English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Feliz Natal!

Uma jovem de Nazaré em seu entusiasmo juvenil, desejosa de amar e ser amada, foi achada graciosa aos olhos do Senhor.
Recebeu um convite, não compreendeu, mas entusiasmada pela aventura de ser Mãe do Salvador, disse Sim:
"Eis aqui aquela que quer dar tudo de si, para receber o TODO em si".
E a sua resposta tornou possível Deus entre nós, que tornou-se a Luz e Entusiasmo de outros jovens.
"E o Anjo disse: 'Não tenhas medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. Eis que vais ficar grávida, terás um filho, e darás a Ele o nome de Jesus, Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo' "
(Lc. 1, 30-32)
Desejamos a todos os nossos amigos e leitores um Natal repleto de alegrias. Que as bênçãos do Menino Deus se derramem abundantemente sobre cada um e seus familiares!

domingo, 22 de dezembro de 2013

Chiquitunga!

Se alguns ainda não a conhecem, logo que conhecerem pelo menos alguns aspectos da vida desta jovem carmelita não poderão menos que gostar dela.
Eu a conheci e gostei tanto, não tem como não se sentir tocado, não tem como não se encontrar e identificar com algum aspecto da sua personalidade. Ela é tão atual, seus conflitos revelam a face de uma jovem apaixonada por Jesus, mas que também conheceu o amor humano e soube vive-lo.
Eis uns poucos dados, que partilho com vocês queridos leitores, com o intuito de não guardar para mim aquilo que me fez tanto bem, desejo que ela os cative também, e lhes revele o rosto de Deus e as exigências do amor verdadeiro.
Maria Felícia Guggiari nasceu no Paraguai em 1925. Ela é a primogênita de 7 irmãos, com os quais sempre teve um bom relacionamento, todos muito unidos e amigos. Destes 7 ainda vivem 4 irmãs, cujas fotos estão colocadas mais abaixo.
Ela é familiarmente conhecida pelo apelido de "Chiquitunga", o qual desde criança o pai lhe deu devido ao seu tamanho, pois era miudinha.
De sua infância recolhemos uma lembrança que sua mãe Dona Arminda sempre guardou na memória: "Um dia de muito frio, Chiquitunga voltou da escola tremendo de frio porque tinha dado seu agasalho (um sobretudo dado pelo pai) a uma menina pobre. Sua mana denunciou-a aos pais, e às repreensões do pai ela respondia 'vês paizinho, que não sinto frio! Repetia, passando as mãozinhas pelo braço nu e tiritante"
 Aos 16 anos ingressou na Ação Católica, onde com empenho dedicou-se à propagação do Evangelho, não somente com palavras, mas principalmente por atos no serviço aos mais necessitados. Sua vida está repleta de gestos que transparecem sua intensa intimidade com Deus cultivada na oração e na Eucaristia, como por exemplo o fato de percorrer de bicicleta toda a cidade de Assunção, com um pequeno mapinha, para ir ao encontro dos irmãos, visitando-os em suas casas, fazendo-se tudo para todos, a fim de conquistá-los para Cristo. Ela conversava com eles acerca de suas preocupações, seus anseios, os escutava, os aconselhava, era muito simples, conseguia chegar ao coração. Sempre vestindo um guarda-pó branco, para se sentir mais próxima de seu povo, o sorriso na flor da pele, as tranças entrelaçadas com fita azul, o jasmín colocado na altura do peito...
Na Ação Católica encontrou um ideal e um objetivo que orientou toda a sua vida, ali fez também a sua consagração ao apostolado, assumindo vários cargos, entre os operários e operárias, entre os jovens universitários e operários, entre as crianças,  idosos, doentes... a vemos atuando em tudo o que possa render mais tarde frutos de cristianismo, por isso procurava sempre novos campos de trabalho,  ela tinha o desejo de estar toda inteira em todos os lugares.
Dormia muito pouco, devido a que tinha também que dar conta do seu trabalho e dos estudos, pois formou-se professora e como tal trabalhava. Em altas horas da noite a casa toda dormia, mas ela continuava escrevendo ou rezando. Como estudante permanecia durante a noite preparando, à luz de uma velinha, as aulas de prática de suas companheiras.
O irmão "Freddy" (agora falecido) contava uma anedota: Voltando ele da faculdade a encontrava rezando com os braços em cruz. E como eram muito amigos os dois, ele para brincar ia tirando a gravata, e a colocava pendurada em um dos braços da mana, logo o cassaco, depois a camisa. Ela sorria e dirigia-lhe um olhar tão doce, como perguntando: Tu me fazes isto?

Maria Felícia, a apóstola por excelência, se encontra com um jovem dirigente da AC com quem comparte o mesmo ideal: Angel Sauá; juntos trabalham, se apoiam mutuamente no apostolado, percorrem os bairros mais pobres, assistem os irmãos. O natural teria sido que dita relação terminasse em matrimônio, porém não foi assim. Em um ato de heroísmo sem par se separam empreendendo ele o caminho do sacerdócio e ela o da vida religiosa. Em seu diário ela escrevia: "Muitas vezes tinha concebido isto que agora, Senhor, é maravilhosa realidade: que lindo seria ter um amor e juntos imolá-lo ao Senhor em prol do ideal".
Sua maturidade é tão grande que numa das cartas escritas a Sauá, após uma jornada de serviço aos irmãos e que culminou com a chegada de ambos ao hospital para doar sangue a uma anciã, ela confessa "o nosso sangue, que podia unir-se no corpo de um filho, se uniu hoje no corpo de um pobre..."
Em seu desejo de viver o seu lema "tudo te ofereço, Senhor" se pergunta onde seria o lugar dessa entrega total.
Mas o Senhor é o seu guia, e é Ele que conduz os passos de seus filhos conforme sua vontade. Ele levou-a a encontrar-se com a priora do Carmelo de Assunção, Madre Teresa Margarida que estava hospitalizada. Chiquitunga encontrou nela uma verdadeira mãe, que a ajudou no difícil processo de imolar o seu amor e também a guiou no momento de dúvidas que estava vivendo. E é esta monja que aprendeu a conhece-la, que ouviu os seus segredos, os reveses de sua alma, as suas angustias, mas também presenciou os momentos de alegria, conheceu a heroicidade de seu coração generoso e maravilhosamente humano.
No mês de janeiro saiu de um retiro, decidida a entregar-se inteiramente a Deus como Carmelita Descalça, contudo pela frente tinha uma dolorosa batalha, pois a tarefa de convencer o pai não foi fácil, e embora sendo maior de idade o respeito por ele era tão grande, que não queria tomar uma resolução sem o seu consentimento.
Superados com a graça de Deus todos os obstáculos, ingressou no Carmelo no dia 2 de fevereiro. A Madre Teresa Margarida resumiu em poucas palavras a atitude de Maria Felícia desde o principio de sua vida religiosa: "grande espírito de sacrifício, caridade, generosidade, todo envolvido em grande mansidão e comunicativa alegria, sempre vivaz e brincalhona".
Antes da toma de hábito uma nova prova invade a sua alma; questiona-se se seria vontade de Deus que ela se encerra-se toda a vida, havendo tanta necessidade de evangelização no mundo. Uma vez conhecida a vontade de Deus, vestiu o hábito e começou o noviciado com alegria. Fez sua profissão temporária no ano seguinte, em 15 de Agosto de 1956.
3 anos mais tarde, no dia do enterro de sua irmã querida "Mañica", que faleceu devido a uma hepatite, a família toda fica sabendo que a filha religiosa foi acometida do mesmo mal. Logo de examiná-la o mano médico, o Freddy, declarou a urgente necessidade de que fosse hospitalizada. Isto em janeiro de 1959.
Começa a Quaresma, o mal cedeu aparentemente e pôde reintegrar-se a sua querida comunidade, porém poucos dias depois, após uma nova revisão lhe diagnosticaram "púrpura" e foi novamente hospitalizada.
Permaneceu no hospital até o dia de sua morte. estar longe de seu convento representava para ela uma grande mortificação. contudo, viveu seus últimos dias em total abandono à vontade de Deus. Antes de entregar seu espírito a Deus pede que lhe leiam um poema de S. Teresa "Morro porque não morro".
Dirige-se a seu pai, pois toda a família está junto de seu leito, e lhe diz: 'paizinho querido, sou a pessoa mais feliz do mundo! Se soubesses o que é a religião Católica", e acrescenta, sem apagar-se o sorriso de seus lábios: "Jesus, te amo! Que doce encontro! Virgem Maria".
Dirigiu umas palavras de consolo aos seus familiares, entre eles ao Freddy, que a estava tratando como médico e entregou sua alma ao Criador.

Todos estes testemunhos pudemos ouvi-lo 3 irmãs deste nosso Carmelo, a viva voz, por parte de 3 irmãs de sangue da venerável que moram em Assunção e também por parte das monjas do Carmelo de Assunção. Ir. Paula, Ir. Ivone e eu (Ir. Milagros) tivemos a graça de visitar o Carmelo de Chiquitunga, conhecer Ir. Ana Maria, a colega de noviciado da Venerável e a única que ainda sobrevive da geração que com ela conviveu. Tivemos a imensa graça de rezar junto ao seu túmulo e ver as relíquias de Maria Felícia, entre elas o cérebro que se conserva incorrupto, os seus escritos, desenhos, cartas... Tivemos a grande graça de conhecer e conversar com Karitina, Magalí e Amarú, as 3 irmãs de Chiquitunga que moram no Paraguai (Mireya mora em Argentina).

Nossa pequena caravana foi pagar uma promessa. O Sr. Pedro, nosso amigo que estava com um grave câncer, pediu a intercessão da Venerável Maria Felícia para poder ser curado de sua doença, e vendo-se curado ele quis ir agradecer.
Eis algumas fotos de nossa viagem, toda uma travessia. Em 12 horas estivemos em 3 países, Brasil, Argentina e Paraguai.

Nosso grupo na valsa, sobre o rio Uruguay.


Nós 3 junto da urna com os restos mortais de Chiquitunga.

Com a comunidade das irmãs do Carmelo de Assunção

Lá atrás, dentro do coro
algumas de nós.

O grupo reunido antes de rezar o terço. Sobre a urna, o relicário
contendo o cérebro incorrupto de Chiquitunga.



Nós 3 no locutório. Em primeiro plano, sentada frente à mesa está Karitina
a irmã de Chiquitunga.

Outra no locutório. A de blusa azul é Amarú, a mana caçula de Chiquitunga.
No meio Karitina, e ao lado dela a Magalí.






terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Advento




Tempo de Advento, tempo de espera, repleta de esperança.

Desejamos a nossos queridos amigos e leitores que a luz da fé que ilumina cada acontecimento brilhe em seus corações, dando sentido a tudo e animando a caminhar, mesmo em meio às contrariedades, pois Deus vem na contramão.

Revistamos especialmente  neste tempo as armas da luz e procedamos como em pleno dia, e empenhemo-nos em começar por nós as transformações que queremos ver na comunidade ou sociedade.
Maria e José sejam nossos companheiros de estrada e ajudem-nos a acolhermos a graça de Deus em nossas vidas.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Intenção Missionária de Novembro

Missão Continental

Para que a Missão Continental tenha como fruto o envio de missionários
 da América Latina para outras Igrejas.



Fr. Ciro García, ocd

A Missão Continental foi um dos assuntos mais destacados da 5ª Assembleia da Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe (CELAM), que teve lugar na cidade de Aparecida em maio de 2007. Os bispos fizeram um balanço da vida de fé no continente e discerniram como vontade de Deus para eles e suas dioceses a realização de uma grande Missão Continental
Estas foram suas palavras: “Se abre passo um novo período da história com desafios e exigências, caracterizado pelo desconcerto  generalizado que se propaga por novas turbulências sociais e políticas, pela difusão de uma cultura alheia e hostil à tradição cristã, pela emergência de variadas ofertas religiosas… A Igreja está chamada a repensar e relançar sua missão em novas circunstancias. Não pode fechar-se. Se trata de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho, desde um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo que suscite discípulos missionários
Isto depende de homens e mulheres novos que encarnem dita tradição e novidade. Não resistiria uma fé católica reduzida a bagagem, a elenco de normas e proibições, a práticas de devoção fragmentadas, e adesões parciais das verdades da fé, a uma participação ocasional nos sacramentos, à repetição de princípios doutrinais, a moralismos que não convertam a vida… Nos encontramos perante o desafio de revitalizar nosso modo de ser católico… para que a fé cristã enraíze mais profundamente no coração das pessoas e dos povos… isto requer uma evangelização muito mais missionária”. (cf. Aparecida, 1-13).
O Congresso Missionário Latino-americano, realizado em Quito (Equador) em 2008, foi o lançamento oficial da Missão Continental. Se reafirmou a questão apresentada em Aparecida: “No processo de formação de discípulos missionários, destacamos os aspectos fundamentais que se compenetram e alimentam entre si: a) o encontro com Jesus Cristo… b) a conversão… c) o discipulado…d) a comunidade… e) a missão…” (Aparecida, 278).
Tem passado seis anos de este grande acontecimento da Igreja da América Latina. E novamente sua mensagem tem ressoado com força na incipiente visita do Papa Francisco ao Brasil com motivo da XXVIII Jornada Mundial da juventude. Não se há de esquecer que o responsável principal da redação do documento de Aparecida foi precisamente o então cardeal Bergoglio e agora Papa Francisco. De ali que suas ideias sobre a missão continental aflorem constantemente em seus discursos.
Recolhemos algumas. Em sua visita precisamente ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida convidava todos a viver com alegria para contagiar a fé em Cristo: “O cristão no pode ser pessimista… Se estamos verdadeiramente apaixonados por Cristo e sentimos quanto nos ama, nosso coração se “inflamará” de tanta alegria que contagiará a quantos vivem em nosso entorno”.
Em sua homilia aos bispos, sacerdotes e religiosos lembrava a necessidade de viver unidos a Cristo para que nossa missão seja fecunda: “ É precisamente a “vida em Cristo” que garante nossa eficácia apostólica e a fecundidade de nosso serviço… Não é a criatividade, por mais pastoral que seja, não são os encontros ou planejamentos os que asseguram os fruto, embora ajudem e muito, senão o que assegura os frutos é ser fiéis a Jesus, que nos diz com insistência: “Permaneçam em mim, como eu permaneço em vocês” (Jo. 15, 4). E sabemos muito bem o que isso significa: contemplá-lo, adorá-lo e abraçá-lo em nosso encontro quotidiano com Ele na Eucaristia, em nossa vida de oração, em nossos momentos de adoração e também reconhecê-lo presente e abraçá-lo nas pessoas mais necessitadas”.
Finalmente, na vigília de oração com os jovens, os convidava a ser discípulos missionários escutando a Palavra de Cristo: “Deixem que Cristo e sua Palavra entrem em suas vidas, deixem entrar a semente da Palavra de Deus, deixem que germine, deixem que cresça. Deus faz tudo, mas vocês deixem-no fazer, deixem que Ele trabalhe nesse crescimento. Convidava-os também a serem pedras vivas para construir a Igreja e criar um mundo novo: “Construam um mundo melhor. Um mundo de irmãos, um mundo de justiça, de amor, de paz, de fraternidade, de solidariedade”.

À luz destes textos, aparecem os aspectos característicos da Missão Continental, que compreende não somente o continente da América Latina senão a Igreja Universal. Por isso a intenção missionária papal deste mês convida os cristãos a orar e a comprometer-se com esta missão.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Flores no Carmelo

Partilhamo com nossos queridos leitores algumas das imagens que alegram os nossos olhares, cada vez que espiamos os jardins. Todas elas são fruto da criatividade das irmãs unida à Providencia Divina, que cuida das aves do céu e das flores do campo. Que todos vocês possam sentir-se amados pelo Pai ao observar estas belas flores, pois se o Pai do céu faz assim com elas quanto mais não fará conosco!





terça-feira, 22 de outubro de 2013

Destinatários e anunciadores da Missão- Int. Missioneira do mês de Outubro



Que o Dia Mundial das Missões nos anime a ser destinatários e também anunciadores da Palavra de Deus

Pe. Ciro Garcia , ocd

A cada ano, este convite ressoa na celebração do Dia Mundial das Missões, para ser anunciadores do evangelho . A proclamação incessante do Evangelho é o serviço mais precioso que a Igreja pode prestar à humanidade e a toda pessoa que busca as razões profundas para viver plenamente a sua existência. Vivifica também  à Igreja, seu fervor, o seu espírito apostólico. A missão renova a Igreja, revigora a fé e a identidade cristã , proporciona novo  entusiasmo e novas motivações . A fé se fortalece dando-a !

Destinatários do anúncio do Evangelho são todos os povos . A Igreja "é por sua natureza missionária , uma vez que tem sua origem na missão do Filho e a missão do Espírito Santo , de acordo com o plano de Deus Pai " ( Ad gentes 2). Esta é "a graça e a vocação própria da Igreja, a sua identidade mais profunda . Ela existe para evangelizar " (Paulo VI, Evangelii nuntiandi, 14). Conseqüentemente, ele nunca pode se fechar em si mesma. Cria raízes em determinados lugares para ir mais longe. Sua ação, em adesão à palavra de Cristo e sob a influência de sua  graça e caridade, se faz plena e atualmente presente a todos os homens e a todos os povos para conduzi-los à fé em Cristo ( cf. Ad gentes  5) .

Porém a atenção e a cooperação na obra evangelizadora da Igreja no mundo não podem limitar-se a alguns momentos e ocasiões especiais, nem tampouco podem considerar-se como uma das numerosas atividades pastorais: a dimensão missionária da Igreja é essencial e, portanto, , deve ser sempre considerada . É importante que  tanto os batizados como as comunidades eclesiais se interessem ​​não apenas de modo esporádico e ocasional na missão, mas de forma constante, como uma forma de vida cristã. O mesmo Dia Mundial das Missões não é um momento isolado no curso do ano, mas é uma valiosa oportunidade para parar e pensar se nós respondemos à vocação missionária e como o fazemos , uma resposta essencial para a vida da Igreja.

Há que " ir " ao encontro da humanidade levando Cristo a todos. É uma das idéias mais repetidas do Papa Francisco desde o início de seu pontificado. A Igreja tem de sair de si mesma para ir ao encontro dos demais, tem que parar de ser auto-referencial, para proclamar o evangelho; deve ir para as periferias do mundo, onde a mensagem do Evangelho é ignorada , deve ter " cheiro de ovelha " para atrair aos afastados da nossa sociedade; tem de chegar aos pobres, os deserdados, os marginalizados, os imigrantes, para solidarizar-se com estas situações de injustiça que batem às portas do nosso mundo de desenvolvimento.

É o que fez o Papa durante sua visita a Lampedusa ( 08.07.13 ) e em seu encontro com os refugiados no Centro Astalli, no coração de Roma ( 11/09/13 ) . Os gestos também evangelizam, mais  que palavras. Nossa sociedade é muito sensível a essas reivindicações , que têm tornado o Papa Francisco no epicentro da ação evangelizadora da Igreja . São os novos métodos que reclamam as novas situações de evangelização.


Mas mantendo os gestos e palavras, está a oração silenciosa e contemplativa que vê nos novos destinatário da evangelização aos membros preferidos do reino de Cristo e de seu mesmo corpo . Daí a oração por esta intenção missionária do Papa, para que o Espírito do Senhor desperte a consciência dos cristãos e das pessoas responsáveis, para enfrentar as novas situações com o verdadeiro espírito evangélico, derrubando as barreiras provocadas pelo anúncio da Boa nova (cf. Lc 4:16 ss).

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Visita

Nossa comunidade agradece a visita dos acadêmicos de Teologia da PUC RS que fez uma viajem de estudos na Região Missioneira e na Segunda feira 14 passou por nosso Carmelo e celebrou a Eucaristia.


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Visita da Mãe Peregrina

Terça feira 8 recebemos em nossa capela a visita da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
O Movimento de Schoensatt comemora em 2014 o primeiro Centenário da Aliança, compromisso feito entre Pe. Kentenich, os jovens e N. Senhora; os jovens deviam entregar nas mãos dela os sacrifícios, orações e todo o seu esforço para alcançar a santidade. Dessa primeira Aliança de Amor, surgiu no Vale de Schoensatt (local onde está situada a primeira capela) um centro mundial de renovação e moral do mundo em Cristo por Maria.
A imagem que esteve em nossa capela é a mesma que o Diác. João Pozzobon carregava nas costas para levar às famílias, hospitais, escolas, paróquias e prisões, incentivando a oração do terço. Durante 35 anos ele percorreu 140.000 Km. Ele se considerava o burrinho de Maria, a levar Jesus e Maria ao mundo.
Eis algumas fotos:





segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O DIVINO JARDINEIRO ESTÁ A COLHER FLORES




Se formos pensar bem, nós que estamos a viver aqui na terra carregando uma saudade imensa de tudo o que é bom, me recorda que nós saímos de Deus, do céu onde Ele está. Viemos a esta terra com o maior presente que Ele nos deu, a vida. Estamos aqui para preparar-nos para voltar para onde viemos, para Deus, para o céu. Estamos aqui para aprimorar-nos, treinar-nos, preparar-nos para viver naquela harmonia e felicidade sem fim que nos espera. O bom é que já sabemos o que devemos fazer para chegar lá. Jesus veio do céu e nos deixou o seu Evangelho para viver que numa palavra se resume no AMOR: AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO COMO A NÓS MESMOS.




Refletindo assim, somos como flores que Deus transplantou do céu à terra, e falando em flores, Ele às vezes sente saudade de algumas e por vê-las já plenamente desabrochadas e prontas para perfumar e enfeitar o céu, vem de mansinho e colhê-as. Assim neste mês de setembro em que iniciamos a primavera na terra, Ele, o Divino jardineiro passou pela nossa comunidade e colheu flores importantes, especiais, queridas para todas nós. No dia 6, Ele colheu o pai de nossa querida Irmã Ivone, Sr. Olívio Padilha. No dia 17, data do aniversário do nosso Carmelo, colheu sua preciosa flor, sua filha querida, consagrada e discípula de seu Filho Jesus, nossa amada irmã co-fundadora, Irmã Maria Teresinha do Menino Jesus. Às 17 horas, horário de nossa celebração eucarística, Ele a colheu para Si. Nossa Irmã deixou-nos na saudade e um legado de uma vida preciosa, santa, humilde, alegre, uma verdadeira discípula do Mestre Jesus e de nossa santa fundadora, Santa Teresa de Jesus. Inspirada em nossa irmã, Santa Teresinha cujo nome leva, viveu com simplicidade o caminho do abandono e da confiança em Deus: "Se não vos tornardes como crianças não entrareis no Reino de Deus", disse Jesus. Agradecemos a ela o testemunho de vida consagrada totalmente dedicada e doada a Deus no silêncio, na solidão, na pobreza, na fraternidade do Carmelo Teresiano e Sãojoanista. Mas, o Divino Jardineiro continuou colhendo flores. No dia 19 colheu o paizinho de nossa querida Irmã Milagros, Sr. Pedro Matealda. Que nossa irmã e os pais de nossas irmãs recebam a recompensa eterna e descansam na paz do Senhor. 








Aos que nos deixaram na saudade, temos o conforto de saber que intercedem por nós e que um dia no céu os reencontraremos.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

CARMELO CELEBRA 45 ANOS DE FUNDAÇÃO

Nesta terça feira, dia 17, vamos completar 45 anos de Carmelo em Santo Ângelo 
CARMELO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS UM SONHO QUE SE TORNOU REALIDADE - A amizade é um sentimento, ou mais que isso, é um compromisso, uma admiração, uma estima, uma apreciação, um marcar presença. Fruto disto tudo, que existiu entre três pessoas de ideais nobres, nasceu o Carmelo Teresiano em terras missioneiras. São elas: Dom Aloísio Lorscheider, Prof. Marcelo Mioso e Madre Teresinha do Menino Jesus. Primeiro: sonhos... depois: projetos... realidade: em 17 de setembro de 1968.
UM POUCO DA HISTÓRIA -  O Prof. Marcelo residia com sua família na cidade de São Leopoldo - RS, perto do Carmelo. Cristão autêntico e grande admirador da vida contemplativa. Desde sua primeira visita ao Carmelo ficou sendo um grande benfeitor e amigo de Madre Teresinha. Por motivos particulares mudou-se para a cidade de Santo Ângelo - RS. Apesar da distância a amizade continua através da correspondência. Em 1951 é fundado o Carmelo do Menino Jesus, em Caxias do Sul, pela comunidade do Carmelo de São Leopoldo, Irmã Teresinha faz parte do grupo fundador. Sagrado bispo em 20 de maio de 1962, Dom Aloísio Lorscheider, assumiu a Diocese de Santo Ângelo, como seu primeiro bispo. Ao tomar posse da mesma passou a morar perto da residência do Prof. Marcelo, de quem era grande amigo. Este em uma visita que lhe fez, confidencia-lhe: "Dom Aloísio, antes de morrer desejo realizar dois grandes sonhos: o primeiro é de custear as despesas da formação de um sacerdote, e o segundo depende muito do seu consentimento. A respeito disso podes dar-me resposta positiva ou negativa quando quiser." Dom Aloísio quis saber imediatamente do que se tratava. Ao tomar conhecimento que era a fundação de um Carmelo, concordou plenamente. Deu sua licença, mas com a condição de que, a fundação saísse dentro do menor prazo possível. A 13 de julho de 1962, Dom Aloísio visitou pela primeira vez o Carmelo em Caxias do Sul. Fala com Madre Teresinha sobre a fundação do Mosteiro em sua Diocese. Esta lhe adverte que a comunidade não tem recursos financeiros. Ao que ele responde: "O povo de Santo Ângelo fará o Mosteiro para as irmãs". Diante disto a fundação foi aceita por ela.
ESCOLHA DO TERRENO - Madre Teresinha acompanhada de mais uma irmã, viajou pela primeira vez a Santo Ângelo a 20 de maio de 1963. A escolha do terreno recaiu sobre uma linda colina fora da cidade, no lugar mais alto desta. Uma bela e descampada colina. O sonho do Professor Marcelo estava se concretizando: Para isso trabalhou incansavelmente providenciando todo o necessário para a construção do Mosteiro, e principalmente na conscientização do povo sobre a importância de uma comunidade contemplativa na Diocese. Com essa motivação todos deram de sua colaboração. Seus esforços continuam a dar seus frutos, pois até hoje à apreciação pela vida contemplativa perdura e cresce sempre mais. O lançamento da pedra fundamental ocorreu a 29 de agosto de 1965, por Dom Aloísio. Tal acontecimento foi precedido por uma novena preparatória.
 UM NOVO ALVORECER - Passado três anos, a 16 de setembro de 1968 chegaram às cinco primeiras irmãs fundadoras. No amanhecer do dia seguinte presidiu a celebração o Cônego Afonso Hamer e colocou o Santíssimo Sacramento, considerando-se fundado o Carmelo. As primeiras irmãs a chegarem foram: Madre Teresinha do Menino Jesus, Irmã Maria Teresinha do Menino Jesus, Irmã Maria Rosa do Menino Jesus, Irmã Verônica da Sagrada Face e Irmã Teresa de Jesus.
 REFORÇO COMUNITÁRIO - Após uns meses de intenso trabalho a casa tinha lugar para receber as outras quatro irmãs destinadas a formarem parte da comunidade, Irmã Maria Zélia do Menino Jesus, Irmã Maria da Imaculada, Irmã Cecília do Menino Jesus e Irmã Margarida Maria do Coração de Jesus. Sua chegada aconteceu na primeira quinzena de  dezembro de 1968.
INAUGURAÇÃO OFICIAL  - À tarde do dia 30 de dezembro de 1968, abrimos as portas da clausura para que o povo pudesse entrar, ver e falar com as irmãs. Ao final da tarde chegou Dom Aloísio e mais de 13 sacerdotes que concelebraram a Eucaristia. Na homilia Dom Aloísio disse ao povo; "Este Carmelo é um Carmelo do Concílio Vaticano II". Este fala do protagonismo dos leigos e este Carmelo tem à frente um leigo ajudado por leigos. Cada tijolo é um testemunho da fé e da caridade deste povo Santo Ângelense". Palavras estas que caíram como sementes em terra boa, no coração de Madre Teresinha. Era seu lema: "Este Carmelo tem que caminhar com a Igreja, para que possa produzir os frutos desejados". Com doze anos de história, já teve condições de enviar oito irmãs como fundadoras à vizinha cidade de Giruá. Isto aconteceu a 16 de julho de 1980. 

Partilhamos também alguns pensamentos de nossas crônicas escrito por nossa saudosa fundadora Irmã Teresinha do Menino Jesus:  Este solo abençoado de Santo Ângelo, já foi regado com o sangue quente de três mártires,que deram sua vida pela causa de Deus e das almas. E portanto, um solo abençoado, onde germinam lírios...violetas...etc. e onde devem deixar-se desfolhar, ROSAS PURPÚREAS de amor e de martírio!... Para este modesto recanto do Rio Grande do Sul, foram chamadas as filhas de Santa Teresa, essa alma ardente, que, em tenra idade, já sonhava com o martírio, fugindo em busca da terra dos Mouros, para dar a sua vida em testemunho da fé. Temos portanto aqui, uma terra de heróis... uma terra de mártires!... Que estímulo maravilhoso,  para todas as almas que buscarem este Mosteiro, afim de passar os breves dias de sua vida, no céu antecipado da vida religiosa, louvando o seu Deus e dando-lhe almas pela oração e pelo sacrifício. Que estímulo maravilhoso, para galgar sem cansaço, o íngreme monte da perfeição, a escarpada encosta do Monte Carmelo... Subi, pois, queridas almas, subi sem temor! O solo que pisais é santo!... Quando vos custar a escalada, parai um pouco e.. .refleti...! O vosso companheiro de jornada é um ANJO; o padroeiro, o protetor desta Diocese. Sim, pedi o auxílio do Anjo da Guarda, pedi o auxílio dos Três Mártires que regaram esta terra com o seu sangue, pedi o auxílio da Mãe e Rainha do Carmelo e prossegui FIRMES, o vosso caminho. Esta terra é missioneira! Tendes portanto, uma missão à cumprir e qual será ela?... APROXIMAR AS ALMAS desta Diocese, da  Fonte de vida e de santidade, que é, O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS!... Esta é a vossa missão. Esta e a finalidade deste Mosteiro!... Jesus dissera um dia: EIS AQUI O CORAÇÃO QUE TANTO AMA OS HOMENS, E DOS QUAIS SÓ RECEBE INDIFERENÇA E DESPREZO. Oh! Como esta queixa é dura e dolorosa! Que as almas que vierem habitar à sombra deste abençoado Mosteiro saibam consolar a Jesus de tal modo, que Ele exclame novamente, desabafando o ardor do Seu coração amoroso: AS MINHAS DELÍCIAS SÃO, ESTAR COM OS FILHOS DOS HOMENS:... SIM, EU ESTAREI CONVOSCO ATÉ A CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS... Seja este Mosteiro, um monumento de amor ao Sagrado Coração de Jesus, e um OÁSIS de conforto e de paz, onde as almas desta querida Diocese, venham dessedentar-se no meio do calor das suas lutas, dos seus sofrimentos e das suas dores”.

NOSSAS VIDAS, CONSAGRADAS A DEUS NA FRAGILIDADE, QUEREM, APESAR DELA, OFERECER À HUMANIDADE, ROSAS PERFUMADAS DE ORAÇÃO E DOAÇÃO, ENTREGA TOTAL AO DEUS DA VIDA EM FAVOR DE TODOS. POR ISSO, NOS MOMENTOS DIFÍCEIS DE SUA VIDA, LEMBRE-SE: "NO CARMELO HÁ SEMPRE MÃOS ESTENDIDAS QUE LHE ACOLHEM, SUSTENTAM, SOCORREM E FAZEM PROSSEGUIR, APESAR DELAS SEREM TÃO FRÁGEIS OU TALVEZ MAIS, DO QUE VOCÊ. NOS MOMENTOS BONS, SAIBA QUE TAMBÉM ESTAMOS COM VOCÊ, POIS S. TERESA DIZIA: "SE O MUNDO PERDEU A ALEGRIA, BUSQUE-A NO CARMELO".

sábado, 31 de agosto de 2013

Intenções do Apostolado da Oração

(AGOSTO E SETEMBRO)


Fr. Ciro Garcia, ocd.

 

Resumidamente comento as intenções missionárias dos meses de agosto e setembro. Embora em si sejam diferentes, convergem para a mesma realidade central da fé e evangelização. São um convite não somente à oração, mas também ao compromisso missionário. Os recolho em quatro pontos.

 

1.Educar os jovens numa consciência reta e numa vida coerente. É a intenção geral do mês de agosto: "Que pais e educadores ajudem as novas gerações a crescer com uma reta consciência e numa vida coerente." Prestar atenção ao mundo juvenil, saber ouvi-lo e valorizá-lo, não é somente uma oportunidade, mas um dever primário de toda a sociedade, para construir um futuro de justiça e de paz. Os jovens, com seu entusiasmo e impulso na direção do ideal, podem oferecer uma nova esperança ao mundo.

A educação é a aventura mais fascinante e difícil da vida. Corresponde aos pais, às famílias e a todos os segmentos educativos e formativos. Tem de se transmitir aos jovens, especialmente o respeito pela dignidade da pessoa e o apreço pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de gastá-lo no serviço do bem. Por isso, os educadores têm que estar dispostos a dar-se a si mesmos, sendo testemunhas autênticas e não apenas dispensadores de regras ou informações. A testemunha é a primeira a viver o caminho que propõe.

A tarefa educacional atravessa hoje dificuldades especiais, tanto na família como nos contextos educativos. Por isso temos que orar e lutar para que todo o ambiente educacional seja um lugar de abertura ao outro, à convivência, à solidariedade;  um lugar de diálogo, de coesão e de escuta, onde o jovem se sinta valorizado e também aprenda a valorizar os outros; um lugar, em suma, que ensine a saborear a alegria que brota da participação ativa na construção de uma sociedade mais humana e fraterna.

2. Construção da paz e da justiça na África. É a intenção missionária especial do mesmo mês de agosto: "Que as igrejas locais na África, fiéis ao Evangelho, promovam a construção da paz e da justiça". Embora a construção de uma ordem social justa é em primeira instancia uma tarefa da política, no entanto, "uma das tarefas da Igreja na África consiste em formar consciências retas e receptivas às exigências da justiça, para que sejam cada vez mais os homens e mulheres comprometidos e capazes de realizar essa ordem social justa através de um comportamento responsável "(Africae munus", 19 de novembro de 2011).

Esta exigência missionária parte da frágil realidade sócio política do continente Africano. A falta de paz e de justiça é uma realidade lacerante em África: revoltas populares em África do Norte, derrocamentos de governos, eleições na maior parte dos países sem democracia e transparência, o empobrecimento das massas, o uso de crianças em conflitos armados , estupros de mulheres, perseguições dos cristãos ... são indicadores reais que nos mostram o rosto sombrio de África. Daí a necessidade de "evangelizar em profundidade a alma Africana" (AM 91).

3. Redescobrir o valor do silêncio no meio do barulho. A intenção missionária geral do mês de setembro: "Que os homens e mulheres do nosso tempo, muitas vezes sobrecarregados pelo ruído, redescubram o valor do silêncio e saibam ouvir a Deus e ao próximo." O silêncio é parte integrante da comunicação; sem ele não existem palavras com densidade de conteúdo. No silêncio, ouvimos e conhecemos melhor a nós mesmos. Teresa de Jesus, a grande mestra de oração, é também a grande mestra do silêncio e da contemplação, como espaço de escuta que possibilita a relação autêntica com Deus e com os outros.

Nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio são espaços privilegiados para ajudar as pessoas a reencontrar-se consigo mesmas e com a Verdade que dá sentido a todas as coisas. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram nele uma ressonância mais profunda e uma expressão mais  intensa. O silêncio dilata a capacidade de escuta e faz brotar uma comunicação mais exigente;  nos abre à transcendência que ilumina toda a realidade. Por isso, é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de "ecossistema", como aquele que criou Teresa de Ávila para seus Carmelos, que saiba equilibrar o silêncio, escuta, contemplação, comunicação, expressão e evangelização.

Aprender a comunicar significa aprender a escutar, a contemplar. Isto é especialmente importante para os agentes da evangelização: silêncio e palavra são elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Cristo no mundo de hoje.

4. Testemunhar o amor de Cristo na perseguição. É a intenção missionária especial do mês de setembro: "Que os cristãos perseguidos possam testemunhar o amor de Cristo." São preocupantes as dificuldades que tanto os cristãos como os seguidores de outras religiões encontram com frequência para professar pública e livremente as suas próprias convicções religiosas. Existem regimes que impõem a todos uma única religião, outros alimentam não tanto uma perseguição violenta, senão um assédio cultural sistemático às crenças religiosas, que não respeitam o direito humano fundamental. Por isso a Igreja se faz porta voz dos direitos fundamentais de cada pessoa; em particular, reivindica o respeito à vida e à liberdade religiosa de todos, sobre a arbitrariedade dos poderes humanos.

Orar com o Papa por esta intenção e testemunhar o amor de Cristo em tais circunstâncias adversas, é a consigna evangélica de todos os discípulos e anunciadores do Evangelho.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Aos queridos Pais

Querido Pai! Tua vida revela o Deus invisível!

 

Um dia, que não é um dia, na sua feliz eternidade, a Trindade na sua delirante felicidade exclamou: “Ó, como é bom sermos o que somos: uma família feliz. É impossível conter só em nós tamanha felicidade!” E Deus então decidiu ser o que é: família, criando e perpetuando seu ser eterno. Sim! Deus é família. Em seu movimento interno de abrir espaço dentro de si, de sair de si mesmo para criar, Deus se revelou primeiramente Mãe, depois Pai e em consequência Filho. Assim o mundo, o Universo foi criado. Assim carinhosamente foi criada a família: mãe, pai, filhos.

 

Imaginemos o AMOR, a TERNURA, toda DOÇURA que há em Deus, que Ele colocou ao criar o Universo. E criando o Universo, Ele amou e criou alguém de forma singular, este alguém és tu, Pai. Tu, Pai, formado, amado, chamado a ser, envolto em chamas gozosas de AMOR DIVINO, és um ser especial. Ele, Deus Pai, ao plasmá-lo, olhou para Si, e colocou em ti tudo de bom que há nele. Tu, Pai, és chamado a ser na terra nada mais e nada menos, o que Deus Pai é no céu. Queremos convidar-te a não esconder tamanha graça e felicidade que te envolvem. Seja de fato o que és. Não tenhas medo de ser transparência de Deus Pai. Não é necessário esforço, é só deixar o coração agir e ser.

 

Tu és Pai, transparência de Deus Pai. É por isso que nunca conseguimos dizer tudo que és. Por mais que falemos, sempre fica algo a dizer. Tens algo do próprio Deus. Teu ser atravessa o finito e chega à “terra” onde mora o infinito. É por isso que tu nos surpreendes a cada passo quando somos crianças, quando adolescentes, quando jovens, adultos, e até o fim de nossos dias, mesmo que já tenhas partido. Sempre podemos ler e descobrir algo novo no evangelho da tua vida. Sempre há algo a meditar e orar na tua vida de Pai, que também é filho, e em consequência há nela sempre algo novo que vamos entendendo da vida de Jesus. Ao seres imagem e semelhança de Deus Pai, és também imagem e semelhança do seu Filho Jesus, que veio revelar-nos o Pai. Há quem diga que não entende o Evangelho. A esse quero convidá-lo a olhar e meditar a vida, os fatos, a história, os gestos de seu pai. Mesmo que ele não seja perfeito, ele pode muitas vezes ser o único Evangelho que nós conseguimos ler e compreender. Em cada pai está Deus: Deus como Pai, o criador, Deus como Mãe, Espírito Santo, Espírito de AMOR, que acompanha a história da humanidade, Deus como Filho, Jesus de Nazaré, o Crucificado e Ressuscitado que permanece entre nós pelo AMOR.

 

Não é necessário dizer, mas faz bem ao nosso coração dizer que tu, pai, és AMOR, DOAÇÃO, esquecimento de si, generosidade sem medida, pura transparência, dedicação incansável, força que sustenta, ternura que abraça e acarinha, e atrás da tua tímida e quase rude reserva, há um coração doce e mãos de fada que acariciam, acolhem e amam da forma mais elegante e grave que há no mundo de amar, que é amar com coração de homem. É por isso que é possível perpetuar na terra a delirante felicidade que há no céu, que é ser família.

 

Querido Pai! Jamais desista deste valor que traz pelo AMOR o céu à terra, valor que se chama família. PARABÉNS! NÓS TODOS TE AMAMOS! SEJA FELIZ!

 
Irmã Rejane Maria do Amor Divino, OCD

sábado, 10 de agosto de 2013

Feliz dia Pais!

Feliz dia a todos os pais! Rogamos à Sagrada Família de Nazaré que os ensine a viver o amor "do jeito de Deus", com gostinho de eternidade.
Rezamos por todas as famílias! Que elas sejam unidas e que nelas a vida seja respeitada desde a sua concepção até o seu encontro definitivo com Deus.
 
 

Dia dos Pais


Hoje a Igreja no Brasil nos convida a a celebrarmos o dia dos pais, e em toda a semana que inicia a rezarmos pelas famílias; a olhar mais de perto a vocação matrimonial e familiar, a pedir a agradecer a Deus por ela.
A família é o berço, onde se formam oculta e discretamente as personalidades dos futuros construtores da Igreja e da sociedade toda.
Os pais são os formadores dos filhos, mesmo sem terem recebido a formação adequada. E os que aprendem a levar adiante esta missão com responsabilidade e empenho, merecem que os chamemos “heróis do cotidiano”. Ainda que portadores de debilidades e limitações, são eles educadores e amigos que colocam nos ensinamentos a dose certa de palavras e de exemplo.
As novelas e os filmes nos apresentam modelos de famílias perfeitas, tal vez muito diferentes das nossas, em que o pão de cada dia se ganha com suor, onde os pais precisam vencer os obstáculos que a ambição e os vícios representam, para proteger os lares da influencia de um entorno muitas vezes carente de valores e princípios.
Esse é o chão que pisam nossos pés.
Vocês pais, que labutam dia a dia pela educação de seus filhos, saibam que não estão sós. Vocês são o cristal a través do qual eles verão refletido o rosto de Deus, a janela pela qual olharão grande parte do futuro e do além.
Deus sabe de seus cansaços e alegrias. Ele conhece os seus esforços e não lhe são alheias suas esperanças e desânimos. Vocês não caminham sós. Saibam que são colaboradores numa missão que não escapa da bondade e providencia divinas.
Muitos casais não tiveram a oportunidade de terem filhos, de vê-los crescer. Mas não por isso devemos negar-lhes o nome de pais: quantas vezes ajudaram outros a crescerem por meio de um conselho, da presença, do apóio e dos cuidados.
Outros sofreram a dolorosa divisão das suas famílias, vitimas do relativismo, da falta de diálogo, de ideologias impostas de fora, vindas de uma sociedade cada vez mais superficial e aparente.
Rezamos por esses casais que não deram certo, rezamos para que, embora separados não deixem de cultivar a amizade, a paz e o respeito mútuos. Pedimos a Deus para que os sonhos truncados no princípio não velem a oportunidade de serem fiéis testemunhas da Boa Nova de Jesus.
Sob a proteção de Deus estão todas as famílias, também aquelas flageladas em algum de seus membros, escravizado pelas drogas, pelo álcool e outros vícios. Não podemos deixar de lutar pela paz e a unidade que lhes foram roubadas. Sabemos que tudo o que existe fora de Deus passará, o bem é eterno, o bem vencerá.
Batamos a porta pela oração em família e individual. Que a Sagrada Família seja nosso espelho e guie sempre nosso caminhar. Que Maria e José ensinem os pais de hoje a não abrirem mão dos valores que nunca perderão a validade. AMEM.

 
 
 
 

 
 
 

sábado, 27 de julho de 2013

Visita do Papa Francisco e JMJ

A nossa comunidade permanece  unida na oração pedindo as bênção do Pai para a Jornada Mundial da Juventude e para o querido Santo Padre. Estamos acompanhando , na medida do possível, os eventos e nossos corações rejubilam de alegria ao constatar a presença numerosa dos jovens, que continuam apostando e lutando por um mundo melhor, fazendo muito "lio", na linguagem de Francisco, para proclamar ao mundo os valores do Evangelho. Exultamos com a presença do Papa Francisco em nosso país, e pedimos ao Pai que o proteja e fortaleça na sua missão de pastor presente e solícito.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Intenções do Apostolado da Oração - Comentários

Publicamos os já costumeiros comentários às intenções do Apostolado da oração generosamente enviados por Frei Ciro Garcia

Geral: Que a Jornada Mundial da Juventude no Brasil anime a todos os jovens cristãos a se tornarem discípulos e missionários do Evangelho.

Missionária: Que as portas em toda Ásia se abram aos mensageiros do Evangelho.

Fr.. Ciro Garcia, ocd


1) A intenção missionária geral do mês de julho deseja conectar-nos com a XXVIII Jornada Mundial da Juventude, a ser realizada no Rio de Janeiro, Brasil, no final de julho de 2013. Será presidida pelo Papa Francisco, quem toma a tocha de relevo de João Paulo II, iniciador entusiasta destas jornadas em 1986, e de Bento XVI que levou com bom pulso o leme das três últimos: Colônia (2005), Sydney (2008 ), Madri (2011).

Estas jornadas têm se tornado para os jovens em uma forma maravilhosa de proclamar o evangelho e de levar ao mundo uma mensagem de esperança. São jornadas principalmente de celebração gozosa da fé cristã e de anúncio de Jesus Cristo. O lema deste ano é precisamente: Ide e fazei discípulos entre todas as nações (Mateus 28,19). Daí a intenção missionária, que anima a todos os jovens cristãos a se tornarem discípulos e missionários do Evangelho.
A força evangelizadora das Jornadas Mundiais da Juventude tem estado sempre presente em todas as celebrações. Esta é concretamente a valorização da última celebrada em Madri: tem sido uma nova evangelização vivida; uma maneira nova, rejuvenescida, de ser cristão, que se concretiza em uma nova experiência da catolicidade e da universalidade da Igreja. Jovens vindos de todos os continentes, com diferentes línguas, diferentes estilos de vida, diferentes formas culturais e, no entanto, unidos, juntos como uma grande família. O fato de que todos os seres humanos sejam irmãos e irmãs não é apenas uma ideia, senão que aqui se converte em uma experiência real e comum que produz alegria. É esta uma das características da espiritualidade das Jornadas Mundiais da Juventude, que provem da certeza da fé. Eu sou amado, sou aceito, tenho um papel na história: o alegre anúncio da fé e da boa notícia da salvação.
O anuncio gozoso da fé é uma das propostas - expressada em outros termos – mais frequentemente reiterada pelo Papa Francisco em suas intervenções, convidando a sair de si mesmo para ir ao encontro dos demais; e mais concretamente, em direção dos setores mais desfavorecidos, os pobres e os marginalizados ou os que estão afastados da fé, na periferia da sociedade ou da Igreja.
Em sua homilia no dia de Pentecostes, 19 de maio de 2013, dirigindo-se aos movimentos eclesiais, fazia-lhes esta proposta de missão impulsionada pelo Espírito Santo: "Ele nos introduz no mistério do Deus vivo, e nos salvaguarda do perigo de uma Igreja  Gnóstica e de uma Igreja autorreferencial, fechada nas suas instalações; nos impulsiona a abrir as portas para sair, para anunciar e dar testemunho da bondade do Evangelho, para comunicar a alegria da fé, do encontro com Cristo [...] é o Espírito Paráclito, o "Consolador", que dá o valor para percorrer os caminhos do mundo levando o Evangelho. O Espírito Santo nos mostra o horizonte e nos impulsiona às periferias vida existencial para anunciar a vida de Jesus Cristo".

2) A mensagem de Jesus Cristo é sempre atual, se introduz no coração da história e é capaz de dar uma resposta às inquietações mais profundas de cada ser humano. Mas a complexidade da situação atual, requer hoje novas formas para poder comunicar eficazmente a Palavra de Deus a todos os povos, tendo em conta o imenso horizonte missionário da Igreja.
Quase metade da população mundial vive na Ásia. No entanto, apenas dez por cento das pessoas são cristãs; e somente cinco por cento católica. As dificuldades para a evangelização neste continente provêm em grande parte de alguns governos abertamente materialistas e hostis à religião, porque a consideram uma ameaça à soberania, daí o ressurgimento agressivo e crescente do Islã. Existe também a oposição ao cristianismo, porque ele é visto como "importado" do Ocidente. Contudo, dá-se a extrema pobreza de muitas pessoas na Ásia, com muitas necessidades imediatas e urgentes, que por vezes dificulta seu retorno a Deus.
Mas, a pesar disso a Igreja na Ásia é uma Igreja vibrante. Seu cristianismo está próximo de muitos setores, graças às instituições de ensino, centros de saúde, clínicas e agências sociais. A Igreja é apreciada como defensora da dignidade humana e dos direitos humanos. Muitos missionários comprometidos com a missão do continente asiático. A intenção missionária pede novos operários para esta imensa messe, e que todos possam aprender a considerar a fé em Cristo como uma Boa Nova, como um vínculo de união e como uma ponte entre os povos.


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Irmã Ivone nos conta, no seguinte relato, um pouco da história de sua vida e caminhada vocacional:
 
"Nasci aos 11 de junho de 1961, em Colônia Mousquer, à época pertencente a Santo Ângelo - hoje comunidade de Entre-Ijuís, RS.  A  uns  100 metros da Capela Santo Antônio.

Sou filha de Olívio e Guilhermina Isnard Padilha (in-memória).

 Ocupo o 4º lugar entre 11 irmãos. Tenho 25 Sobrinhos e 12 Sobrinhos netos. O irmão mais velho  Arlindo de saudosa memória, faleceu em 15-04-2003 com 50 anos de idade.

Fui levada a pia Batismal em 28 de julho de 1962, recebi  o nome de Ivone de Fátima Padilha. Acolhi o Sacramento da Crisma no dia 02 de setembro de 1973 por Dom Estanislau Amadeu Kreutz na Catedral de Santo Ângelo. Comunguei Jesus na Eucaristia pela primeira vez em 24 de outubro de 1973 pelas mãos do Pe. Lauro Büttembender (na época Pároco da Catedral).

Desde pequena queria ser freira.  Aos 11 anos senti um forte chamado, uma enorme vontade de ser religiosa ouvindo um sermão de um padre Missionário da Sagrada Família na Capela Nossa Senhora da Saúde em Vitória das Missões, onde meus pais residiam desde meus 5 anos. Minha mãe não gostou muito da idéia.

Ingressei no Carmelo dia 22 de Janeiro de 1981. Iniciei o Noviciado Canônico em 11 de fevereiro de 1982. Emiti os Votos Trienais em 04 de setembro de 1983, e os Votos Solene  Perpétuo no dia 16 de julho de 1988 - Ano Mariano.

 

25 ANOS DEPOIS DIGO:

 

ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS! Ele é a nossa razão de ser, origem de nosso agir, motivo do nosso pensar. Se faz presente no caminho de cada dia, na oração pessoal, comunitária, na Sagrada Escritura, na Eucaristia, no Sacramento da Reconciliação, no testemunho de fé, na solidariedade para com os irmãos. Deixa suas pegadas na penumbra, visível só pela fé e pela esperança que anima e alimenta a caminhada.

São 25 anos de ousadia e fragilidade, teimosia e perseverança, crises e superações, criatividade. Os anos foram passando, fui aprendendo a engatinhar, dar passos, falar, ousar, criar. Celebro hoje 25 anos de caminhada, apoios, participação, sofrimentos, presenças, amizade e uma infinidade de eteceteras... Procuro dar o melhor de mim, tanto quanto as naturais limitações o permitem. Louvo a Deus por essa vida, com certeza sustentada pelo Espírito Santo de Jesus.

 Gratidão devo a muitas pessoas. Bispos, padres, religiosos(as) seminaristas, lideranças, famílias, jovens, amigos e benfeitores, co-irmãs(õs) da comunidade e da Ordem.  Aos meus pais, irmãos, sobrinhos(as), sobrinhos netos e parentes. Em especial a você que veio agradecer comigo essa caminhada. É profundamente gratificante sentir-me cercada de amor com a presença de vocês coincidindo nossas vontades em louvar e agradecer a Deus por esses 25 anos de pertença a Deus e ao povo. Somos uma família. A Igreja é a nossa casa.

JESUS:  Ele é o motivo do meu  JUBILO!  Ele que me chamou, me escolheu, me dá Constancia, firmeza para segui-lo nesse estilo de vida Religiosa no Carmelo".

25 Anos!

Terça feira 16 de Julho junto com a solenidade de N. Senhora do Carmo nossa comunidade festejou a vocação de Ir. Ivone da Imaculada (Padilha), que há 25 anos fazia sua profissão solene na Ordem do Carmelo Descalço. Desde cedo a festejamos com muita alegria, pois em cada vocação é Deus dizendo que permanece ao nosso lado. Eis algumas fotos