Neste final de semana encerramos as festas pascais com a solenidade de Pentecostes. A oração da coleta do sábado já nos deixa com nostalgia dizendo: "Concedei-nos, Deus Todo-poderoso, conservar sempre em nossa vida e nossas ações a alegria das festas pascais que estamos para encerrar. Sim as festas terminam mas as alegrias dos Aleluias sem fim devem continuar.
Partilhamos nas solenidade linda da vinda do Espírito Santo a mensagem das catequeses do Bispo São Cirilo de Jerusalém.
Agua viva do
Espírito Santo
A água que eu lhe der se tomará nele fonte de água viva, que
jorra para a vida eterna (Jo 4,14). Água diferente, esta que vive e jorra; mas
jorra apenas sobre os que são dignos dela. Por que motivo o Senhor dá o nome de
“água” à graça do Espírito Santo? Certamente porque tudo tem necessidade de
água; ela sustenta, as ervas e os animais. A água das chuvas cai dos céus; e
embora caia sempre do mesmo modo e na mesma forma, produz efeitos muito
variados. De fato, o efeito que produz na palmeira não é o mesmo que produz na
videira; e assim em todas as coisas, apesar de sua natureza ser sempre a mesma
e não poder ser diferente de si própria. Na verdade, a chuva não se modifica a
si mesma em qualquer das suas manifestações. Contudo, ao cair sobre a terra,
acomoda-se às estruturas dos seres que a recebem, dando a cada um deles o que
necessita
Com o Espírito Santo acontece o mesmo. Sendo único, com uma
única maneira de ser e indivisível, distribui a graça a cada um conforme lhe
apraz. E assim como arvore ressequida, ao receber água, produz novos rebentos,
assim também a alma pecadora, ao receber do Espírito Santo o dom do
arrependimento, produz frutos de justiça. O Espírito tem um só e o mesmo modo
de ser; mas, por vontade de Deus e pelos
méritos de Cristo, produz efeitos diversos.
Serve-se da língua de uns para comunicar o dom da sabedoria;
ilumina a inteligência de outros com o dom da profecia. A este dá o poder de
expulsar os demônios; àquele Concede o dom de interpretar as Sagradas
Escrituras. A uns fortalece na temperança, a outros ensina a misericórdia; a
estes inspira a prática do jejum e como suportar as austeridades da vida
ascética; e àqueles o domínio das tendências amais; a outros ainda prepara para
o martírio. Enfim, manifesta-se de modo diferente em cada um, mas permanece
sempre igual a si mesmo, como está escrito: A cada um é dada a manifestação do
Espírito em vista do bem comum (1Cor 12,5).
Branda e suave é a sua aproximação; benigna e agradável é a
sua presença; levíssimo é o seu jugo! A sua chegada é precedida por esplêndidos
raios de luz e ciência. Ele vem com o amor entranhado de um irmão mais velho:
vem para salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, iluminar a alma de quem o recebe, e, depois,
por meio desse, alma dos outros.
Quem se encontra nas trevas, ao nascer do sol recebe nos
olhos a sua luz, começando a enxergar claramente coisas que até então não via.
Assim também, aquele que se tornou digno do Espírito Santo, recebe na alma a
sua luze, elevado acima da inteligência humana, começa a ver o que antes
ignorava.
(Cat 16,De Spiritu Sancto 1,11-12.16; PG 33.931-935.939-942) (Séc. IV)
(Fonte Liturgia das horas)
Nossa comunidade também se reveste das corres do Espírito Santo o vermelho do fogo e do amor.
Na capela, no refeitório, na capelinha interna, na sala, no jardim.
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