os animem a caminhar rumo à maturidade solidária. É assim que nos revestimos de sincera misericórdia, bondade, humildade e mansidão, e tornamo-nos suportes uns para os outros.
Sagrada Família de Nazaré, nós te acolhemos como proposta de encarnação e de crescimento, como manifestação do dom de Deus e resposta humana e generosa a este dom, como busca comum da vontade de Deus, apelo à hospitalidade e ao amor recíproco e à construção incansável da única família do Pai. Ajuda e inspira nossas famílias a serem escolas da comunhão e solidariedade que ultrapassam os laços de sangue e de fé, ensaios fugazes mas verdadeiros do Reino de Deus, no qual espelhaste tua vida. Assim seja! Amém!
            Itacir Brassiani msf

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

SOLENIDADE DO NATAL

Neste noite santa do natal nossa celebração foi revestida
 da graça e do amor de Deus menino que nasce em 
uma manjedoura para nos mostrar seu grande amor pela humanidade. 
Celebrou a missa o pároco Padre Rosalvo e 
após o Evangelho foi encenado o nascimento do menino Deus 
sendo representado por Katiuska e esposa e o pequeno Pedrinho como menino Jesus. 
Os anjos Gabriela e Vitória. 
Que todos tenham um Feliz e abençoado Natal.



























sábado, 15 de dezembro de 2018

3º DOMINGO DO ADVENTO


Viver a alegria do Evangelho na conversão das nossas relações.
Resultado de imagem para 3o domingo do advento 2018O apelo à igualdade, a abaixar e elevar, ressoou como toque de sino no segundo domingo do advento. Hoje, quando se nos abre a terceira semana dessa bela e exigente caminhada espiritual, somos chamados à alegria profunda e duradoura e a mudanças práticas e concretas em nossas relações. Na preparação para o Natal é preciso afastar a inquietação com presentes e festas e focar nossas energias na alegria agradecida pelo presente maior, o Filho de Deus, e na conversão das nossas relações com as pessoas e coisas.
Somos parte de uma comunidade de pessoas que preparam fervorosas a celebração do nascimento de Jesus e esperam ansiosas a manifestação do Reino de Deus, que desejam provar as alegrias de crescer em humanidade, ou alcançar a salvação, e celebrá-la com júbilo inocente e intenso. O profeta Sofonias vem em nossa ajuda, pedindo-nos que cantemos de alegria, que nos alegremos e exultemos de todo o coração, que não tenhamos medo nem caiamos no desânimo... E nos assegura que Deus já está ou continua no meio de nós, que também ele, movido unicamente pelo amor e porque nos quer bem, exultará de alegria por nós.
Resultado de imagem para 3o domingo do advento 2018
Mas essa exultante e jubilosa alegria tem sua razão de ser naquilo que Deus faz por nós, em nós e através de nós. O que nos motiva é a experiência de sermos amados e capacitados para contribuir de modo efetivo com a libertação que está em curso na história, vontade e obra incansável de Deus. “Alegrai-vos sempre no Senhor! Alegrai-vos! Que a vossa bondade seja conhecida por todos! O Senhor está próximo”, insiste o apóstolo Paulo. Somos convocados a alegrar-nos em Deus e a perceber que Deus se alegra conosco! Também Isaías nos convida a publicar em toda a terra as maravilhas que Deus está fazendo, e a exultar com isso.
Mas temos que nos perguntar se esta insistência na alegria e no júbilo não é exagerada, e se não é insuficiente como preparação para o Natal. De fato, a situação e as coisas ruins – que não faltam em nosso país neste momento e se prevê que serão mais abundantes e letais no futuro – só começam a mudar realmente quando as pessoas singulares começam a se confrontar com a própria verdade e com o Evangelho e, dispostas a transformar suas relações, perguntam: o que posso e devo fazer? Essa é a pergunta que o testemunho de João Batista suscitou no seu povo e que a vida de Jesus deve suscitar em nós.
Resultado de imagem para 3o domingo do advento 2018Mesmo tendo tomado a decisão de viver no deserto e de modo austero, não é isso que João Batista seus interlocutores. Mesmo pertencendo ao judaísmo, ele sabe que, para acolher a vinda de Deus e o seu Reino, não basta peregrinar ao tempo ou cumprir as leis. Na sua interação com pessoas e grupos que detém algum poder ou gozam de um status acima do remediado, João Batista sublinha que o caminho para Deus supõe a mudança das estruturas de relacionamento e de poder e a organização de uma sociedade menos injusta e violenta, mais solidária e fraterna. A comunidade cristã jamais esqueceu três exemplos deixados por João...
Às pessoas e grupos que gozam de certa comodidade, que não sente falta do básico em termos de comida, vestuário e habitação, João pede que não pensem apenas no próprio bem-estar e que se engajem na correção das desigualdades sociais. Aos cobradores de impostos, que extorquem, com o amparo da lei, o povo cansado e abatido, pede que não abusem dos pobres e não enriqueçam às custas deles. Aos soldados, que usam de violência para proteger os poderosos e oprimir os dominados, pede que não acusem ou condenem ninguém recorrendo à mentira, nem usem de sua autoridade para roubar os indefesos.
Como os cobradores de impostos, os soldados e o povo em geral, também nós precisamos nos confrontar: e eu, o que devo fazer para viver bem o Natal e acolher o Evangelho do Reino? A resposta não pode ser um sentimento difuso ou um pensamento abstrato. Não valem também constatações cínicas e ofensivas do tipo “como é difícil ser patrão no Brasil”, ou “os pobres não precisam de ajuda, mas de oportunidade”. Nada muda se não conseguirmos olhar para além dos interesses de classe ou do mito da meritocracia. Nosso critério de vida não são as leis do mercado ou a falsa piedade, mas a prática e o Evangelho de Jesus!
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Deus pai e mãe, fonte de alegria e movente de toda mudança, vem em nosso auxílio para que saibamos descobrir alegremente o que devemos fazer para preparar os caminhos do Senhor, combater o mal que fere teus filhos e construir o teu Reino. Não permitas que caiamos na tentação de resumir tudo na montagem de presépios, na distribuição de presentes, na promoção de ceias faustosas ou nos difusos e fugazes sentimentos religiosos. Possamos todos aprender as lições de Maria e de José, que começaram aprofundando os próprios vínculos, abrindo espaços para os outros e inventando novos caminhos. Assim seja! Amém!
            Itacir Brassiani msf

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

SOLENIDADE DE SÃO JOÃO DA CRUZ


Resultado de imagem para são joão da cruzSanta Teresa de Ávila definiu São João da Cruz como "uma das almas mais puras da Igreja": maravilhe-se com sua sabedoria!
Ao entardecer desta vida, serás examinado no amor.
Onde não existe amor, coloca amor e amor encontrarás.
Quanto mais uma alma ama, tanto mais perfeita é naquilo que ama.
A alma que caminha no amor não se cansa.
Com mais abundância e suavidade se comunica Deus nas adversidades.
Sem caridade, nenhuma virtude é graciosa diante de Deus.
Um só pensamento do homem vale mais que o mundo todo; portanto, só Deus é digno dele.
Procurai lendo e encontrareis meditando; chamai orando e abrir-se-vos-á contemplando.
Para se enamorar de uma alma, Deus não põe os olhos na sua grandeza, mas na grandeza da sua humildade.
Deus não obra as virtudes na alma sem a sua cooperação.
Resultado de imagem para são joão da cruzUm ato de virtude gera na alma suavidade, paz, consolação, luz, pureza e fortaleza.
Deus humilha muito para elevar muito.
Quem age com tibieza está próximo da queda.
Grande mal é olhar mais aos bens de Deus que ao próprio Deus.
Se queres chegar à posse de Cristo, jamais O procures sem a cruz.
Mais do que quantas obras possas fazer, Deus prefere de ti a pureza de consciência, ainda que no menor grau.
Quem cai estando só, caído a sós fica; e em pouca conta tem a alma, pois unicamente em si mesmo confiou.
Resultado de imagem para são joão da cruzA sabedoria entra pelo amor, pelo silêncio e pela mortificação; grande sabedoria é saber calar e não olhar aos ditos, aos feitos e às vidas alheias.
Quem não procura a cruz de Cristo não procura a glória de Cristo.
Agrada mais a Deus uma obra, por pequena que seja, feita às escondidas e sem desejo de que saibam, do que mil feitas com desejo de que os homens as conheçam.
A maior necessidade que temos para progredir é calar o apetite e a língua diante do grande Deus, pois a linguagem que Ele mais ouve é o amor calado.




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