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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


quinta-feira, 31 de março de 2016

FESTA DA DIVINA MISERICÓRDIA

Image result for jesus misericordioso imagenA Festa da Misericórdia é celebrada no domingo seguinte à Solenidade de Páscoa em todas as Igrejas do mundo. 
A data foi instituída pelo, na época, Papa João Paulo II, em 30 de abril do ano de 2000. O Domingo da Misericórdia é dedicado, especialmente, para o grande anúncio do amor misericordioso de Deus, que vem até nós em Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Para isso, além das indulgências do Ano Santo, também neste Segundo Domingo da Páscoa concede-se indulgência plenária aos que participam da Eucaristia e procuram se configurar sob as condições pré-estabelecidas: Confissão Sacramental, Comunhão Eucarística e orações segundo a intenção estabelecida pelo Sumo Pontífice.

Image result for jesus misericordioso imagenApesar de esta Festa ter sido instituída como festa universal somente no ano de 2000, ela já era realizada pela Irmã Faustina Kowalska desde a década de 30, na Polônia. Segundo os escritos, Santa Faustina foi inspirada para que fosse realizada a Festa da Misericórdia em toda a Igreja; pedido apontado pelo menos em 15 momentos nas anotações, como cita um trecho retirado do diário da religiosa. “Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Nesse dia estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo o mar de graças nas almas que se aproximarem da fonte da minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e castigos. Nesse dia estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças… Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da minha Misericórdia”. (Diário nº. 699).


Image result for jesus misericordioso imagenA Imagem da Misericórdia é um quadro de Jesus, pintado à mão por um pintor renomado naquele tempo, a partir das descrições feitas pela Irmã. A obra traz a seguinte inscrição: “Jesus, eu confio em vós”! (Jezu, ufam Tobie!). Após uma acurada análise dos escritos e da vida da santa, a Santa Sé autorizou, em 1978, a Devoção da Divina Misericórdia. Em 1994, Irmã Faustina foi beatificada e em 2000 foi canonizada com o título: Santa Maria Faustina do Santíssimo Sacramento.
São João Paulo II instituiu, no ano 2000, a Festa da Misericórdia no 2º Domingo da Páscoa. O Pontífice faleceu no dia 02 de abril de 2005, que na época coincidiu com a véspera desta festividade. João Paulo II e João XXIII foram canonizados em 27 de abril de 2014, durante o Domingo da Misericórdia.

Neste ano, temos a graça especial de celebrarmos o Ano Santo da Misericórdia. O lema escolhido para esse jubileu extraordinário é um chamado à vivência concreta da fé e a misericórdia: “Misericordiosos como o Pai” (Lc 6,36). O Papa estabelece que em todas as Dioceses, Santuários, Paróquias, Comunidades cristãs aconteça a celebração deste ano santo como um acontecimento de graça e renovação espiritual. Além disso, o Santo Padre recomenda a revitalização das obras de misericórdia corporal e espiritual fixadas pela Igreja, para entrarmos no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina. Obras de misericórdia corporal: “dar comida aos famintos, bebida aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, visitar os doentes e enterrar os mortos”. Muitas dessas obras podem ser incrementadas participando de algumas pastorais e movimentos. Obras de misericórdia espiritual: “aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas inconvenientes, rezar pelos vivos e defuntos”. (MV n.15). 
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Aprendamos, portanto, no Ano Santo da Misericórdia, a ser misericordiosos uns com os outros para merecermos a misericórdia de Deus.
Devemos neste dia acolher a misericórdia em nossas paróquias, famílias e, sobretudo, em nosso coração. Que Jesus misericordioso, o Senhor Ressuscitado, seja a luz em nosso caminho e faça com que sejamos luz para toda a humanidade que tanto necessita do amor, da paz, da união e, sobretudo, da misericórdia.

Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

domingo, 27 de março de 2016

PÁSCOA DO SENHOR

Image result for PASCOA DO SENHOREm Jesus, a sepultura é transformada em sementeira de vida!
Chegamos à festa que preparamos com tanto empenho nas últimas seis semanas. Trazemos a memória agradecida da aliança realizada na última ceia e nas muitas e solidárias ceias penúltimas. Trazemos nos olhos o sinal luminoso das mãos perfuradas e dos braços abertos em forma de cruz, prontos a abraçar a humanidade inteira. Partilhamos com Madalena o vazio de uma ausência querida. Trazemos na mente e no ventre o trabalho das mulheres e homens, comunidades e movimentos que, no escuro da noite, prepararam tecidos e perfumes para cuidar da casa comum e não permitir que a vida se perca.
A Páscoa celebra o reconhecimento de Jesus – o profeta perseguido e assassinado, o irmão e servidor da humanidade – como Filho de Deus. Proclama que nele Deus vence todas as formas de morte, desde a morte física até a morte progressiva e massiva que resulta das estruturas iníquas e dos poderes despóticos. Anuncia que Jesus, considerado uma pedra sem utilidade e problemática na manutenção do mundo, é por Deus reconhecido e apresentado como pedra fundamental da construção de um mundo novo. Afirma que nossa esperança, embora ainda dance na corda bamba, é teimosa e tem futuro.
A Páscoa de Jesus de Nazaré e dos cristãos celebra as milhares de possibilidades escondidas na vida de cada pessoa e da humanidade. Afirma que a última palavra não será sempre do discurso frio daqueles que impõem sua injusta ordem, lincham midiaticamente os líderes populares e mandam calar os profetas. Proclama que a ação realmente eficaz e grávida de futuro é aquela que estabelece a absoluta superioridade do outro necessitado. Evidencia que a direção certa e o sentido da vida está no cuidado da terra, no fazer-se semente de um mundo outro e de uma outra vida, tão possível quanto urgente.
Ademais, a ressurreição não é algo que se manifesta apenas depois da morte. Paulo nos surpreende afirmando que os cristãos já foram ressuscitados! Ele se refere ao dinamismo pascal do nosso batismo, que possibilita e pede a passagem de uma vida individualista a uma vida plena e solidária. “Procurem as coisas do alto”, exorta Paulo. E isso significa assumir um estilo de vida centrado no amor, no serviço e na partilha, na busca de uma segurança que tenha a justiça como mãe. O pecado ainda não perdeu totalmente sua influência, mas está mortalmente ferido, e não domina mais sobre nós.
É verdade que a ressurreição de Jesus não é algo que se impõe com força de evidência, não vem acompanhada de manifestações potentes. O dia já havia amanhecido, mas, na cabeça de Maria Madalena e dos apóstolos a experiência do fracasso pairava como escuridão. Só muito lentamente eles foram percebendo que os lençóis estendidos não estavam lá para cobrir um morto mas para acolher as núpcias de uma nova aliança de Deus com a humanidade. O sudário sim, depois de ter coberto a cabeça de Jesus, agora estava à parte e envolvia totalmente o templo, o lugar onde a morte fora tramada e decretada.
Image result for PASCOA DO SENHORLembremos que a Páscoa de Jesus de Nazaré inaugura uma Nova Criação. Ressucitando e trazendo no corpo as feridas dos pregos e da lança, ele é o Homem Novo, o Novo Adão, o Irmão primogênito e solidário de todos os homens e mulheres. Os discípulos e discípulas se reúnem em torno da sua memória e organizam comunidades que continuam seu sonho e seu caminho. E as pessoas acolhidas nestas comunidades estabelecem vínculos que formam um Novo Povo de Deus, a comunhão dos grupos e movimentos de cuidadores e servidores, de gente que luta por vida abundante para todos.
Na entusiasmada catequese que desenvolve na manhã de pentecostes, Pedro sublinha que Jesus andou por toda parte fazendo o bem e agindo sem medo, apesar da violência que havia levado João Batista à morte. Enfatiza que Deus estava com ele, inclusive no vazio escuro da cruz, quando parecia havê-lo abandonado. Ensina que Deus o ressuscitou dos mortos, e transformou em juiz aquele que fora réu. E lembra que os discípulos e discípulas, apesar da dificuldade de acreditar nele e da permanente tentação de abandoná-lo, são constituídos testemunhas e pregadores dessa Boa Notícia. Ora, essa é uma notícia tão boa e tão nova que, para acolhê-la, precisamos de uma profunda mudança de mentalidade.
Jesus de Nazaré, filho amado de Deus, irmão querido da humanidade! Aqui estamos reunidos para celebrar contigo a festa dos pequenos, daqueles que se desvelam no cuidado da casa comum. É uma festa que não serve os bens roubados aos fracos e não ostenta a indiferença de quem esquece a continuidade da luta. O mistério da vida ressuscitada se dissemina discretamente em tantas pessoas e grupos, inclusive naqueles que não te reconhecem explicitamente. Por isso, celebramos nossa páscoa na tua páscoa, e saímos apressados a testemunhar que a vida é mais forte que a morte e que o amor é imortal. Assim seja! Amém!

Itacir Brassiani msf

VIGILIA PASCAL E RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Na vigília Pascal de ontem a noite tivemos a solene celebração presidida por Pe. Rogério Rigo. A bênção do foto, bênção da água com muitas garrafinhas de água benta que as pessoas levaram no final da celebração para casa, o lindo círio Pascal incensado, a renovação dos votos das irmãs transformou a celebração num momento de muita oração e louvor pela ressurreição de Jesus. No Domingo Celebrou o nosso Bispo Dom Liro.
Partilhamos algumas fotos destes momentos de ressurreição.



















sábado, 26 de março de 2016

VIGILIA PASCAL

Image result for VIGILIA PASCALComo quando falece uma pessoa querida, reunimo-nos hoje em vigília, marcados pela dor da perda, recapitulando a história da salvação, regando as frágeis sementes de esperança que nos restam. Acompanham-nos muitas testemunhas que nos antecederam nessa travessia. Mas a vigília sempre nos possibilita também assumir a herança humana e espiritual de quem partiu, levantar o olhar, contemplar o horizonte e encontrar forças para continuar a caminhada. Aqui estamos, acariciando o pequeno fio de esperança: “Eu sei que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente...”
É uma ilusão inocente ou maldosa imaginar que nossa vida individual e social muda num golpe de mágica. A ação criadora de Deus é sempre lenta, e avança numa luta sem tréguas contra o vazio, o caos e o abismo. Como os hebreus fugindo do Egito, quem luta se vê frequentemente encurralado, com o mar intransponível à frente e as tropas ameaçadoras atrás. Nossa experiência ainda hoje é de que existem pessoas lutadoras e iniciativas promissoras, mas são frágeis e estão muito dispersas, como o povo de Israel no cativeiro da Babilônia. E sem falar nas perseguições e linchamentos judiciais e midiáticos, que querem abortar mesmo os mais frágeis projetos de mudança. Onde estão os sinais da páscoa?

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O vazio da sepultura não é prova da ressurreição, mas convida a perceber que as marcas dos pregos e o corpo torturado não são a última palavra de Deus sobre a história. Na tumba vazia, anjos e mulheres estão anunciando que o caos do lixo pode dar lugar a uma criação harmoniosa, que o mar ameaçador pode ser atravessado a pé enxuto, que os grupos dispersos podem ser reunidos, que os crucificados caminham à nossa frente e vislumbram novidades em gestação. Precisamos abrir-nos às novas possibilidades escondidas no segredo do átomo, no íntimo das pessoas, nos caminhos da história...
Aquelas mulheres madrugadoras, as poucas conhecidas e as muitas anônimas, estão a nos dizer que, para entender o mistério da vida e da morte, precisamos retomar a Palavra de Jesus, do dinamismo da sua compaixão e doação. Como discípulos seus, não podemos insistir em buscar entre os mortos aquele que está vivo, em enclausurar no passado aquele que é presente e futuro. A admiração diante do túmulo vazio é apenas o começo, e não pode ser um convite a ‘voltar para casa’, ignorando solenemente nossa responsabilidade com a ‘casa comum’. É preciso morrer para o pecado e renascer para o cuidado!

Image result for VIGILIA PASCALComo cristãos, completamos em nossos corpos os sofrimentos de Jesus Cristo, ostentamos as marcas de quem vive a misericórdia e cuida da casa comum. A ressurreição se multiplica como semente no testemunho e nas iniciativas de discípulos e discípulas, comunidades e Igrejas, grupos e movimentos. Como na ressurreição de Jesus, os sinais pequenos e desprezíveis passam a ser reais e promissores. O batismo, recordado e celebrado comunitariamente na vigília pascal, expressa este dinamismo na vida de cada um de nós e da comunidade eclesial. Morreu o velho homem, nasceu uma nova criatura!
Já vivemos e sofremos o bastante para saber que esta passagem não é nem automática, nem evidente. Trata-se de um projeto de vida que, para ser realizado, exige disciplina e empenho sem tréguas. Porque a luta não é apenas contra inimigos externos, mas pede vigilância sobre nós mesmos e sobre a permanente tentação de sermos sempre os primeiros e os merecedores, deixando a ninguém o cuidado do que é de todos. Mas esta não é uma luta inglória, pois Jesus de Nazaré, nosso irmão maior, já venceu a batalha, removeu muitas pedras, derramou sobre nós seu Espírito e nos fez capazes de compaixão.
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Os primeiros cristãos resgataram uma imagem preciosa para falar da ressurreição de Jesus: Ele é como uma pedra que os construtores jogaram no lixo e que Deus transformou em pedra de ângulo, pedra que sustenta todo o teto em forma de abóbada. Por isso, a páscoa pede que abramos os olhos e as portas às pessoas e grupos sociais descartados como desnecessários ou eliminados como incômodos. Se não os tivermos no coração das nossas preocupações, celebrações e projetos eclesiais, nossa fé poderá ser como casa construída sobre a areia, e nossa utopia pode se deteriorar em simples ideologia.
Senhoras da madrugada, mulheres-coragem: humildemente pedimos vossa ajuda para caminhar na noite que nos envolve, para ver com nossos próprios olhos que o mestre de vocês e nosso nos precede na periferia e no deserto. Segurem nossas mãos cansadas e acompanhem nossos passos inseguros. Emprestem-nos um pouco do perfume que vocês souberam conservar, a fim de não chegarmos de mãos vazias ao encontro com Aquele que vive para sempre. E então anunciaremos de mil modos que a carne amada e amante de Jesus vivifica todos os sonhos e esperanças que habitam nossa humanidade. Assim seja! Amém!

Itacir Brassiani msf