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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Comentando a Regra do Carmo *

“Nos domingos ou em outros dias, sendo necessário, tratareis da conservação da Ordem e da saúde das almas, onde também, mediante a caridade, sejam corrigidos os excessos e culpas em que os irmãos tiverem incorrido” (Regra 13).


Este número encerra a descrição do ideal carmelitano e trata de três coisas importantes: preservar a organização, do bem-estar das pessoas e da correção fraterna.

1. Preservar a organização: “Ordo” em latim não é a Ordem, mas a vida dos irmãos, a organização da vida, da vida em comum, da organização de todo conjunto fraterno, do bom funcionamento da fraternidade. Fala-se da vida das pessoas e não um julgamento frio da lei. Trata-se da convivência dos irmãos, por isso essa tarefa não é dada exclusivamente ao superior, mas a todos os irmãos. Todos devem assumir e se sentir responsáveis pelo bom funcionamento do conjunto da vida. A revisão de vida deve ser feita uma vez por semana para ver se tudo está sendo vivido de acordo com o objetivo, se está de acordo com o que queriam quando foram falar com Alberto. “Devem verificar como está a permanência nas celas, como está sendo feita a oração em comum, como está sendo a comunhão de bens, como está sendo feita a Eucaristia. Verificar se tudo está sendo vivido de acordo com o seu objetivo principal: isto é, a serviço do povo pobre, ao lado dos ‘menores’ e a serviço da renovação da Igreja”.

2. O bem-estar das pessoas: Saúde das almas diz respeito à saúde, ao bem-estar de cada um. Na revisão semanal devem-se interessar não só pelo bom funcionamento do conjunto, mas interessar-se pelo irmão bem concreto e não só pela fraternidade no geral enquanto testemunho para fora, pois cada um é importante e o bem-estar de cada pessoa é premissa para o bom funcionamento do de toda a comunidade.

3. Correção fraterna: Devem tratar também de culpas e excessos. Se houver, estas coisas vão aparecer na revisão semanal. Devem descobrir estas faltas numa discussão aberta. Esta revisão deve ser feita semanalmente ou mesmo mais vezes se for necessário. Deve-se convocar toda a comunidade. Ali está a novidade da Regra do Carmo para a Vida Religiosa, não impõe a “collatio abbatis” (em vigor desde o século IV nos mosteiros todos), onde o abade ou superior coloca seu pensamento e tenta instruir os demais, mas impõe a discussão de todos em torno dos problemas da comunidade. Cria um processo em que cada um se responsabiliza por todos e por cada irmão em particular. “Esta responsabilidade de todos se estende para coisas importantes. Eles são responsáveis pela observância da ‘norma’ (Regra), da Ordem; pela manutenção da caridade e da fraternidade; pelo bem-estar de cada um, pela correção das faltas. Não é ordem dada ao superior, mas é ordem dada a todos. É a comunidade que assume o seu próprio destino”.
É a busca comunitária da vontade de Deus, onde se discernem os verdadeiros valores e a vontade de Deus para a comunidade e cada uma em particular.

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