Teresa nasceu, portanto, num dos períodos
mais difíceis da história da Igreja católica. De fato, quando ela entra no
mosteiro carmelita em Ávila, a Regra que as monjas seguiam havia sofrido
mudanças negativas, que levaram a um relaxamento na vida da comunidade
monástica: havia um elevado número de irmãs, encontros em demasia no parlatório
e uma desorganização na distribuição das tarefas do dia a dia, tornavam muito
difícil a vida contemplativa. Foi assim que Teresa teve a intuição de fundar um
mosteiro de clausura estrita.
Teresa
havia percebido que, assim como todo gesto de amor oferecido ao próximo sobe
até o Senhor, da mesma maneira, todo gesto de amor oferecido ao Senhor recairia
sobre o próximo.
Aos poucos outros mosteiros são fundados sob a mesma
inspiração: com 52 anos Teresa percorre as estradas de Castela, faça frio,
chuva ou sol... em sua biografia narra os esforços que emprega na fundação de
novos mosteiros: discute o preço dos terrenos, mantém relações políticas com
autoridade locais para obter as necessárias autorizações, procura por válidos
colaboradores... uma luta sem fim.
Em 1567 encontra um jovem que estuda em
Salamanca; havia sido ordenado presbítero há pouco e se preparava para se
tornar monge. Era João de São Matias, o futuro São João da Cruz. Ao conhecer a
proposta de Santa Teresa, ele decide tomar o hábito dos carmelitas descalços e
acompanha a fundadora em suas viagens.
Infelizmente, ao longo do caminho de
Teresa, nem tudo são flores... Fortes perseguições se desencadeiam sobre os
reformadores do Carmelo: Teresa se encontrará no olho do furacão. Apenas
mediante a intercessão do Rei Felipe II e o apoio por parte do papa Gregório
XIII, a reforma de Teresa tem continuidade.
Em 1622 o papa Gregório XV a canonizou: apenas 40 anos
haviam se passado desde sua morte. No dia 27 de setembro de 1970, o papa Paulo
VI a proclamou Doutora da Igreja, uma das primeiras mulheres na Igreja a
receber esse título.
Fonte: Aleteia
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