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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


sábado, 9 de novembro de 2019

DECISÃO DE CADA UM


DECISÃO DE CADA UM
Resultado de imagem para 32 DOMINGO DE TEMPO COMUM ANO CJesus não fala muito da vida eterna. Não pretende enganar ninguém, fazendo descrições fantasiosas da vida além da morte. No entanto, toda a sua vida desperta esperança. Vive aliviando o sofrimento e libertando as pessoas do medo. Desperta uma confiança total em Deus. A Sua paixão é fazer a vida mais humana e feliz para todos, tal como quer o Pai de todos.
Mas quando um grupo de saduceus se aproxima com o objetivo de ridicularizar a fé na ressurreição, brota do coração crente de Jesus a convicção que sustenta e encoraja toda a Sua vida: Deus «não é um Deus de mortos, mas de vivos porque para ele todos estão vivos».
A Sua fé é simples. É verdade que nós choramos os nossos entes queridos porque, ao morrer, os perdemos aqui na terra, mas Jesus não pode sequer imaginar que a Deus vão morrendo esses Seus filhos a quem tanto ama. Não pode ser. Deus partilha a Sua vida com eles porque os acolheu no Seu amor insondável.
A característica mais preocupante do nosso tempo é a crise da esperança. Perdemos o horizonte de um futuro definitivo e as pequenas esperanças desta vida não acabam por nos consolar. Esse vazio de esperança está gerando em muitos a perda de confiança na vida. Nada vale a pena. É fácil, então, o niilismo total.
Nestes tempos de desespero, não se está pedindo a todos, crentes e não crentes, que coloquemos as questões mais radicais que carregamos dentro de nós? Esse Deus de quem muitos duvidam, a quem muitos abandonaram e por quem outros continuam a perguntar, não será o fundamento último sobre o qual podemos apoiar a nossa confiança radical na vida? No final de todos os caminhos, no profundo de todos os nossos desejos, no interior das nossas interrogações e lutas, não estará Deus como Mistério final da salvação que estamos a procurar?
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A fé deveria ficar ali, encurralada em algum lugar do nosso interior, como algo pouco importante, que não merece a pena cuidar nestes tempos? Será assim? Certamente não é fácil acreditar, e é difícil não acreditar. Enquanto isso, o mistério último da vida está a pedir-nos uma resposta lúcida e responsável.
Essa resposta é a decisão de cada um. Quero apagar da minha vida toda a esperança última para além da morte como uma falsa ilusão que não nos ajuda a viver? Quero permanecer aberto ao Mistério supremo da existência, confiando que encontraremos a resposta, o acolhimento e a plenitude que andamos a procurar desde agora?
José Antônio Pagola.

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