English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

PARA VÓS NASCI - V CENTENÁRIO DE TERESA DE JESUS N. º 3


 
Vossa sou, para Vós nasci,
Que mandais fazer de mim?
Soberana Majestade,
Eterna Sabedoria,
 
Bondade boa à alma minha;
 
Deus, alteza, um ser, bondade,
 
A grande vileza olhai
 
Que hoje vos canta amor assim:
 
Que mandais fazer de mim?
Temos sempre de lembrar-nos que Teresa nasceu no momento histórico em que a Espanha era governada por um regime monárquico, e por isso as expressões que se usavam para as autoridades da realeza, ela transfere-as para Deus. Na verdade, só Ele merece ser tratado assim, embora Deus seja bem outro do que estes tratamentos aos humanos recordem.
“Soberana Majestade” pode remeter-nos à revelação de Deus a Moisés: “Eu sou aquele que sou”, o totalmente Outro, aquele que caminha conosco, aquele que está conosco, aquele que ele quer ser, aquele que sempre nos transcende, aquele que nunca atingiremos totalmente, aquele que ao mesmo tempo que está conosco, já está além, na frente, aquele que é e por isso nos remete também ao que somos, iguais aos irmãos e irmãs, mas ao mesmo tempo totalmente outros, imersos como Ele numa solidão que só será povoada à medida que nos esvaziarmos e acolhermos, despertarmos e vivenciarmos gozosamente sua presença e permanência em nós e entre nós.
 
Teresa começa sua poesia falando da grandeza de Deus, “Sabedoria eterna”, que é bom para com ela e cada um de nós. Pede que Ele olhe sua grande pobreza que já está totalmente enamorada Dele, a ponto de se identificar com o amor, pois diz que é o amor que canta assim: “Que mandais fazer de mim?”. Teresa é uma mulher mística que vivenciou o mistério de Deus que é AMOR.
 
Se você, eu, fôssemos reeditar esta estrofe, como faríamos em nosso contexto histórico? Que tal tentar e deixar registrado no comentário?

Nenhum comentário: