Parte da homilia do Papa Francisco na abertura da Porta Santa e
Dia da Imaculada Conceição de Maria
Antes de mais nada, a Virgem Maria é convidada a alegrar-Se com aquilo que o
Senhor realizou n’Ela. A graça de Deus envolveu-A, tornando-A digna de ser mãe
de Cristo. Quando Gabriel entra na sua casa, até o mistério mais profundo, que
ultrapassa toda e qualquer capacidade da razão, se torna para Ela motivo de
alegria, de fé e de abandono à palavra que Lhe é revelada. A plenitude da graça
é capaz de transformar o coração, permitindo-lhe realizar um ato tão grande que
muda a história da humanidade.Também este Ano Santo Extraordinário é dom de graça. Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um. É Ele que busca, que vem ao nosso encontro. Neste Ano, deveremos crescer na convicção da misericórdia. Que grande injustiça fazemos a Deus e à sua graça, quando se afirma, em primeiro lugar, que os pecados são punidos pelo seu julgamento, sem antepor, diversamente, que são perdoados pela sua misericórdia (cf. Santo Agostinho, De praedestinatione sanctorum 12, 24)! E assim é verdadeiramente. Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo o caso, o julgamento de Deus será sempre feito à luz da sua misericórdia. Por isso, oxalá o cruzamento da Porta Santa nos faça sentir participantes deste mistério de amor, de ternura. Ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor, porque não se coaduna em quem é amado; vivamos, antes, a alegria do encontro com a graça que tudo transforma.
Nossa comunidade também realizou este gesto simbólico abrindo uma porta Santa para lembrarmos deste momento importante da Igreja e vivenciar com mais intensidade este Jubileu da Misericórdia.
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