Para ilustrar este dia partilhamos as palavras sábias dos Sermões de São Bernardino de Sena, presbítero do Séc. XV. Ele diz sobre José:
É esta a regra geral de todas as graças especiais concedidas
a qualquer criatura racional: quando a providência divina escolhe alguém para
uma graça particular ou estado superior, também dá à pessoa assim escolhida
todos os carismas necessários para o exercício de sua missão.
Isto verificou-se de forma eminente em São José, pai adotivo
do Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da rainha do mundo e senhora dos
anjos. Com efeito, ele foi escolhido pelo Pai eterno para ser o guarda fiel e
providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem
Maria. E cumpriu com a máxima fidelidade sua missão. Eis por
que o Senhor lhe disse: Servo bom e fiel! Vem participar da alegria do teu
Senhor! (Mt 25,21).
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Lembrai-vos de nós, São José, e intercedei com vossas
orações junto de vosso Filho adotivo; tomai-nos também propícia vossa Esposa, a
santíssima Virgem, mãe daquele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo
pelos séculos sem fim. Amém".
Da Constituição pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no
mundo contemporâneo, do Concilio Vaticano II N•. 33-34, declara alto tão sublime sobre a dignidade do trabalho:
"Por seu trabalho e inteligência, o homem procurou sempre
mais desenvolver a sua vida. Hoje em dia, porém, ajudado antes de tudo pela
ciência e pela técnica, ele estendeu continuamente o seu domínio sobre quase
toda a natureza; e, principalmente, graças aos meios de intercâmbio de toda
espécie entre as nações, a família humana pouco a pouco se reconhece e se
constitui como uma só comunidade no mundo inteiro. Por isso, muitos bens que o
homem esperava antigamente obter sobretudo de forças superiores, hoje os
consegue por seus próprios meios.
Diante deste esforço imenso, que já penetra a humanidade
inteira, surgem muitas perguntas entre os homens. Qual é o sentido e o valor
desta atividade? Como todas estas coisas devem ser usadas? Qual a finalidade
desses esforços, sejam eles individuais ou coletivos?
A Igreja, guardiã do depósito da palavra de Deus, que é a
fonte dos seus princípios de ordem religiosa e moral, embora ainda não tenha
uma resposta imediata para todos os problemas, deseja no entanto unir a luz da
revelação à competência de todos, para iluminar o caminho no qual a humanidade
entrou recentemente.
Para os fiéis é pacífico que a atividade humana individual e
coletiva, aquele imenso esforço com que os homens, no decorrer dos séculos,
tentaram melhorar as suas condições de vida, considerado em si mesmo,
corresponde ao plano de Deus.
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Isto diz respeito também aos trabalhos cotidianos. Pois os
homens e as mulheres que, ao procurar o sustento para si e suas famílias,
exercem suas atividades de maneira a bem servir à sociedade, têm razão para ver
no seu trabalho um prolongamento da obra do Criador, um serviço a seus irmãos e
uma contribuição pessoal para a realização do plano de Deus na história.
Portanto, bem longe de pensar que as obras produzidas pelo talento
e esforço dos homens se opõem ao poder de Deus, ou considerar a criatura
racional como rival do Criador, os cristãos, pelo contrário, estão convencidos
deque as vitórias do gênero humano são um sinal da grandeza de Deus e fruto de
seus inefáveis desígnios. Quanto mais, porém, cresce o poder dos homens, tanto
mais aumenta a sua responsabilidade, seja pessoal seja comunitária.
Donde se vê que a mensagem cristã não afasta os homens da
tarefa de construir o mundo nem os leva a negligenciar o bem de seus
semelhantes; mas, antes, os impele a sentir esta obrigação como uni verdadeiro
dever".
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