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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

PREPARANDO A CANONIZAÇÃO DE ELISABETE DA TRINDADE


Continuando a história de nossa santinha.
A harmonia entre a vida mística e vida social
Sem ser rica, a senhora Catez goza de um conforto suficiente para assegurar a formação de suas filhas. Por volta dos sete anos, Elisabete recebe as primeiras aulas particulares de Francês  da senhorita Gemaux, sem dúvida para prepará-la para um ofício de professora de piano, sua mãe a inscreve no Conservatório de Dijon aos oito anos de idade.
Dotada de peculiares dons musicais, Elisabete começou a estudar no Conservatório de Dijon, aos oito anos, onde foi várias vezes elogiada. Com apenas treze, recebeu o primeiro prêmio de piano, num concerto que repercutiu na imprensa local e a tornou conhecida na cidade como instrumentista de talento. Além do Conservatório, não frequentou escola. Como era costume nesse tempo, as meninas recebiam educação em casa, com professoras contratadas pelas famílias. Ademais, o estudo do piano lhe tomava muito tempo e era constantemente convidada para concertos ou soirées musicais.

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A senhora Catez e suas filhas mantinham um grande círculo de amizades. Na França do século XIX, ainda perfumada pela “doceur de vivre”, o relacionamento social proporcionava inúmeros prazeres inocentes, tais como sessões musicais, jogos de tênis, piqueniques e excursões às montanhas ou a encantadoras cidadezinhas Francesas. Todas essas atividades mantinham Elisabete e suas amigas constantemente ocupadas, dentro de um ambiente de alegria difícil de imaginar hoje em dia.
Assim, passeios, música e muitas outras diversões faziam parte do dia a dia de Elisabete. Ela se encantava com as montanhas e bosques, com os jogos, as igrejas e as vilas Francesas. Desfrutava também intensamente das frequentes viagens que a família fazia pelo sul do país. Era feliz no meio de uma sociedade que em nada impedia a prática das virtudes nem criava dificuldades para a vida interior daquela contemplativa adolescente.

Image result for beata elisabete da trindadeNo decorrer de uma festa, enquanto dançava e se divertia, a Sra. Avout, surpreendeu um olhar dela e lhe segredou: “Elisabete, não estás aqui, estás vendo Deus..”. Havia nos seus olhos “um não sei quê e luminoso que irradiava”, disse Louise de Moulin.
Um de seus amigos de juventude, que a tinha encontrado várias vezes quando todos os dias ia ver a sua grande amiga, a vizinha Marie Louise Hallo, Charles, irmão desta, não economiza superlativos quando descreve Elisabete como “muito simples e duma espantosa franqueza... muito querida pelas suas companheiras... muito alegre, muito musical... a sua doçura se refletia em um olhar extraordinário e luminoso... a pureza transparecia-lhe no olhar”. A Senhora Hallo confirmará o esplendor do olhar de Elisabete, especialmente quando voltava da comunhão: “nunca poderei esquecer o seu olhar. O rosto de Elisabete, quando voltava da comunhão, não se pode explicar”.

Image result for beata elisabete da trindadeA própria Elisabete narra um acontecimento decisivo para seu itinerário espiritual, ocorrido nessa época, pouco antes de completar catorze anos: "Um dia, durante a ação de graças, senti-me irresistivelmente impelida a escolher Jesus como meu único esposo; e sem mais dilações, uni-me a Ele pelo voto de virgindade. [...] minha resolução de ser toda sua tornou-se mais definitivo ainda".

Terminadas as viagens de férias, a primogênita dos Catez regressava a Dijon carregada de saudades do Carmelo, cujo carrilhão escutava com gosto, cujo jardim divisava de sua janela e para cuja capela dirigia seus pensamentos. Um impulso místico a transportava para aqueles muros benditos, tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes.

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