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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Recebendo visitas

Com alegria recebemos a visita de nossos irmãos no Carmelo.
Dia 14 de Outubro nosso Irmão Frei Xavier nos surpreendeu com a sua visita. Depois de ter estado um tempo, suas férias na Espanha com a família retornou com todo o ânimo para continuar sua missão no Brasil, mais precisamente agora em Uruguaiana. Obrigada Frei pela visita e de modo especial pelo torrones e as castanholas.

 
Também nos visitou nosso querido Provincial Frei Ari de Souza no dia 10 de Outubro ele que está sempre se dispondo a servir como bom filho de Teresa. Obrigada Frei Ari pela visita.
 
 
 

Caminho de Luz de Santa Teresa

Com alegria e emoção iniciamos a abertura do V Centenário de Teresa de Jesus com muitas motivações e eventos. Um especial que falará muito ao nosso coração é o Caminho de Luz que iniciou neste dia 15 de Outubro em Ávila com uma peregrinação pelo mundo com a relíquia de Santa Teresa, o Bastão que ela usou para andar pelos caminhos da Espanha fundando e visitando conventos.

Este Caminho de Luz está no Brasil e no próximo dia 24 estará em São Leopoldo e depois à Porto Alegre. Fica aqui o convite a todos os que quiserem participar deste evento que por certo irradiará muita LUZ.

                        #CaminodeLuz #STJ500

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Celebrando o VCentenário de Nascimento de S. Teresa




Hoje é grande nosso Jubilo por celebrar a abertura do V Centenário de Nascimento de nossa Fundadora Santa Teresa de Jesus. Toda a Ordem do Carmelo Frades e Monjas se unem neste louvor a grande mãe e Doutora da Igreja. É grande a alegria de poder dizer: Obrigada Teresa por ter deixado à Igreja tão magnifico exemplo, um carisma e uma doutrina sólida para todos os que querem chegar ao “Centro do Palácio” do Rei que é o nosso Deus e Senhor.

Convidamos a todos a rezar juntos esta oração do Centenário e abrir o coração para dizer com Teresa: “ Vossa Sou para Vós Nasci. Que mandais fazer de mim”?

 
Deus, nosso Pai,
nós vos louvamos e bendizemos,
porque nos concedeis a graça de celebrar
o V centenário do nascimento
de Santa Teresa de Jesus.

 

Senhor Jesus Cristo, “amigo verdadeiro”,
Ajudai-nos a crescer na vossa amizade,
Para darmos testemunho da vossa alegria diante do mundo,
atentos às necessidades
da Humanidade,
à semelhança de Teresa, filha da Igreja.


Espírito Santo,
Ajudai-nos a prosseguir,
pelo caminho da vida interior,
fundados na verdade,
“com uma consciência limpa e com humildade”,
com um renovado desprendimento
e um amor fraterno incondicional.



Como Teresa de Jesus,
mestra de espiritualidade,
ensinai-nos a orar com todo o coração:
“Vossa sou, Senhor, para Vós nasci,
que quereis fazer de mim? Amém.


Parabéns Teresa. Parabéns todos os filhos e filhas e devotos por este ano jubilar.
 
 

 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

V Centenáriode de Nascimento de Santa Teresa de Jesus


 Estamos nos aproximando da abertura do V Centenário de Nascimento de Santa Teresa de Jesus nossa fundadora. Teresa que nos ensina o caminho da oração e do amor a humanidade de Cristo, Teresa que mostra que o caminho para entrar na Vida é seguir a Cristo Ele que é o Rei do Castelo do qual a porta para entrar é a oração. Partilhamos uma reflexão de Ir. Celeste sobre a oração e missão em Santa Teresa para nos ir adentrando na mensagem e na vida desta grande Doutora da Igreja que vamos celebrar neste próximo dia 15 de Outubro.
 
Oração e missão
                Oração para Santa Teresa, é dar gosto ao Outro, “é tratar de amizade, estando muitas vezes tratando a sós, com que sabemos que nos ama” (V 8,5). Teresa têm experiência do que é a amizade humana, e faz desta experiência, alavanca para Deus.

                Daqui, Teresa, consegue tirar forças para desempenhar a missão que o próprio Jesus lhe vai confiar. É da oração, do encontro com Deus, que nós também vamos ter força para desempenhar nossa missão. O mais importante na oração, diz ela, “não é pensar muito, mas amar muito; e por isto nos diz que oração e vida, caminham de mãos dadas, ou nas palavras de Teresa: “prazeres e oração são incompatíveis” (C  4,2)

Teresa nos convoca a uma coerência e autenticidade de vida, a uma busca constante e contínua para que nossa vida, oração, trabalho, vivências, sejam de fato, um ajudar comprometidamente as pessoas, sendo solidárias com os seus sofrimentos, assumindo em nós com radicalidade as exigências do seguimento.                           

Como boa Mestra de oração, em seus escritos, nos dá um vasto ensinamento sobre como rezar, sobre oração, quando a oração é seca, árida, difícil, mas também quando é gozo imenso, ternura, penetração profunda no mistério de Deus, consumação, êxtase.                

Ao seguir narrando sua vida, no capitulo 8, fala-nos do dilema que viveu neste período de quase 20 anos (18 anos), sentia que, por um lado Deus lhe chamava e por outro, os passatempos do mundo. “Trata-se de uma das vidas mais penosas que, a meu ver, se pode imaginar: eu não me rejubilava em Deus nem me alegrava no mundo” (V 8,2). Mas, reforça o seu desejo de que: “... quem começou a ter oração não deve deixá-la, por mais pecados que cometa. Com ela, terá como se recuperar e, sem ela, terá muito mais dificuldade. Por isso, peço aos que ainda não começaram que, por amor a Deus, não se privem de tanto bem.” (V 8,5).         

Ela não teme dizer que, quanto mais a oração, o encontro com Deus for eficaz, mais a vivência fraterna avança, torna-se fecunda. “Assim, Irmãs, tanto quanto puderdes, sem ofensa a Deus, procurai ser afáveis e agir de tal maneira com as pessoas com quem tratardes que elas apreciem a vossa conversa, desejem vosso modo de viver e tratar e não se atemorizem nem se amedrontem de praticar a virtude”. E continua: “Quanto mais santas, tanto mais afáveis nas conversas com as Irmãs. E, mesmo que vos sintais contristadas quando os assuntos de suas conversas não forem o que mais desejaríeis, nunca vos esquiveis, se quereis ser úteis e amadas”  (C 41,7).

Teresa vai nos dizer que também no tempo de sofrimento, de doença, de crise, é tempo para a oração. Talvez aqui, transpareça um pouco mais a cruz no processo oracional, porque no tempo da doença/enfermidade, nem sempre o corpo, a cabeça, está disposta para o exercício da oração, do amar, mesmo que esta não exija força corporal, mas só o amor e o costume. Neste momento, o encontro com Deus exige um controle/domínio de si mesmo em corpo e espírito. Ela nos diz: “Quando queremos, o Senhor dá sempre oportunidade. Na doença e em situações difíceis, a alma que ama tem como verdadeira oração fazer a dádiva dos seus sofrimentos, lembrar-se daquele por quem os padece, conformar-se com suas dores” (V 7,12).

Também no momento da dor, da doença, precisamos ficar diante de Deus com o nosso verdadeiro eu. E se não é possível rezar como gostaríamos, ela nos ensina, algo muito importante: "Não vos peço agora que penseis Nele nem que tireis muitos conceitos nem que façais grandes e delicadas considerações com vosso entendimento; peço apenas que olheis para Ele” (C 26,1.3).
 
Aqui está o coração da oração, olhar para Ele, deixar que Ele nos olhe, ficar com Ele. Que humanismo possui Teresa!  A vida de oração, que leva à união com Deus, exige pureza de coração e compromisso de tender à perfeição; e o amor recíproco, manifestado nas obras, confere autenticidade à vida de oração.

Mas, toda verdadeira oração tem que gerar vida para os outros, aqui entra a dimensão missionária da oração, que abriu o coração de S.Teresa para as fronteiras da Missão. Quando Francisco Maldonado, um missionário veio visitá-la no Mosteiro e conta o que passavam os missionários, Ela se coloca em seguida diante do Senhor em oração e súplica ao Senhor lhe de um meio de ajudar estes missionários que tanto sofrem ao anunciar o Evangelho. Aos poucos vai surgindo dentro de si, os apelos de Deus para iniciar um caminho novo, dando à sua vida de oração, silêncio, trabalho, as vivências de cada dia um sentido novo, seja na dor ou na alegria, uma dimensão de serviço ao Evangelho, de doação em prol da Igreja; e coloca a ascese, a abnegação, a oração das Irmãs à serviço do Reino.

                Teresa abriu as portas para uma espiritualidade nova, amorosa, interiorizada, alegre, que se alcança através da meditação, da renúncia a tudo o que nos aliena, para a confiança de que Deus nos ama apaixonada e incondicionalmente. Ela nos ajudou a perceber que, não são nossos méritos que nos tornam mais próximos de Deus, e sim nossa capacidade de nos fazer mais próximos de nossos semelhantes e nos abrir ao amor gratuito de Deus.

                         


 

sábado, 11 de outubro de 2014

Nossa Senhora Aparecida


Neste dia 12 celebramos a grande solenidade da Igreja do Brasil, nossa padroeira Maria a Mãe negra que se incultura a cada filho que dela precisa. Partilhamos um pouco da história desta aparição e um pronunciamento de João Paulo II por ocasião da dedicação da Basílica de Aparecida no ano de 1980.

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA, PADROEIRA DO BRASIL

NA segunda quinzena de outubro de 1717, três pescadores, FeIipe Pedroso, Domingos Garcia e João Alves, ao lançarem rede para pescar nas águas do Rio Paraíba, colheram a imagem de Nossa Senhora da Conceição, no lugar denominado Porto do Itaguassu.
 
Filipe Pedroso levou-a para sua casa conservando-a consigo até 1732, quando a entregou a seu filho Atanásio Pedroso. Este construiu um pequeno oratório onde colocou a Imagem da Virgem que ali permaneceu até 1743. Todos os sábados, a vizinhança reunia-se no pequeno oratório para rezar o terço. Devido à ocorrência de milagres, a devoção Nossa Senhora começou a se divulgar, com o nome dado pelo POVO de Nossa Senhora Aparecida.
 A 26 de julho de 1745 foi Inaugurada a primeira Capela. Como esta, com o passar dos anos, não comportasse mais o número de devotos, iniciou-se em 1842 a construção de um novo templo inaugurado a 8 de dezembro de 1888. Em 1893, o Bispo diocesano de São Paulo, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, elevou-o à dignidade de “Episcopal Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida”.
 
A 8 de setembro de 1904, por ordem do Papa Pio a Imagem milagrosa foi solenemente coroada, e a 29 de abril de 1908 foi concedido ao Santuário o título de Basílica menor. O Papa Pio XI declarou e proclamou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil a 16 de julho de 1930, “para promover o bem espiritual dos fiéis e aumentar cada vez mais a devoção à Imaculada Mãe de Deus”.
 
A 5 de março de 1967 o Papa Paulo VI ofereceu a “Rosa de Ouro” à Basílica de Aparecida. Em 1952 iniciou-se a construção da nova Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, solenemente dedicada pelo Papa João Paulo II a 4 de julho de 1980.

A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda

“Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!”

Desde que pus os pés em terra brasileira, nos vários pontos por onde passei, ouvi este cântico. Ele é, na ingenuidade e singeleza de suas palavras, um grito da alma, uma saudação, uma invocação cheia de filial devoção e confiança pura com aquela que, sendo verdadeira Mãe de Deus, nos foi dada por seu Filho Jesus no momento extremo da sua vida para ser nossa Mãe.

Sim, amados irmãos e filhos, Maria, a Mãe de Deus, é modelo para a Igreja, é Mãe para os remidos. Por sua adesão pronta e incondicional à vontade divina que lhe foi revelada, toma-se Mãe do Redentor, com uma participação íntima e toda especial na história da salvação. Pelos méritos de seu Filho, é Imaculada em sua Conceição, concebida sem a mancha original, preservada do pecado e cheia de graça.

Ao confessar-se serva do Senhor (Lc 1,38) e ao pronunciar o seu sim, acolhendo “em seu coração e em seu seio” o mistério de Cristo Redentor, Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com fé livre e inteira obediência. Sem nada tirar ou diminuir e nada acrescentar à ação daquele que é o único Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Maria nos aponta as vias da salvação, vias que convergem todas para Cristo, seu Filho, e para a sua obra redentora.
Maria nos leva a Cristo, como afirma com precisão o Concilio Vaticano II: “A função maternal de Maria, em relação aos homens, de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia. E de nenhum modo impede o contato imediato dos fiéis com Cristo, antes o favorece”,

Mãe da Igreja, a Virgem Santíssima tem uma presença singular na vida e na ação desta mesma Igreja. Por isso mesmo, a Igreja tem os olhos sempre voltados para aquela que, permanecendo virgem, gerou, por obra do Espírito Santo, o Verbo feito carne. Qual é a missão da Igreja senão a de fazer nascer o Cristo no coração dos fiéis, pela ação do mesmo Espírito Santo, através da evangelização? Assim, a “Estrela da Evangelização”, como a chamou o meu Predecessor Paulo VI, aponta e ilumina os caminhos do anúncio do Evangelho. Este anúncio de Cristo Redentor, de sua mensagem de salvação, não pode ser reduzido a um mero projeto humano de bem-estar e felicidade temporal. Tem certamente incidências na história humana coletiva e individual, mas é fundamentalmente um anúncio de libertação do pecado para a comunhão com Deus, em Jesus Cristo. De resto, esta comunhão com Deus não prescinde de uma comunhão dos homens uns com os outros, pois os que se convertem a Cristo, autor da salvação e princípio de unidade são chamados a congregar-se em Igreja, sacramento visível desta unidade humana salvífica.

Por tudo isto, nós todos, os que formamos a geração hodierna dos discípulos de Cristo, com total aderência à tradição antiga e com pleno respeito e amor pelos membros de todas as comunidades cristãs, desejamos unir-nos a Ma ria, impelidos por uma profunda necessidade da fé, da esperança e da caridade. Discípulos de Jesus Cristo neste momento crucial da história humana, em plena adesão à ininterrupta Tradição e ao sentimento constante da Igreja, impelidos por um íntimo imperativo de fé, esperança e caridade, nós desejamos unir-nos a Maria. E queremo5 fazê-lo através das expressões da piedade mariana da Igreja de todos os tempos.

A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, E fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz, segui os seus exemplos. Como ouvimos no Evangelho, ela nos orienta para Jesus: Fazei o que ele vos disser (Jo 2,5). E, como outrora em Caná da Galiléia, encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo dele as graças desejadas. Rezes mos com Maria e por Maria: ela é sempre a ‘Mãe de Deus e nossa”.

Homilia na Dedicação da Basílica Nacional de Aparecida, do João Paulo II (Pronunciamentos do Papa no Brasil, 1980)