Quando surgiu o Natal?
Na Roma Antiga, o dia 25 de dezembro era uma festa pagã, em
que os romanos comemoravam o início do inverno, ou seja, uma festa em honra ao
Sol. Contudo, o cristianismo cresceu e se tornou a religião oficial no tempo do
Imperador Constantino I; grande quantidade de pessoas pagãs converteu para a
religião cristã. A Igreja transformou algumas festas tradicionais pagãs
colocando nelas um sentido cristão, e uma delas celebrava o “deus Sol” no dia
25 de dezembro. Passou, então, a ser a festa do nascimento de Jesus Cristo,
considerado o verdadeiro sol da justiça. Então, tal evento se tornou o Natal
que celebramos hoje.
A tradição do Papai Noel
Por que existe o Papai Noel no Natal? Tem alguma relação o
Papai Noel com o nascimento de Jesus? Em um lugar chamado Myra, hoje na
Turquia, pelos anos 280 d.C. existia uma pessoa real: Nicolau. Ele era um padre
que no início do Natal Cristão distribuía presentes durante as festas
natalinas. A tradição nos conta que era um homem de coração muito bom e que
costumava ajudar os pobres, colocando sacos de moedas nas chaminés ou
jogando-as pelas janelas. Alguns anos depois, ele se tornou bispo, e por isso
começou a usar roupa e chapéu vermelhos, além de ter uma barba branca. Depois
de sua morte, no entanto, a Igreja declarou-o santo e, com isso, o velhinho de
barba branca e roupas vermelhas que distribuía presentes, amava as crianças e
os pobres, passou a fazer parte das comemorações de Natal.
Tradição do presépio
Antes do Natal até o dia do batismo de Jesus, é um costume
montar em nossas casas e nas igrejas o presépio. Mas por que surgiu essa tradição?
No Evangelho de Lucas, encontramos que “Maria deu à luz o seu filho
primogênito, envolveu-o em faixas e deixou o menino em uma manjedoura, porque
não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc. 2,7). A tradição cristã, com
muita criatividade e imaginação, entendeu e situou esse espaço como sendo um
lugar onde tinha uma gruta e um estábulo para os animais. Nesse espaço, havia
boi, ovelha, burro, feno, água e pastores, e no meio de tudo isso se
encontravam Maria, José e o menino Jesus, este envolto em faixa e aquecido
pelos animais por causa do frio.
A representação dessa cena apresentada por Lucas se chama
presépio e na língua portuguesa significa curral, estábulo. Historicamente, a
origem do primeiro presépio nos remete a 1223, na Itália, mais precisamente no
local em que Francisco de Assis criou de argila a cena do nascimento de Jesus
na floresta de Greccio. O objetivo era festejar a noite de Natal e também
explicar, por meio de imagens, a todas as pessoas simples, agricultores e
camponeses, como aconteceu o nascimento do menino Jesus. Tal atitude se
espalhou por toda a Europa nas igrejas, mosteiros e catedrais durante a Idade
Média, transformando-se em costume.
Portanto, o verdadeiro significado que São Francisco quis
dar ao organizar o presépio foi visualizar, simplificar, sensibilizar, além de
dar possibilidade às pessoas de meditarem sobre a mensagem do Evangelho
expressa no nascimento de Jesus Cristo, que nasce na pobreza, simplicidade e
humildade. Simplicidade esta que mostra um Jesus humano, que se fez um de nós
para nos tornarmos mais compassivos e irmãos da natureza. Assim, cada
personagem ou imagem do presépio possui um conteúdo evangelizador: José
representa o esposo, companheiro, homem que trabalha, sustenta, orienta e
respeita a família; Maria, a esposa fiel, mãe, companheira, educadora. Aquilo
que ela não compreendia meditava em seu coração. Os pastores homens simples,
sábios que ouvem e leem os sinais de Deus. Os animais, anjos, estrelas, grutas,
criaturas do Senhor: manifestam o amor de Deus para com a humanidade e vivem
com o homem na mesma “casa comum”, como diz o Papa Francisco.
Qual é o significado do Natal?
Ao longo da história humana, Deus buscou se comunicar com o
homem de várias formas, através da criação, dos profetas e de muitos outros
sinais. São Paulo disse que “muitas vezes e de modos diversos falou Deus,
outrora, aos Pais pelos profetas; agora, nestes dias que são os últimos,
falou-nos por meio de seu filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas,
e pelo qual fez os séculos.” (Hb 1,1-2). Na encarnação, ou Natal de Jesus, Deus
comunica o seu próprio filho. É o ápice, o ponto máximo da comunicação de Deus,
que quis se dar como presente para nós. O criador desejou se fazer criatura. No
Natal acontece a manifestação de todo amor e bondade que Deus tem para com a
humanidade, pois Ele desce de seu trono e se faz um de nós. Um homem igual a
todos os homens, menos no pecado.
Fonte Revista Rainha
Fonte Revista Rainha
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