ELEIÇÃO DO PRIOR E DE TRÊS COISAS QUE SE LHE HÃO DE PROMETER
Determinamos primeiramente que tenhais um de vós mesmos por Prior, o qual seja eleito para este ofício por unânime consentimento de todos, ou da maior e mais qualificada parte, ao qual cada um de vós prometa obediência; e depois de a ter prometido, procure primeiramente guardá-la com as obras (cf. 1Jo 3,18), com castidade e pobreza (Regra 3).
Com este capítulo Alberto inova algo que não existia na vida religiosa de então. A vida religiosa possuía para governá-la um abade. Este era como um pai para seus filhos, e seu mandato era para sempre. A Regra do Carmo ao dizer que um seja escolhido e que seja por rodízio dispõe que o relacionamento entre os religiosos não seja vertical e sim horizontal, não de pai para filhos, mas de irmãos, isto é, de iguais. Ao escolher ter um deles como Prior, não o coloca como uma autoridade cheia de privilégios, mas conforme o sentido da palavra “Prior”, ele é o primeiro escolhido para servir. O Prior é o servo dos servos, ao qual se promete obediência a ser cumprida com castidade e pobreza. Temos então os votos que de um, a obediência, passam a ser três juntamente com a castidade e a pobreza. A Ordem do Carmelo começou primeiramente com homens, por isso se fala em Prior e não Priora. As irmãs foram instituídas mais tarde no século XV pelo Beato João Soreth. Mesmo com o passar dos séculos até hoje permanece no seu sentido original o serviço do Prior e da Priora. Quanto aos votos que se prometem ao Prior como a Cristo seu sentido ao mesmo tempo simples é muito amplo, por isso merece um comentário especial para cada voto.
Ir. Rejane Maria
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