Agnes Gonxha Bojaxhiu (1910-1997) nasceu no dia 26 de agosto
na Albânia. Foi educada numa escola pública da atual Croácia. Ingressou na
Congregação Mariana. Com o consentimento dos pais, entrou no dia 29 de Setembro
de 1928 para a Casa das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, em Dublin, Irlanda. O
seu sonho era a Índia, onde faria um trabalho missionário com os pobres. Em 24
de maio de 1931, fez votos de pobreza, castidade e obediência, recebendo o nome
de Teresa.
Da Irlanda, partiu para Índia. Foi enviada para Darjeeling,
local onde as Irmãs de Loreto possuíam um colégio. De Darjeeling a Irmã Teresa
foi para Calcutá onde passa a ensinar História e Geografia no Colégio de Santa
Maria, da Congregação de Nossa Senhora do Loreto, em Calcutá. Mais tarde foi
nomeada Diretora.
Em setembro de 1946 durante uma viagem de trem, ouviu um
chamado interior que a fez decidir abandonar o noviciado e se dedicar aos
necessitados. Depois de apresentar seu plano, recebeu a autorização do Papa Pio
XII, no dia 12 de Abril de 1948. Embora deixando a congregação de Nossa Senhora
de Loreto, a Irmã Teresa continuava religiosa sob a obediência do arcebispo de
Calcutá. Só em 08 de Agosto de 1948 ela deixou o colégio de Santa Maria.
Madre Teresa dirigiu-se para Patna, para fazer um breve
curso de enfermagem. Em 21 de dezembro obtém a nacionalidade indiana. Data que
reuniu um grupo de cinco crianças, num bairro pobre e começou a dar aula. Pouco
a pouco, o grupo foi aumentando. Dez dias depois eram cerca de cinquenta
crianças. Tendo abandonado o hábito da Congregação de Loreto, a Irmã Teresa usava
um sari branco, debruado de azul e colocou-lhe no ombro uma pequena cruz. Ia de
abrigo em abrigo levando, mais que donativos, palavras amigas e as mãos sempre
prestáveis para qualquer trabalho.
Em 19 de março de 1949, as vocações começaram a surgir entre
as suas antigas alunas do colégio. A primeira foi Shubashini. Filha de uma rica
família, disposta a colocar sua vida ao serviço dos pobres. Outras voluntárias
foram se juntando ao trabalho missionário. Mais tarde chamadas de
"Missionárias da Caridade". Em 1949, a constituição da irmandade,
começou a ser redigida.
A Congregação de Madre Teresa, foi aprovada pela Santa Sé em
07 de outubro de 1950. Em agosto de 1952, é aberto o lar infantil Sishi Bavan
(Casa da Esperança) e inaugurado o "Lar para Moribundos", em
Kalighat, auxiliando pobres, doentes e famintos. A partir dessa data, a sua
Congregação começa a expandir-se pela Índia e por várias partes do mundo.
Madre Teresa de Calcutá recebe o Prêmio Nobel da Paz, em
outubro de 1979. Nesse mesmo ano, João Paulo II recebe a Madre, em audiência
privada e a nomeia "embaixadora" do Papa em todas as nações. Muitas
universidades lhe conferiram o título "Honoris Causa". E em 1980,
recebe a ordem "Distinguished Public Service Award" nos EUA. Em 1983,
estando em Roma, sofre o primeiro grave ataque do coração. Tinha 73 anos.
Em setembro de 1985, é reeleita Superiora das Missionárias
da Caridade. Nesse mesmo ano, recebe do Presidente Reagan, na Casa Branca, a
Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração do país. Em agosto
de 1987, vai à União Soviética e é condecorada com a Medalha de ouro do Comitê
Soviético da Paz. Em agosto de 1989, realiza um dos seus sonhos, abrir uma casa
na sua Albânia, sua terra natal. Em setembro de 1989, sofre o seu segundo
ataque do coração e recebe um marca-passo. Em 1990, pede ao Papa para ser
substituída no seu cargo, mas volta a ser reeleita por mais seis anos, até
1996.
Madre Teresa de Calcutá morre no dia 05 de setembro de 1997,
depois de sofrer uma parada cardíaca. Seu corpo foi transladado ao Estádio
Netaji, onde o cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano,
celebrou a Missa de corpo presente. O mesmo veículo que, em 1948, transportara
o corpo do Mahatma Gandhi foi utilizado para realizar o cortejo fúnebre da
"Mãe dos pobres". Em outubro de 2003 Madre Teresa de Calcutá é
beatificada pelo Papa João Paulo II.
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