Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda
página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à
Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o
cardeal Piazza: “O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na
sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida
interior e espiritual”.
Carmelo (em hebraico, “carmo” significa vinha; e “elo”
significa senhor; portanto, “Vinha do Senhor”): este nome nos aponta para a
famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor
Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada pelo
primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45).
Estes profetas foram “participantes” da Obra Carmelita, que
só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que
sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos, chegaram fugidos na
Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este, por sua vez,
estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu
com um escapulário na mão e disse-lhe: “Recebe, meu filho, este escapulário da
tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos
os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do
fogo eterno”.
Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII
chegou a escrever: “Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário
de Nossa Senhora do Carmo – e ainda – escapulário não é ‘carta-branca’ para
pecar; é uma ‘lembrança’ para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a
graça duma boa morte”.
Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar
da história dos Carmelitas e do escapulário, pois onde estão os filhos aí está
a amorosa Mãe.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!
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