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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Comentando a Regra do Carmo *

Ir. Rejane, a partir de hoje, começa a partilhar conosco belas reflexões suas sobre a nossa Regra. Cada semana publicaremos um fragmento de seus escritos. Não percam!!


* Regra da Ordem da Bem Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo


A Regra do Carmo é antes de tudo uma “norma de vida”. Traz os grandes traços do esquema da vida diária das carmelitas. É a menor regra que a Igreja já aprovou, e é uma carta, assim como toda Bíblia é uma carta de Deus para nós. Hoje diríamos um e-mail, um site, um blog... Isso nos evoca que Deus é comunicação. Deus não é alguém centrado e fechado unicamente sobre si. Na teoria do zimzum de Deus, é Deus que abre espaço dentro de si e cria o Universo, cria o homem e a mulher para estarem em comunhão com Ele. É dentro desta dinâmica que precisamos ler e meditar a Regra do Carmo: Deus que se comunica.
A Regra, como as cartas de Paulo, começa com uma saudação: “Alberto, por graça de Deus, Patriarca de Jerusalém, aos queridos filhos em Cristo B(rocardo e demais religiosos eremitas que vivem debaixo da sua obediência no Monte Carmelo, junto à fonte (de Elias), saúde no Senhor e bênção do Espírito Santo”. Mas, quem é Alberto? Alberto de Avogadro, canonizado pela Igreja, foi proclamado santo. Nasceu por volta de 1150, na Itália. Foi consagrado dos Cônegos Regulares de Santa Cruz. Foi bispo, e depois em 1205 foi eleito Patriarca de Jerusalém. Chegou à Palestina no início de 1206, morou em Accon (Acre) porque naquele tempo Jerusalém estava ocupada pelos sarracenos. Foi um pacificador não só entre cristãos, mas também entre os não-cristãos. Foi assassinado em 14 de setembro de 1214.
A Carta que Alberto escreve aos carmelitas não é ainda uma Regra, é apenas uma norma de vida. Ela levou 40 anos de vivência antes de ser aprovada, como a travessia do povo de Israel pelo deserto. Foi escrita no ano de 1207 e aprovada em 1247 pelo Papa Inocêncio IV.
Alberto era um homem santo. Com humildade reconhece que os serviços que tem na Igreja são graça de Deus; por isso ele apenas é um servidor fiel. Homem de coração terno, com um coração de Pai, chama os carmelitas de “filhos queridos”. Alberto não escreve simplesmente o que lhe vem na mente. São os carmelitas que lhe expõe seu propósito de vida, e ele escreve segundo este propósito. Alberto era um homem transbordante da Palavra de Deus. Cita-a com liberdade e grande familiaridade. São nada mais, nada menos que cem vezes que a cita ou se refere a ela com criatividade e fidelidade.

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