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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Feliz Natal!

Uma jovem de Nazaré em seu entusiasmo juvenil, desejosa de amar e ser amada, foi achada graciosa aos olhos do Senhor.
Recebeu um convite, não compreendeu, mas entusiasmada pela aventura de ser Mãe do Salvador, disse Sim:
"Eis aqui aquela que quer dar tudo de si, para receber o TODO em si".
E a sua resposta tornou possível Deus entre nós, que tornou-se a Luz e Entusiasmo de outros jovens.
"E o Anjo disse: 'Não tenhas medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. Eis que vais ficar grávida, terás um filho, e darás a Ele o nome de Jesus, Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo' "
(Lc. 1, 30-32)
Desejamos a todos os nossos amigos e leitores um Natal repleto de alegrias. Que as bênçãos do Menino Deus se derramem abundantemente sobre cada um e seus familiares!

domingo, 22 de dezembro de 2013

Chiquitunga!

Se alguns ainda não a conhecem, logo que conhecerem pelo menos alguns aspectos da vida desta jovem carmelita não poderão menos que gostar dela.
Eu a conheci e gostei tanto, não tem como não se sentir tocado, não tem como não se encontrar e identificar com algum aspecto da sua personalidade. Ela é tão atual, seus conflitos revelam a face de uma jovem apaixonada por Jesus, mas que também conheceu o amor humano e soube vive-lo.
Eis uns poucos dados, que partilho com vocês queridos leitores, com o intuito de não guardar para mim aquilo que me fez tanto bem, desejo que ela os cative também, e lhes revele o rosto de Deus e as exigências do amor verdadeiro.
Maria Felícia Guggiari nasceu no Paraguai em 1925. Ela é a primogênita de 7 irmãos, com os quais sempre teve um bom relacionamento, todos muito unidos e amigos. Destes 7 ainda vivem 4 irmãs, cujas fotos estão colocadas mais abaixo.
Ela é familiarmente conhecida pelo apelido de "Chiquitunga", o qual desde criança o pai lhe deu devido ao seu tamanho, pois era miudinha.
De sua infância recolhemos uma lembrança que sua mãe Dona Arminda sempre guardou na memória: "Um dia de muito frio, Chiquitunga voltou da escola tremendo de frio porque tinha dado seu agasalho (um sobretudo dado pelo pai) a uma menina pobre. Sua mana denunciou-a aos pais, e às repreensões do pai ela respondia 'vês paizinho, que não sinto frio! Repetia, passando as mãozinhas pelo braço nu e tiritante"
 Aos 16 anos ingressou na Ação Católica, onde com empenho dedicou-se à propagação do Evangelho, não somente com palavras, mas principalmente por atos no serviço aos mais necessitados. Sua vida está repleta de gestos que transparecem sua intensa intimidade com Deus cultivada na oração e na Eucaristia, como por exemplo o fato de percorrer de bicicleta toda a cidade de Assunção, com um pequeno mapinha, para ir ao encontro dos irmãos, visitando-os em suas casas, fazendo-se tudo para todos, a fim de conquistá-los para Cristo. Ela conversava com eles acerca de suas preocupações, seus anseios, os escutava, os aconselhava, era muito simples, conseguia chegar ao coração. Sempre vestindo um guarda-pó branco, para se sentir mais próxima de seu povo, o sorriso na flor da pele, as tranças entrelaçadas com fita azul, o jasmín colocado na altura do peito...
Na Ação Católica encontrou um ideal e um objetivo que orientou toda a sua vida, ali fez também a sua consagração ao apostolado, assumindo vários cargos, entre os operários e operárias, entre os jovens universitários e operários, entre as crianças,  idosos, doentes... a vemos atuando em tudo o que possa render mais tarde frutos de cristianismo, por isso procurava sempre novos campos de trabalho,  ela tinha o desejo de estar toda inteira em todos os lugares.
Dormia muito pouco, devido a que tinha também que dar conta do seu trabalho e dos estudos, pois formou-se professora e como tal trabalhava. Em altas horas da noite a casa toda dormia, mas ela continuava escrevendo ou rezando. Como estudante permanecia durante a noite preparando, à luz de uma velinha, as aulas de prática de suas companheiras.
O irmão "Freddy" (agora falecido) contava uma anedota: Voltando ele da faculdade a encontrava rezando com os braços em cruz. E como eram muito amigos os dois, ele para brincar ia tirando a gravata, e a colocava pendurada em um dos braços da mana, logo o cassaco, depois a camisa. Ela sorria e dirigia-lhe um olhar tão doce, como perguntando: Tu me fazes isto?

Maria Felícia, a apóstola por excelência, se encontra com um jovem dirigente da AC com quem comparte o mesmo ideal: Angel Sauá; juntos trabalham, se apoiam mutuamente no apostolado, percorrem os bairros mais pobres, assistem os irmãos. O natural teria sido que dita relação terminasse em matrimônio, porém não foi assim. Em um ato de heroísmo sem par se separam empreendendo ele o caminho do sacerdócio e ela o da vida religiosa. Em seu diário ela escrevia: "Muitas vezes tinha concebido isto que agora, Senhor, é maravilhosa realidade: que lindo seria ter um amor e juntos imolá-lo ao Senhor em prol do ideal".
Sua maturidade é tão grande que numa das cartas escritas a Sauá, após uma jornada de serviço aos irmãos e que culminou com a chegada de ambos ao hospital para doar sangue a uma anciã, ela confessa "o nosso sangue, que podia unir-se no corpo de um filho, se uniu hoje no corpo de um pobre..."
Em seu desejo de viver o seu lema "tudo te ofereço, Senhor" se pergunta onde seria o lugar dessa entrega total.
Mas o Senhor é o seu guia, e é Ele que conduz os passos de seus filhos conforme sua vontade. Ele levou-a a encontrar-se com a priora do Carmelo de Assunção, Madre Teresa Margarida que estava hospitalizada. Chiquitunga encontrou nela uma verdadeira mãe, que a ajudou no difícil processo de imolar o seu amor e também a guiou no momento de dúvidas que estava vivendo. E é esta monja que aprendeu a conhece-la, que ouviu os seus segredos, os reveses de sua alma, as suas angustias, mas também presenciou os momentos de alegria, conheceu a heroicidade de seu coração generoso e maravilhosamente humano.
No mês de janeiro saiu de um retiro, decidida a entregar-se inteiramente a Deus como Carmelita Descalça, contudo pela frente tinha uma dolorosa batalha, pois a tarefa de convencer o pai não foi fácil, e embora sendo maior de idade o respeito por ele era tão grande, que não queria tomar uma resolução sem o seu consentimento.
Superados com a graça de Deus todos os obstáculos, ingressou no Carmelo no dia 2 de fevereiro. A Madre Teresa Margarida resumiu em poucas palavras a atitude de Maria Felícia desde o principio de sua vida religiosa: "grande espírito de sacrifício, caridade, generosidade, todo envolvido em grande mansidão e comunicativa alegria, sempre vivaz e brincalhona".
Antes da toma de hábito uma nova prova invade a sua alma; questiona-se se seria vontade de Deus que ela se encerra-se toda a vida, havendo tanta necessidade de evangelização no mundo. Uma vez conhecida a vontade de Deus, vestiu o hábito e começou o noviciado com alegria. Fez sua profissão temporária no ano seguinte, em 15 de Agosto de 1956.
3 anos mais tarde, no dia do enterro de sua irmã querida "Mañica", que faleceu devido a uma hepatite, a família toda fica sabendo que a filha religiosa foi acometida do mesmo mal. Logo de examiná-la o mano médico, o Freddy, declarou a urgente necessidade de que fosse hospitalizada. Isto em janeiro de 1959.
Começa a Quaresma, o mal cedeu aparentemente e pôde reintegrar-se a sua querida comunidade, porém poucos dias depois, após uma nova revisão lhe diagnosticaram "púrpura" e foi novamente hospitalizada.
Permaneceu no hospital até o dia de sua morte. estar longe de seu convento representava para ela uma grande mortificação. contudo, viveu seus últimos dias em total abandono à vontade de Deus. Antes de entregar seu espírito a Deus pede que lhe leiam um poema de S. Teresa "Morro porque não morro".
Dirige-se a seu pai, pois toda a família está junto de seu leito, e lhe diz: 'paizinho querido, sou a pessoa mais feliz do mundo! Se soubesses o que é a religião Católica", e acrescenta, sem apagar-se o sorriso de seus lábios: "Jesus, te amo! Que doce encontro! Virgem Maria".
Dirigiu umas palavras de consolo aos seus familiares, entre eles ao Freddy, que a estava tratando como médico e entregou sua alma ao Criador.

Todos estes testemunhos pudemos ouvi-lo 3 irmãs deste nosso Carmelo, a viva voz, por parte de 3 irmãs de sangue da venerável que moram em Assunção e também por parte das monjas do Carmelo de Assunção. Ir. Paula, Ir. Ivone e eu (Ir. Milagros) tivemos a graça de visitar o Carmelo de Chiquitunga, conhecer Ir. Ana Maria, a colega de noviciado da Venerável e a única que ainda sobrevive da geração que com ela conviveu. Tivemos a imensa graça de rezar junto ao seu túmulo e ver as relíquias de Maria Felícia, entre elas o cérebro que se conserva incorrupto, os seus escritos, desenhos, cartas... Tivemos a grande graça de conhecer e conversar com Karitina, Magalí e Amarú, as 3 irmãs de Chiquitunga que moram no Paraguai (Mireya mora em Argentina).

Nossa pequena caravana foi pagar uma promessa. O Sr. Pedro, nosso amigo que estava com um grave câncer, pediu a intercessão da Venerável Maria Felícia para poder ser curado de sua doença, e vendo-se curado ele quis ir agradecer.
Eis algumas fotos de nossa viagem, toda uma travessia. Em 12 horas estivemos em 3 países, Brasil, Argentina e Paraguai.

Nosso grupo na valsa, sobre o rio Uruguay.


Nós 3 junto da urna com os restos mortais de Chiquitunga.

Com a comunidade das irmãs do Carmelo de Assunção

Lá atrás, dentro do coro
algumas de nós.

O grupo reunido antes de rezar o terço. Sobre a urna, o relicário
contendo o cérebro incorrupto de Chiquitunga.



Nós 3 no locutório. Em primeiro plano, sentada frente à mesa está Karitina
a irmã de Chiquitunga.

Outra no locutório. A de blusa azul é Amarú, a mana caçula de Chiquitunga.
No meio Karitina, e ao lado dela a Magalí.






terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Advento




Tempo de Advento, tempo de espera, repleta de esperança.

Desejamos a nossos queridos amigos e leitores que a luz da fé que ilumina cada acontecimento brilhe em seus corações, dando sentido a tudo e animando a caminhar, mesmo em meio às contrariedades, pois Deus vem na contramão.

Revistamos especialmente  neste tempo as armas da luz e procedamos como em pleno dia, e empenhemo-nos em começar por nós as transformações que queremos ver na comunidade ou sociedade.
Maria e José sejam nossos companheiros de estrada e ajudem-nos a acolhermos a graça de Deus em nossas vidas.