Pela grande
e importante missão que Deus confiou a São José, podemos conferir sua
extraordinária virtude e santidade. Conforme ensina São Tomás de Aquino, Deus
confere as graças e privilégios à medida da dignidade e da elevação do estado a
que destina o individuo. Pode-se imaginar dignidade maior que a de São José
que, pelos desígnios de Deus, devia ser esposo de Maria Santíssima e pai
nutrício de seu divino Filho?
O Evangelho
define em três palavras:
“José era
justo”. Ora, os Santos Doutores da Igreja afirmam que este qualificativo
designa que São José possuía todas as virtudes num grau elevado. A Igreja
chama-o também de “Santíssimo”, qualificativo que não dá a nenhum outro santo.
Donde podemos concluir que consumada perfeição ele atingiu. Oh! Que santo
maravilhoso é o preclaro São José, diz São Francisco de Salles. Dir-se-ia que
ele foi tão perfeito que possui as virtudes no mesmo excelso grau em que possui
a Ssma. Virgem Maria.
Ele era da
família de Davi. Entre seus antepassados havia Patriarcas, reis e príncipes. A
sua família fora prometido o trono com eterna bênção. Sua glória e grandeza
decorrem de pertencer à família que devia dar ao mundo o Salvador. Da haste de
Jessé e da estirpe de Davi, devia nascer o Messias prometido.
Que honra e
que dignidade!
Nele
verificou-se o sonho de José do Egito. O sol da justiça, a lua mística o
veneram, as estrelas da pátria celeste se curvam diante dele. A Igreja lhe
atribui um culto especial. Seu nome enche de alegria o céu e faz tremer o
inferno. Honram-no os anjos e cumprem suas ordens.
Na ultima
aparição havida em Fátima a 13 de outubro de 1917, os videntes contemplaram um
espetáculo muito belo. Quando Nossa Senhora desapareceu, surgiu como num quadro
a Sagrada Família. Á direita estava Nossa Senhora, vestida de branco com um
manto azulado e o rosto mais resplandecente que o sol; à esquerda São José como
Menino Jesus, no céu, entre Jesus e Maria.
SUA ARDENTE
CARIDADE
Jesus, ao
conferir a Pedro o governo da Igreja, pergunta-lhe se ele o ama mais que os
outros. Com efeito, o amor é a fonte, a regra e a lei de toda a verdadeira
vida. Não são as obras que contam diante de Deus, mas é unicamente o amor que
vale. Amar e amar perdidamente a Deus é a única coisa que nos cabe fazer nesta
vida. Podemos, pois, imaginar qual teria sido o imenso amor de São José para
com Deus. Vivia abismado na contemplação do Senhor. Foi tão intenso e ardente o
seu amor para com Deus que, depois de Maria, ninguém amou mais a Deus do que
ele.
Em Nazaré o
menino Deus agia sobre a alma de seu pai adotivo por todos os meios: pelo
olhar, pelo sorriso filial, pelas palavras, pelas carícias. Que incêndio de
amor, diz Santo Afonso, irrompia no coração de José quando trazia em seus
braços o adorável Menino e o apertava ao coração, ou quando o via crescer
diante de seus olhos!
Os dois
discípulos de Emaús sentiram- se abrasados de amor divino, nos poucos momentos
em que acompanharam o Senhor. Não é verdade, diziam entre si, que o nosso
coração ardia dentro de nós, enquanto ele nos falava? Que devemos pensar da
intensa caridade que se desenvolveu no coração de São José, durante os anos que
passou na companhia do Filho de Deus, ouvindo as palavras que saíam de sua boca
e observando seus divinos exemplos?
Que
expansões de puríssima ternura brotavam de sua alma santa! Que ardentíssima
caridade abrasava seu coração!
Nenhum comentário:
Postar um comentário