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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Comentando a Regra do Carmo *

*Regra dos Irmãs e Irmãs da Bem - Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo

“Em diferentes ocasiões e de diversas maneiras (cf. Hb 1,1) os santos Padres estabeleceram de que forma cada um, em qualquer Ordem ou modo de vida religiosa que escolha, haja de viver em obséquio de Jesus Cristo (cf. 2Cor 10,5), servindo-o fielmente com puro coração e reta consciência (cf. 1Tm 1,5). Mas como nos pedis que, segundo o vosso propósito, vos demos uma fórmula de vida que estejais obrigados a guardar daqui por diante” (Regra2).

Alberto introduz assim os carmelitas no rio da Tradição da Vida Religiosa. Os santos Padres deixaram múltiplas escolhas para seguir a Jesus Cristo. Os carmelitas querem algo novo, por isso expõe a Alberto o seu propósito de viver em obséquio de Jesus Cristo. O que é, pois, “viver em obséquio de Jesus Cristo?”.

“Viver em obséquio de Jesus Cristo” era uma expressão muito usada naquele tempo para designar o novo tipo de vida que queriam levar. Viver em obséquio significa viver sendo um dom, um presente a Jesus Cristo. Significa fazer da vida uma doação ao Senhor e aos irmãos. Viver em obséquio significa seguir Jesus. Isto nos remete de modo genuíno ao Evangelho, aos que Jesus por primeiro chamou a segui-lo: Pedro, André, Tiago, João, Filipe, Natanael, e todos os outros seguidores de Jesus. Jesus é o Mestre. Como Mestre escolhe seus discípulos, o que é algo novo, pois em Israel havia muitos mestres, e eram os discípulos que escolhiam o mestre. Jesus inverte a lógica.
Podemos perguntar-nos o que é hoje “viver em obséquio de Jesus Cristo?”. É, sobretudo fazer da vida um dom, e isto é algo desafiante para a sociedade pós-moderna. Todo mundo pensa em guardar sua vida para si. Empenhar todas as forças para conseguir seus próprios interesses. Aqui entra a radicalidade da vida carmelitana: deixamos tudo para seguir a Jesus Cristo, isto é, para estar inteiramente livre para viver seu Projeto, numa vida inteiramente despojada. Despojada da vontade própria, dos bens materiais, de constituir família, despojada até da própria liberdade. A liberdade agora tem novas dimensões: estar inteiramente disponível para fazer a vontade de Deus. Vontade de Deus que se manifesta no dia a dia nas atividades cotidianas que temos para desempenhar e assumir. É estar inteiramente livre para o Senhor, só para Ele.

Ir. Rejane

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