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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Primeira Missa de Fr. Everton em nossa casa

Terça Feira, 29 de Dezembro, foi a vez do Fr. Everton Machado visitar nossa comunidade e conceder-nos as primícias de sua ordenação, ocorrida no Sábado anterior. Louvamos a Deus pelo seu chamado, e agradecemos a Fr. Everton pela sua resposta generosa a esse chamado.
Peçamos ao Pai por todos os jovens que se dispõem a seguí-lo.











Com todas as irmãs, após a Missa



Com sua madrinha de oração, Ir. Elisabete


Visita do Definidor Geral, Fr. Marcos

No dia 28 deste mês de Dezembro, recebemos a agradavel visita de Fr. Marcos Juchem, Carmelita Descalço, Definidor Geral para America Latina. A continuação seguem algumas fotos















terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Assim ficaram os presépios

Queremos partilhar com vocês algumas fotos dos presépios feitos na capela, e em alguns lugares da casa. Cada irmã deu o melhor de si, enfeitando os distintos ambientes a fim de deixá-los em sintonia com o mistério celebrado.


Assim ficou a Capela com o seu presépio, trabalho de ir. Ivone





















O Presépio do Coro, trabalho de ir. Rejane


Na sala de recréios, trabalho de ir. Ma. Teresinha











Num dos corredores, trabalho de ir. Ma. Madalena



No refeitório, trabalho de ir. Veridiana






Revelação da Amiga Secreta na Noite de 25

Um dos pilares que constitui a espiritualidade do Carmelo é a vida em comunidade, e esta se torna sempre mais bonita quanto mais fraterna. Cada irmã dá o melhor de si para que esta vida fraterna seja uma realidade. Por isso em nossa casa temos o costume de jogar ao "AMIGO SECRETO". O sortéio secreto se faz no dia de S. Teresa, e na Noite do Natal cada uma fica sabendo (em meio a risos e brincadeiras) qual é a sua Amiga "X" recebendo dela o seu presente que (é claro) é feito com muita criatividade.
Eis algumas fotos da bela noite.




































sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Celebração do Natal

A bonita Missa da Noite de Natal, aqui em nossa casa, foi presidida pelo nosso amigo Fr. Jose Moacir, frade capuchinho, vindo do estado de S. Paulo.
Eis algumas fotos do momento em que um casal, representando Maria e José, junto à pequena Rafaely, nos relembraram o nacimento de Jesus.


























sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

São João da Cruz

O dia 14 deste mês, no coração do Advento, as e os Carmelitas, celebramos a solenidade de Nosso pai S. João da Cruz.
É por isso que Ir. Maria Celeste partilhou conosco ulguns pensamentos seus, que têm como pano de fundo a vida do "Grande Santo", para que possamos saborear um pouco de sua bela espiritulidade.

Sem a experiência da oração, da solidão em que se torna possível a intimidade com Jesus e com Deus no Espírito, não chegaremos a experimentar a profundidade do amor que nos é dado gozar. O Cântico Espiritual é muito revelador nesse sentido. Depois que a amada fica ferida de amor porque o Amado fugiu, sai pelos caminhos a perguntar aos caminhantes e a todas as criaturas se o viram passar (estrofe 2-12). O mundo se torna o espaço da busca do Amado. Porém, logo após o reencontro (estrofe 13), começa um dinamismo de intimidade cada vez maior, de uma crescente separação dos outros e do mundo.



Se quisermos que seja o amor de Deus a fonte e o cume de tudo o que somos e fazemos, temos que entrar em intimidade com Ele e cultivá-la em meio às nossas atividades diárias. Aqui se tornam fundamentais a solidão, o silêncio, a oração. O afastar-se para uma maior intimidade com Deus e com Jesus, no Espírito, possibilitará uma liberdade total, uma entrega sem limites de nós mesmos a Deus e aos irmãos. Com certeza, esta experiência de intimidade com o Senhor nos ajudará a unificar nossa vida em torno a um único centro: Deus.

Na vida espiritual o mais importante é justamente esta experiência pessoal do amor de Deus que nos revigora, que suscita em nós forças escondidas e, por assim dizer, alarga nosso coração para acolhê-lo no Seu dom total, amplia o horizonte de nossa vida, de nossa liberdade, de nossa consagração, de nossa capacidade de amar e nos deixar amar. A amada não se conforma somente com a lembrança do Amado, mas sai em busca, peregrina, procura, porque quer o Amado por inteiro.



Nossa experiência crescente de Deus também nos faz desejar encontrá-lo, vê-lo, abraçá-lo até perder-nos Nele e por Ele. Mas nesta experiência de estarmos unidas à Ele, quanto mais buscamos e desejamos, mais aumenta em nós a necessidade do amor, de buscá-lo, amá-lo, de estar junto Dele, de deixar-nos amar e consumir por Ele. E isso deve repercutir no nosso dia-a-dia, para que nosso amor a Deus fecunde as realidades diárias de nossa vida.


Mas não podemos esquecer um detalhe lendo e conhecendo a história de vida de nossos Santos, doutores e místicos da Igreja, e particularmente do Carmelo, mas também acolhendo atentamente nossa experiência, percebemos que é como homem ou como mulher, com toda nossa corporeidade, nossa humanidade, nossa bagagem histórica, que experimentamos a presença do Absoluto em nossa vida e chegamos à íntima união de amor com o próprio Deus.


Importantíssimo: não somos somente nós que buscamos a Deus, que saímos clamando com desejos veementes atrás Dele; é Ele também, o Amado que nos busca, que nos deseja, que quer todo nosso coração, todo nosso ser para Ele; e mais ainda, é Ele que ‘se perde’ nos buscando, que ‘gasta’ a vida atrás de cada um de nós, que entrega sua vida por nós, porque nos ama e dá Sua vida em resgate pela nossa.



Lendo e conhecendo a história de vida de nossos Santos, doutores e místicos da Igreja, e particularmente do Carmelo, mas também acolhendo atentamente nossa experiência, percebemos que é como homem ou como mulher, com toda nossa corporeidade, nossa humanidade, nossa bagagem histórica, que experimentamos a presença do Absoluto em nossa vida e chegamos à íntima união de amor com o próprio Deus.


Por isto, é de fundamental importância o discernimento vocacional, a formação inicial e permanente, onde lançamos os fundamentos da construção de nossa vida humana e consagrada, que a formação permanente aprimora e aprofunda, para crescermos como pessoas e como consagrados/asa na verdadeira liberdade e autenticidade e para que assim nossa vida possa atingir as dimensões que Deus sonhou para cada um e cada uma de nós ao chamar-nos para o Carmelo.


São João da Cruz viveu e buscou viver sempre com integridade, retidão, liberdade e simplicidade sua vida e sua vocação. Lutou pelos seus objetivos e para realizar plenamente sua vocação, sua consagração, seu sacerdócio. Teve sempre um amor muito particular à Maria, que o protegeu e libertou, e que sem dúvida também o ajudou no processo de amadurecimento humano e espiritual e de ascensão ao Monte Carmelo, o Monte da Perfeição.



Olhando a vida de Frei João da Cruz – tudo o que viveu, sofreu e gozou da suavidade em Deus – vemos como a santidade corresponde à sanidade. O Santo uma pessoa sã, inteira, íntegra, livre e capaz de ajudar a outros no seu processo de libertação. E João, tendo alcançado o cume do Monte, goza de alto estado de justiça. Para pessoas como ele “já não há caminho, porque para o justo não há lei, ele para si é lei”. A caridade se transforma na única verdadeira norma de vida. Mas não podemos esquecer que tal liberdade é própria do “homem novo”, e que movendo-nos por apetites desordenados próprio do “homem velho”, não alcançaremos o cume do Monte.


Com sua doutrina e seu exemplo, São João da Cruz nos encoraja a romper com nossos apetites e gostos, com nosso ‘homem velho’ e a dispormo-nos a abrir mão de tudo para alcançarmos a comunhão plena com o Todo, que é o Deus Trindade.


Pessoalmente, vejo Frei João da Cruz uma pessoa resolvida, humana, afetiva e espiritualmente. Foi uma pessoa reconciliada com a vida, com seu passado, capaz de fazer uma purificação de sua memória afetiva e histórica. Ele não manifesta mágoas e ressentimentos por aquilo que viveu e sofreu; não se deixou bloquear pelas coisas da vida, como veremos na primeira parte de sua história pessoal; sobretudo, ele foi capaz de surpreendeu a vida com sua resposta generosa de amor.



São João da Cruz foi alguém que assumiu e trabalhou sua própria humanidade, que se deixou polir pela vida e pelas situações e fez de cada momento, dos sofrimentos e perdas que a vida lhe brindou, uma escola onde aprendeu as lições do despojamento, da entrega de si, da solidariedade, da luta para realizar seus sonhos e seus próprios objetivos. Confiou profundamente em Deus e naquilo que Deus lhe fazia entender que queria dele, e em Maria, que o protegia e conduzia com Sua mão materna.


Frei João foi alguém que conheceu seu próprio lado sombrio: vícios, apegos, paixões, impulsos, condicionamentos, tendências. Mas soube também superar-se, trilhando um caminho de amadurecimento humano e espiritual e propondo este caminho de conhecimento próprio e de libertação às pessoas a quem orientava e dirigia. E através deste conhecimento próprio, conseguiu também o conhecimento de Deus e, mais ainda, Deus lhe concedeu a graça de chegar ao estado de união com Ele.


São João da Cruz foi uma pessoa resolvida em suas questões fundamentais. Possuía metas claras, tinha clareza do seu ideal e do que Deus queria dele e através dele, porque possuia um grande equilibrio de espirito. Por isto, não teve medo de se lançar neste caminho. Jogou-se nele por inteiro, sem olhar para trás ou a olhar o que isto lhe custaria. Não se perde em ninharias. Assim, demonstrou que o caminho mais rápido para subir o Monte é o do despojamento, o caminho dos “NADAS”. Com este objetivo à frente, João da Cruz empenha todo seu potencial humano, afetivo, espiritual e intelectual no conhecimento e domínio de si, na superação dos vícios, apetites, paixões, a vida fraterna, consagração, alicerçado sobre a Palavra de Deus.



É impressionante a quantidade de citações bíblicas em seus escritos. Dá para perceber como buscava na Palavra de Deus, luz, força e inspiração para o seu viver. Na força da Palavra de Deus e da experiência com Ele, nosso Santo não se detém no caminho: segue firme a subida do Monte Carmelo, aceita ‘pagar o preço’ pela própria libertação, tendo como meta chegar ao cume do Monte, onde mora a “honra e a glória de Deus”, a liberdade verdadeira.


São João da Cruz foi uma pessoa que sofreu muito, mas que conseguiu integrar suas forças e energias, sua história num projeto de vida. Não foi uma pessoa que ficou se lastimando ou reclamando pelo que sofreu ou por aquilo que a vida lhe negou. Não ficou falando e criticando as pessoas e seus co-irmãos de Ordem, pelo mau que lhe causaram. Foi alguém que assumiu a vida, que teve um grande auto-domínio, que soube se renunciar, silenciar, batalhar e integrar tudo no empenho de viver seu ideal e para viver com intensidade o amor.


Para entendermos sua doutrina precisamos fazer uma imersão mais profunda e existencial na própria vida. Não podemos ser pessoas que vivem na superficialidade. São João da Cruz soube viver e inserir-se com força e totalidade na Igreja, na Ordem, na realidade social, cultural e religiosa de seu tempo. A experiência de Deus e a união com Ele não fez de João da Cruz uma pessoa alienada. Ele conseguiu como que impregnar todas estas realidades, com a sua experiência pessoal de Deus.


Hoje São João da cruz no convoca e desafia a viver e expressar também em nossa realidade pós-moderna a riqueza do Carisma Teresiano-sanjuanista de que somos portadores, centrando nossa atenção no valor apostólico do dom generoso de nós mesmos e da oração no coração da Igreja.



Nosso Santo foi uma pessoa que se abriu à ação transformadora do Espírito e se deixou conduzir. Viveu intensamente o amor e soube surpreender a Deus com sua resposta de amor. Empreendeu um esforço ascético a fim de não se atrasar ou perder no caminho para Deus. Dizia que “na tarde da vida seremos julgados pelo amor” (Ditos de Luz e Amor. Nº 58), e que “onde não há amor, coloque amor e colherás amor”. Por isto, ele é o cantor do amor. E suas poesias proclamam este amor que vive com Deus.



São João da Cruz tem para nós e nosso tempo também uma palavra firme e capaz de nos ajudar na “Subida do Monte Carmelo”, nos amparar nas “noites” e nos conduzir a gozar, já nesta vida, da “Chama Viva do Amor” que é Deus


Ir. Maria Celeste da Cruz, fragmento de sua obra "Liberdade em S. João da Cruz"