Dom Bosco é um santo que nos
fascina! Passam os tempos. As culturas passam por transformações. A educação
muda de conceitos e métodos. Os jovens estão sempre no processo de mudança e
novas descobertas. Chegam as novas tecnologias. Novos tempos são inaugurados
com as redes sociais. Com 200 anos do seu nascimento, ele continua atual.
O Santo dos jovens continua sempre novo e nos ensina a nos renovar e caminhar
com os tempos.
Mas afinal, o que faz com que Dom
Bosco seja um santo que caminha com os tempos? O que ele viveu e ensinou que
continua atual no tecido da sua pedagogia educativa?
Dom Bosco teve uma mãe
maravilhosa, amorosa, próxima, exemplo de fé para ele. Órfão de pai bem cedo na
vida, ele aprendeu no coração de sua mãe a arte de viver e amar e se lançar ao
trabalho com disciplina, foco, determinação e propósito. Ele nos ensina
que a formação começa em casa, na família, no amor da família. Depois,
lançou-se a aprender as coisas práticas. Foi engraxate, começou a trabalhar com
madeira, aprendeu a tocar música, a fazer as atividades comuns daquela época:
ler, escrever, praticar esportes, ensinar a catequese e estudar muito. Então,
para ele, educação é entusiasmo, empenho e colocar os dons a serviço dos
outros.
Desde cedo, Dom Bosco aprendeu o
valor de fazer as coisas com profundidade e simplicidade. Ele aprendeu que
podemos fazer o melhor, ser uma pessoa humana, cristã e feliz. De sua
experiência de fé, de vida e amor, ele inaugura um novo modo de educar.
Dom Bosco é um dos maiores gênios
da educação e um dos maiores gênios da humanidade. Por que? Porque ele soube
unir grande inspiração, fé profunda e sincera, trabalho constante, metas para
realizar e um grande sentido de serviço aos outros, sobretudo aos mais
necessitados. Dom Bosco é educador, fundador da Congregação dos Salesianos,
escritor, comunicador, construtor de Igrejas, orientador espiritual, sacerdote,
santo da Igreja.
Em nome de Deus, ele soube amar e
ensinar os jovens a amarem e serem amados. Desta relação honesta e verdadeira
em nome da fé, tornou-se referência de pai e amigo para os jovens e, através da
educação, sabia colocar os jovens diante de grandes horizontes da vida. Além de
ser uma personalidade profundamente rica de valores humanos e cristãos, mostrou
o caminho para outras pessoas crescerem seja a nível pessoal, seja a nível
social. Para Dom Bosco, estar a serviço dos outros é um dom, um modo de
enriquecer-nos, de fazer o bem para os outros e contribuir com o crescimento
humano e espiritual das pessoas.
Dom Bosco nos ensina, nos dias
atuais, como viver a vida com verdade, intensidade e sentido. A grande crise da
humanidade hoje é a crise da alegria profunda e verdadeira. Isto é, uma crise
de humanidade. Por isso o Papa Francisco, que é uma pessoa muito sábia,
escreveu uma carta intitulada “A Alegria do Evangelho”, onde ele percebeu que a
alegria é a grande questão do ser humano em nossos tempos.
Dom Bosco é o santo da alegria.
Ele nos faz pensar hoje quais são as verdadeiras fontes da alegria: alegria de
viver em paz consigo e com os outros, de ter um ideal, de ter um motivo para
viver, um sonho para realizar, um compromisso com a vida, com os valores que
constroem a família, as relações humanas, o trabalho, a justiça, a
solidariedade. Alegria que dá o sentido para a existência; a
alegria que nos faz viver mais saudáveis, com mais serenidade e gratidão.
A alegria que possamos irradiar para os outros que valha a pena viver, a
alegria que tem também um sentido de solidariedade para os outros; e uma
alegria que nasce, sobretudo, de Deus e do serviço aos outros.
Nesses tempos de grandes mudanças
culturais, Dom Bosco continua atual. Afinal, ele foi o santo que soube amar e
colocar o amor no centro da sua pedagogia educativa. Um amor operativo,
criativo, dedicado, sobrenatural. Por isso, continuaremos a cantar e celebrar
Dom Bosco como um santo jovem e sempre novo. Assim é o amor: ele nunca passa. E
será sempre novo e surpreendente. Como foi Dom Bosco!
Padre Gildásio Mendes –
inspetor da Missão Salesiana de Mato Grosso
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