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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Unidos na oração pelos jovens de Santa Maria

Nossa comunidade se une à dor de tantas famílias enlutadas pela tragédia ocorrida em Santa Maria no passado final de semana. Todos nos sentimos abalados por tamanho acontecimento e pedimos ao Bom Deus pelos jovens que partiram, pelas suas famílias e também pelos jovens que estão nos hospitais.
Todos eles estavam repletos de vida e de sonhos; não tem palavras que possam confortar os corações pela partida inesperada de filhos, irmãos, amigos...
A Fé neste momento vem trazer a força e a esperança, pois sabemos que a vida dos que amamos está nas mãos de Deus (embora as tragédias não sejam enviadas por Ele) e que Ele está tomando conta dessas vidas que agora gozam ao seu lado da eterna felicidade.
Nestes momentos, todos os cristãos devemos unir-nos no amor, no perdão e na solidariedade. A dor leva muitas vezes a buscar culpados, mas o amor leva ao perdão, à compreensão e ao respeito.
Que todos os jovens que agora estão no céu, possam pedir ao Pai por nós, por suas famílias e pelos colegas que ficaram, para que como eles possamos entregar-nos ao amor e imitar a muitos deles que deram a vida para salvar a amigos, mas também a desconhecidos
AMÉM.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Ano da Fé e comunidades cristãs do Oriente Médio

Com este título frei Ciro Garcia, ocd nos apresenta a sua rica reflexão das intenções do Apostolado da Oração correspondente ao mês de Janeiro.

GERAL: Que, neste Ano da Fé, os cristãos possam aprofundar o conhecimento do mistério de Cristo e testemunhar a fé com alegria.

MISSIONARIA: Que as comunidades cristãs do Oriente Próximo e Medio recebam a força da fidelidade e da perseverança em particular quando são discriminadas.


As duas intenções missionárias de janeiro (missionária e geral), tem como principal referência, por um lado, a celebração do Ano da Fé: "Que neste Ano da Fé os cristãos possamos aprofundar o conhecimento do mistério de Cristo e testemunhar a nossa fé com alegria "; e por outro, a situação das comunidades cristãs do Oriente Médio:"Que as comunidades cristãs do Oriente Médio recebam do Espírito Santo a força da fidelidade e da perseverança, especialmente quando são discriminados "
O Ano da Fé é, acima de tudo, um convite para aprofundar no conhecimento do mistério de Cristo. Como anunciar senão a Cristo sem conhecê-lo e viver em intimidade com ele? "Há muito que aprofundar em Cristo", diz São João da Cruz (Cântico Espiritual 37,4). As palavras do místico doutor da igreja têm hoje máximo vigência. Pois um dos obstáculos para a evangelização é a ignorância religiosa. Acaba de afirmá-lo Bento XVI, dirigindo-se aos bispos franceses ", um dos obstáculos mais difíceis para a missão pastoral da Igreja Católica é a ignorância dos conteúdos da fé dos fiéis" (30/11/12).
Não é suficiente simplesmente o conhecimento intelectual, senão vivencial. Isso significa que temos de contemplar o mistério de Cristo como uma realidade pessoal que faz parte da própria vida e da história. Cristo não é alheio a ela, pois a assumiu em sua Encarnação. Por isso é necessário que cresçamos diariamente na intimidade com o Senhor.
Cristo nos pede que a nossa vida seja, como a sua, reflexo de uma união íntima com Deus. Assim, em nossas vidas, poderemos manifestar esse seu mesmo amor, estando atentos a cadas necessidade, aos anseios mais profundos, para poder dar uma resposta de esperança à humanidade.
Além disso, com o exemplo de sua vida, nos ensina a fazer-nos cargo da fraqueza do homem, suas profundas necessidades espirituais e materiais, para humanizar o nosso mundo e levá-lo para Deus. Este é o anúncio missionário que esperam de nós os homens e mulheres do nosso tempo.
Se esta é a norma de vida de todas as comunidades cristãs, é particularmente para as do Oriente Médio, onde tomou carne humana o Verbo de Deus e onde foi anunciado pela primeira vez a mensagem do evangelho.
Estas comunidades se encontram com freqüência perseguidas e discriminados. Há situações clamorosamente injustas e dolorosa, das que nos falam diariamente os jornais. Como cristãos, não podemos viver alheios a essa realidade dramática, pois nelas se encontra o futuro dessas comunidades e as raízes históricas de nossa fé.
Para eles pedimos a força do Espírito Santo para perseverar na fé e dar testemunho do Evangelho que eles receberam como primícia apostólica. A Igreja celebrou em 2010 um Sínodo extraordinário para enfrentar os desafios destas comunidades cristãs.
Em sua última viagem ao Oriente Médio, Bento XVI promulgou a correspondente Exortação Apostólica pós sinodal (Beirute, 14.9.12). Nela, ao mesmo tempo que dá  contas desta situação dramática (n.8), incentiva essas comunidades, em meio a crises humanas, para manter viva a chama da fé e do amor cristão:" 'Não temas, pequeno rebanho'. Com estas palavras de Cristo, gostaria de encorajar todos os pastores e fiéis cristãos do Oriente Médio a manter viva com ousadia a chama do amor divino na Igreja e em seus ambientes de vida e atividades "(n.95).
As Igrejas do orientais são "jóias esplêndidas", "pedras preciosas de muitas cores", que são parte do templo da cidade santa, da qual Cristo é a pedra angular: "Que os cristãos do Oriente Médio, católicos e outros, dêem com coragem em unidade este testemunho nada fácil, porém apaixonante por causa de Cristo, para receber a coroa da vida. o conjunto da comunidade cristã os anima e os sustenta "(n.99). Cabe a nós fazer verdadeiras estas ultimas palavras.

Fr. Ciro García, ocd

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Uma espiritualidade Bíblica

A continuação partilhamos com nossos caros leitores um belo e riquíssimo artigo da autoria do Pe. Décio Walker, gentilmente concedido por ele. Pe. Décio, é sacerdote de nossa Diocese de Santo Ângelo, mas atualmente atúa como  Assessor Nacional da Comissão Episcopal Pastoral Bíblico Catequética em Brasília. Convidamos os nossos amigos a visitar o blog da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico - Catequética, e encontrar diversos artigos sobre o assunto:
http://catequeseebiblia.blogspot.com.br/

Uma Espiritualidade Bíblica
 
(Terça feira, 24 de Abril de 2012)

Estamos aqui em Aparecida em plena Assembleia dos Bispos do Brasil. O tema central que se reflete nesta 50ª Assembleia é: “A Palavra de Deus na Vida e Missão da Igreja”. Sabemos que esta temática emerge de um longo processo que fez a Igreja toda recolocar a Palavra de Deus no centro de sua ação evangelizadora. Neste caminho a pastoral catequética, foi, sem dúvida, um espaço privilegiado no sentido de colocar a Bíblia como o Livro por excelência de toda catequese(DNC).

 Esta centralidade da Palavra de Deus, que tem na Bíblia uma de suas principais fontes, já foi assimilada em grande parte de nossas comunidades. Acontece, porém, que não basta aderir a este desejo da Igreja, expresso em diversos documentos recentes, nem é suficiente oferecer intensa formação bíblica, embora isto tudo seja muito importante. O que é fundamental, porém, é trabalharmos em nós uma profunda mística bíblica, sem a qual é muito difícil compartilhar esta experiência com nossos interlocutores na catequese.
Alguém pode perguntar: como se cultiva esta mística ou espiritualidade bíblica? Haverá muitos caminhos, vejo como essencial, porém, tornar carne e sangue em nós aquilo que apreendemos pela leitura da Bíblia. Exemplificando:
 
1 – A leitura e estudo dos relatos da Criação, despertam em nós a fé no Deus Criador, mas é preciso transformar este saber e esta fé em um compromisso concreto de defesa da Obra Criadora que hoje corre sério risco de ser degradada e até destruída. A sensibilidade por todos os seres criados, mas especialmente pelos mais agredidos, machucados em sua dignidade ou descartados será o principal testemunho da(o) catequista.

2 – A experiência do Povo de Deus com seus diversos êxodos (do Egito, da Babilônia, etc) deve produzir em nós um compromisso com os êxodos de tantos grupos humanos de hoje. E também criar em nós a consciência de nossa condição de peregrinos que não tem aqui sua morada definitiva, por isso não se prendem às realidades passageiras, mas ajudam transformar estas para que sirvam a todos os caminhantes na sua busca de vida plena.

3 – A profecia, espalhada por toda Bíblia, mas especialmente explicitada por algumas figuras, os profetas, nos levará a integrar em nossa vida um espírito crítico, que reage contra tudo que desfigura o Projeto de Deus. Nos dará coragem também para anunciar caminhos novos de organização mais humana , justa e fraterna para que o Reino de Deus de fato se concretize no mundo.

Coloco apenas estes pequenos exemplos, que vem do antigo testamento. Poderia tocar ainda em tantos pontos do novo, mas deixo isso para uma outra reflexão que abordará “uma espiritualidade encarnada” principalmente centrada nos evangelhos.

Acredito que os interlocutores em nossa catequese só se convencerão da preciosidade da Bíblia para suas vidas e se encantarão com ela, se a virem estampada em nossos rostos, gestos e projetos que ajudamos concretizar. Até mais!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Feliz Ano Novo!

Desejamos a todos os nossos amigos e leitores do nosso blog um Feliz e Abençoado ano de 2013.
Que em todos os dias deste ano que inicia possam dentir o amor e proteção do Bom Deus que nunca nos abandona.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Intenções do Apostolado da Oração


                Com esta postagem iniciamos uma série de comentários às intenções para o apostolado da oração, da autoria de Fr. Ciro Garcia, ocd. que tem a gentileza da partilhar conosco um pouco de suas sábias reflexões.
                Fr. Ciro é natural de Espanha, atualmente residindo em Roma, Doutor em Teologia, tem vários livros publicados, iluminando e esclarecendo a todos nós com seus trabalhos sobre os santos e espiritualidade da Ordem.
    Desejamos que os queridos leitores façam muito proveito deste e dos outros textos de Fr. Ciro que iremos publicando
         
  
       *Geral: Os Migrantes. "Para que os migrantes sejam acolhidos em todo o mundo, com generosidade e amor autêntico, especialmente pelas comunidades cristãs."
      *Missionária: Cristo, luz para a humanidade. "Para que Cristo se revele a toda a humanidade com a luz que vem de Belém e se reflete no rosto da Igreja".



   Em 13 de janeiro de 2013 celebra-se a 99ª Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado. A primeira intenção geral do mês de  dezembro está relacionada com esta celebração e com a mensagem do Papa para esta ocasião. A segunda particular se emoldura na grande celebração cristã do Natal e da manifestação de Cristo em sua da epifanía como luz para a humanidade.

   Ambos eventos têm merecido uma menção especial no recente Sínodo sobre a nova evangelização. A migração é considerada como um dos novos cenários em que se desenvolve a missão da Igreja. Esta rompe as fronteiras geográficas dos povos. Já não é um movimento norte-sul ou leste-oeste, porque é necessário desvincular-se dos confins geográficos. Hoje a missão encontra-se em todos os cinco continentes. É necessário aprender a conhecer os setores e ambientes que são estranhos à fé, por que não a têm encontrado nunca ou por que se afastaram dela. Desvincular-se dos confins geográficos significa ter as energias para propor a questão de Deus e da mensagem de Cristo em todos os contextos sociais.

   Uma das propostas do Sínodo (n.21) está dedicada precisamente aos migrantes. Propõe um planejamento pastoral para integrá-los na sociedade e na comunidade cristã, promovendo sua dignidade humana e ajudando-os a enfrentar com fé e esperança, a sua nova situação cultural e religiosa, assim como a resolver seus problemas sociais, políticos e econômicos. Porém diz algo mais: os migrantes são também protagonistas do anúncio do Evangelho no mundo moderno; contribuem para o desenvolvimento econômico de seus respectivos países e enriquecem-nos a todos com seus valores culturais e religiosos.
  No entanto, devemos reconhecer que, por trás dessas propostas louváveis há ​​muitos dramas humanos da pobreza e separação. O diz o Papa em sua mensagem de 29 de outubro de 2012: o vasto movimento de migração surge "sob o perfil dominante da pobreza e dos sofrimentos, que com freqüência produz dramas e tragédias." Daí a preocupação da Igreja Católica e dos católicos por criar instituições de auxílio e acolhida, “para resolver as numerosas emergências, com generosa dedicação de grupos e indivíduos, associações de voluntariado e movimentos, organizações paroquiais e diocesanas, em colaboração com todos os pessoas de boa vontade. "

   Neste sentido, recolho aqui o importante texto da mensagem de Bento XVI, remetendo-me a sua encíclica Caritas in Veritate: "Nela tenho querido salientar que ‘toda a Igreja, em todo o seu ser e agir, quando anuncia, celebra e atua na caridade, tende a promover o desenvolvimento integral do homem’ (n.11), referindo-me também aos milhões de homens e mulheres que, por diversas razões, vivem a experiência de migração. Com efeito, os fluxos migratórios são "um fenômeno que impressiona por suas grandes dimensões, pelos problemas sociais, econômicos, políticos, culturais e religiosos que suscita, e pelos desafios dramáticos que coloca às comunidades nacionais e à comunidade internacional" (n 62) ".

   A mensagem do Papa leva em conta todos estes problemas  dos grandes fluxos migratórios, mas sem esquecer a dimensão religiosa, essencial para a vida de cada pessoa, e remetendo-se assim,  à celebração do Ano da Fé e à tarefa evangelizadora da Igreja " No que respeita aos fiéis cristãos provenientes de diversas partes do mundo, o cuidado da dimensão religiosa inclui também e se expressa, entre outras coisas, pela criação de novas estruturas pastorais, até a plena participação na vida da comunidade eclesial local. A promoção humana está ligada à comunhão espiritual, que abre o caminho "para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo" (Porta Fidei, 6). A Igreja sempre oferece um dom precioso quando leva ao encontro com Cristo que abre para uma esperança estável e confiável. "

    Precisamente o encontro com Cristo, luz para a humanidade, é a intenção missionária particular deste mês. E é a referência essencial para a nova evangelização. O Sínodo tem enfatizado a importância e a necessidade da experiência religiosa, do encontro com Cristo, para proclamar o evangelho nos novos contextos ou cenários do mundo moderno. Mas as perguntas surgem espontaneamente: em que sentido, hoje, Cristo ainda é luz dos povos? Como anunciar o seu Evangelho como boa notícia em uma cultura secularizada e materialista? Como a Igreja está chamada hoje a desempenhar esta missão evangelizadora? A estes interrogantes procura responder precisamente o sínodo da nova evangelização para a transmissão da fé. Remeto-me à sua mensagem final e as 57 proposições, que marcam o caminho para a missão evangelizadora confiada por Cristo aos seus discípulos e à Igreja. 

   Já o Concílio Vaticano II sentiu-se impulsionado pelo desejo de anunciar à humanidade contemporânea o Cristo, luz do mundo. Assim, no coração da Igreja irrompeu com força, suscitado pelo Espírito Santo, o desejo de um novo anúncio e uma nova epifania de Cristo no mundo, que a época moderna havia transformado profundamente e que pela primeira vez na história encontrava-se perante o desafio de uma civilização global, onde o centro já não podia ser Europa e nem sequer o que chamamos de Ocidente e Norte do mundo. Era necessário estabelecer uma nova ordem mundial política e econômica, mas ao mesmo tempo, e acima de tudo, espiritual e cultural, isto é, um humanismo renovado.

   Daí a necessidade do encontro com Cristo, para que a sua luz que emana de Belém, ilumine a história e se manifeste no rosto da Igreja, permanecendo unida a Ele, fiel ao seu evangelho e atenta aos interrogantes do mundo contemporâneo. Para isso, somos convidados os católicos à oração e generosa colaboração.


Fr. Ciro Garcia, ocd