ROSÁRIO: ORAÇÃO
BÍBLICA E CRISTOLÓGICA
Uma das objeções que se faz ao
rosário é que ele se constitui apenas em uma oração de devoção, na qual as
pessoas repetem sempre a mesma coisa. Importa lembrar que toda a contemplação
dos mistérios do rosário está fundamentada na Palavra de Deus.
Na carta apostólica O Rosário da Virgem Mana, João Paulo II
explica: “O Rosário, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu
âmago é oração cristológica ou seja, tem
Cristo como centro. E ele fala que a presença de Maria na oração é um ato de
louvor a Deus, pela encarnação redentora, louvor este que a Mãe de Jesus
expressa pelo Magnificat.
Por meio do rosário, o povo cristão frequenta a escola de
Maria para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e
na experiência da profundidade do seu amor”, diz o papa.
A referência bíblica e a centralidade da pessoa de Jesus, na
oração do rosário, são um apelo a que se faça uma pausa para a meditação e a
contemplação dos mistérios enunciados. É recomendado que eles sejam lidos na
Bíblia para que cada fato fique mais bem elucidado.
Em cada passagem dos mistérios, é importante a observação do
que acontece com os personagens, a visualização do cenário e, sobretudo, o entendimento
do que Deus tem a falar, incentivando em todos a escuta da Palavra.
ORIGEM DO ROSÁRIO
O rosário é uma devoção muito antiga e sua história é muito
extensa. Construído ao do tempo, baseia-se na oração dos Salmos, origem da
oração da Igreja.
A palavra rosarium, do latim medieval, quer dizer jardim de
rosas, A rosa tinha um simbolismo muito grande por sua beleza e pelo valor
curativo a ela atribuído. Muitos poemas se referiam a Maria como um jardim de
rosas. Daí surge o rosário, que vem de rosa, flor que ocupa o primeiro lugar entre
todas, assim como Maria é a primeira entre as criaturas.
Nas suas origens, o rosário chamava-se saltério de Nossa
Senhora e de Jesus Cristo”. Reunia 150 rosas em homenagem a Maria,
representando os Salmos, que na Bíblia são em número de 150.
Os monges que não sabiam ler tinham dificuldade em
participar da recitação dos 150 salmos e do breviário, então começaram a rezar
150 pai-nossos, que depois foram
substituídos por 150 ave-marias. E para contar tal quantidade de orações, essas
pessoas carregavam numa bolsa 150 pedrinhas ou pedacinhos de madeira, ou ainda
faziam nozinhos em cordões, como uma coroa de rosas oferecida a Nossa Senhora.
Com o passar do tempo, um monge agrupou as ave-marias em dezenas, intercaladas
por um pai-nosso.
Em 1571, na batalha de Lepanto, num movimento levantado para
a descristianização da Europa, o papa Pio V percebeu claramente a proteção de
Nossa Senhora. Essa vitória foi atribuída a Maria, no dia 7 de outubro, data em
que, mais tarde, passou a ser celebrada a festa de Nossa Senhora do Rosário.
(Fonte: Livro Rosário em Família - Helena Corazza fsp)
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