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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


sábado, 25 de junho de 2016

13º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Image result for seguimento radical de jesus cristoIdeia principal: Deus pede radicalidade.

Síntese da mensagem: Se no domingo passado Cristo anunciava a sua Paixão e convidava os seus seguidores a carregar também eles a sua cruz cada dia, agora se aproxima a hora da verdade e se encaminha com decisão à Jerusalém, dando por terminada a sua pregação em terras de Galileia. A Eliseu custou seguir Elias, despedir-se dos seus pais e sacrificar a sua junta de bois, que era o que tinha (1 leitura). Este desprendimento radical e seguimento de Cristo tem que ser na liberdade e desde a liberdade (2 leitura).

Pontos da ideia principal:
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Em primeiro lugar, Deus pediu radicalidade aos profetas. Abramos a Bíblia. Hoje mesmo na primeira leitura. Elias no campo, viu Eliseu com os bois que aravam, tirou o manto e se lançou sobre os seus ombros. “Deixa-me dizer adeus aos meus pais”, pediu-lhe. “Vai e volta”, disse-lhe Elias. Quando voltou, sacrificou os seus dois bois, assou-os no fogo dos instrumentos de lavoura, celebrou com os seus trabalhadores a ceia do adeus e foi embora com o profeta (cf. 1 Re 19, 16-21). A permissão que pede para se despedir dos seus pais não tem como finalidade procrastinar a sua decisão, mas servirá precisamente para mostrar a sua radicalidade. A Abraão mandou sair da sua terra e ir a outra que Deus lhe indicaria. A Moisés ordenou ir diante do faraó e dar um discurso que nada tinha de gelatina mole. E do mesmo jeito com Isaias, a quem um querubim purificou os lábios com uma brasa do altar (cf. Is 6, 6-7); a Jeremias o mesmo Deus tocou os lábios (cf. Jer 1,9); a Ezequiel deu para comer um livro enrolado que tinha gosto de méis (cf. Ez 3, 1-3); a Jonas, que mandou pregar uma dura mensagem de conversão ao povo de Nínive. Deus foi radical com os profetas. Ninguém pode negar isso. Ele é o Senhor, o Criador. Nós, as suas criaturas e os seus servos. Sim, também será Pai. Mas teve que vir Cristo para revelá-lo.

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Em segundo lugar, Cristo pediu radicalidade aos apóstolos. Porque cristão é mais do que profeta. O evangelho é mais exigente que o Antigo Testamento. Abramos o evangelho de hoje. Jesus, a um que pedia a permissão do adeus aos seus pais que Eliseu fez a Elias, respondeu-lhe que “o que põe a sua mão no arado e continua olhando para trás, não serve para o Reino de Deus”. É ou não é exigente e radical este Jesus? E à pressa que seguia: sabes que se as raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, tu não terás nem sequer um travesseiro para recostar a cabeça. De outro não aceita a desculpa dilatória de que tem que enterrar o seu pai: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos”. Outra vez radicalidade, porque tem muito trabalho e não podemos nos entreter em coisas secundárias. No primeiro caso, vemos que não por ser bons cristãos, ou por seguir a vocação religiosa ou ministerial, prometem-se vantagens temporais. Com a segunda resposta, Jesus não desautoriza certamente a boa obra de enterrar os mortos. O que temos que ver é que não podemos procrastinar o nosso seguimento e o nosso trabalho pelo Reino. Tem que renunciar os laços da família se nos pede a missão evangelizadora, como fazem tantos cristãos quando se sentem chamados à vocação religiosa ou ministerial…, e tantos missionários, também leigos, que decidem trabalhar por Cristo deixando tudo. Não podemos fazer uma cirurgia estética no evangelho por respeito ao Respeitável. Estes do evangelho de hoje, seguiram Jesus diante de tanta radicalidade, ou resolveram “picar a mula”, isto é, fugir e não voltar a saber mais nada de Jesus?     

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Finalmente, Cristo nos pede e nos pedirá radicalidade a todos nós, isso está claro. Portanto, diante do evangelho temos que escolher: radicalidade ou frivolidade; radicalidade ou evangelho para colocar no bolso e com edição reduzida; radicalidade ou evangelho light. Pois parece que o homem atual sim está para radicalismos religiosos! Boa está a religião e a Igreja para exigir deles! O radicalismo que pede o evangelho é a fé ou aceitação radical de Jesus como Filho de Deus, a esperança ou confiança radical em Jesus como salvador do mundo e a caridade ou entrega radical à vontade de Deus. A radicalidade do evangelho está em pensar como Jesus pensava, taxar e valorizar as coisas como Ele fazia, trabalhar como Ele trabalhou e amar como Ele amou, adorar como Ele adorava, chorar e perdoar como Ele fazia, morrer como Ele morria para ressuscitar. A radicalidade evangélica é triple: a disponibilidade sem condições a Deus; a entrega a Deus sem contemplações, e a vida consequente e sem exceções. É a exigência de Jesus aos seus, aos cristãos. Esta radicalidade se concretiza na vivência dos mandamentos, na moral matrimonial, na moral sexual e na doutrina social da Igreja. Quem não entender esta radicalidade, sempre estará pondo “almofadas” às exigências de Cristo e tentará aguar a radicalidade evangélica. Quem se entregar a esta radicalidade, será livre no seu interior, sobretudo será livre do egoísmo e viverá segundo o Espírito (2 leitura).

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Para refletir: Aceitamos ou não esta radicalidade de Jesus? Por que? Por medo do inferno ou por amor e santo temor de Deus? Trato de viver esta radicalidade no meu matrimônio, na minha família? Os apóstolos deixaram os seus barcos e as suas redes; Eliseu, os seus bois e a sua família… o que sou capaz de sacrificar para ser fiel à minha vocação cristã no meio do mundo que tem outro estilo de vida?

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Para rezar: Rezemos com Santo Inácio de Loiola.

Tomai, Senhor, e recebei

Toda a minha liberdade,

A minha memória,

O meu entendimento

E toda a minha vontade;

Tudo o que tenho e tudo o que sou.

Destes-me tudo,

A Vós, Senhor, devolvo.

Tudo é vosso:

Disponde de tudo

Segundo a vossa Vontade.

Dai-me o vosso Amor e Graça,

Que isto me basta.

Amém.

Comentário sobre a liturgia do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor em Teologia Espiritual, diretor espiritual e professor de Humanidades Clássicas no Centro de Noviciado e de Humanidades da Legião de Cristo em Monterrey (México)

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