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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


sábado, 7 de março de 2020

OS MEDOS DA IGREJA

Resultado de imagem para 2º domingo da quaresmaProvavelmente, o medo é o que mais paralisa os cristãos e dificulta seguir fielmente a Jesus Cristo. Na Igreja atual, há pecado e fraqueza, mas, há sobretudo, medo de correr riscos. Iniciamos o terceiro milênio sem audácia para renovar criativamente a vivencia da fé cristã. Não é difícil assinalar alguns desses medos.
Temos medo do novo, como se conservar o passado garantisse automaticamente a fidelidade ao Evangelho. É verdade que o Concílio Vaticano II afirmou deforma rotunda que na Igreja deve haver uma constante reforma, pois como instituição humana, necessita-a permanentemente. No entanto, não é menos verdade que o que move a Igreja nestes momentos não é tanto um espírito de renovação, mas um instinto de conservação.
Resultado de imagem para 2º domingo da quaresmaTemos medo de assumir as tensões e conflitos que surgem com a busca de fidelidade ao Evangelho. Calamo-nos quando deveríamos falar; inibimo-nos quando deveríamos intervir. Proíbe-se o debate de questões importantes, para evitar situações que podem inquietar. Preferimos a adesão rotineira que não traz problemas nem desgosta a hierarquia.
Temos medo da investigação teológica criativa. Medo de rever ritos e linguagens litúrgicas que não favorecem hoje a celebração viva da fé. Medo de falar dos direitos humanos dentro da Igreja. Medo de reconhecer praticamente à mulher um lugar mais de acordo com o espírito de Jesus.
Temos medo de colocar a misericórdia acima de tudo, esquecendo que a Igreja não recebeu o ministério do julgamento e da condenação, mas o ministério da reconciliação. Há medo de acolher os pecadores como Jesus fez. Dificilmente se dirá hoje da Igreja que é amiga dos pecadores, como se dizia do Seu Mestre.
Resultado de imagem para 2º domingo da quaresmaSegundo o relato evangélico, os discípulos caem por terra cheios de medo ao ouvir uma voz que lhes diz: «Este é o meu Filho amado ... escutai-O». É assustador ouvir apenas Jesus. É o próprio Jesus quem se aproxima, toca-lhes e diz: «Levantai-vos, não tenhais medo». Só o contato vivo com Cristo nos poderia libertar de tanto medo.
José Antônio Pagola

2º DOMINGO DA QUARESMA


Jesus é a Boa Notícia que humaniza, e precisamos levá-lo a sério!
Resultado de imagem para 2º domingo da quaresmaO caminho da vida cristã inaugurado por Jesus Cristo, autenticamente humano e plenamente divino, é amor e serviço. E o amor é sempre exigente! Na prisão, Paulo experimenta isso na própria carne, vive o sofrimento por amor como graça, e pede que participemos do seu sofrimento pelo Evangelho. É nesta humana capacidade de sofrer por amor que se esconde o sentido da vida e a maior glória que podemos desejar. Uma vida levada adiante como amor e serviço traz em si a vitória sobre a morte e o brilho da imortalidade!
No segundo domingo da quaresma meditamos sobre a transfiguração de Jesus. Depois de ter perguntado aos discípulos o que o povo pensava sobre ele, Jesus interrogou os próprios discípulos, e ouviu de Pedro uma resposta que apontava para um messianismo forte e nacionalista: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo!” Nessa profissão de fé formalmente correta se escondem ideias e expectativas bastante contraditórias, e Jesus sente necessidade de esclarecer esse messianismo marcado pela ideia de poder e de nação.
Então, Jesus começa a corrigir atentamente as expectativas de sucesso e honra que povoam a mente e o coração de Pedro e dos demais discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la” (Mt 16,24-25). Os discípulos não compreendem estas insistentes palavras de Jesus. Eles, como nós, precisam alimentar-se com sua Palavra e purificar o olhar para serem capazes de, como o bom samaritano e o próprio Jesus, ver, aproximar-se e cuidar da vida ameaçada,com eficácia e ternura. 
Resultado de imagem para 2º domingo da quaresmaSeis dias depois dessas tensões e lições, ocorre a transfiguração de Jesus. A ênfase do relato está mais na dimensão auditiva (a palavra que ressoa desde o interior da nuvem) que no aspecto visual (o brilho forte como o do sol e a brancura brilhante como a da luz). É verdade que a mudança no aspecto visual de Jesus chama a atenção dos discípulos e provoca entusiasmo, tanto que eles até desejam prolongar no tempo esta experiência. É sempre assim: experiências de poder e glória costumam embriagar e podem levar ao fanatismo. Por isso, o evangelho quer chamar nossa atenção para a voz que vem da Nuvem.
Na cena, Jesus aparece acompanhado por Elias e Moisés e conversa com eles. Eles são dois ícones da história do povo de Israel: Moisés, que lembra o êxodo libertador, e Elias, que recorda a profecia corajosa, radicada na experiência de um Deus que caminha com seu povo mas não se deixa prender a nenhuma imagem. Parece que conversam com Jesus sobre o anseio de liberdade e a necessidade de profecia. Mas os discípulos não parecem interessados nisso. Eles se deixam seduzir pelo brilho da cena e fecham os ouvidos ao que se fala.
Resultado de imagem para 2º domingo da quaresmaA nuvem tenebrosa e luminosa que envolve os discípulos assustados recorda o êxodo, a longa e exigente travessia da escravidão para a liberdade. Se antes eles estavam achando tudo muito bom e bonito, caem no chão e são tomados pelo medo quando são envolvidos pela nuvem. Parece que o temor aumenta quando ouvem a voz que ordena: “Este é o meu filho amado, nele está o meu pleno agrado: escutai-o!” Escuta séria e atenta é o que faltava aos discípulos. Nenhum seguidor de Jesus pode pretender menosprezar a lição de um Deus que se deixa crucificar por amor. “Confessar que Jesus deu seu sangue por nós nos impede de ter dúvidas sobre o amor sem limites que enobrece todo ser humano”(CF 2020, nº 175)
O intimismo e o espiritualismo que costumam envolver e acompanhar muitas experiências religiosas podem ser perigosos quando pretendem esconder a letal aliança com o poder das elites a indiferença diante da situação dos oprimidos e das diversas formas de vida ameaçadas. A tentação de construir tendas, templos e palácios em lugares inacessíveis aos simples humanos sempre ronda a Igreja, e nem Pedro e seus sucessores estiveram imunes a ela. É preciso descer da montanha, sair dos templos, livrar-se da sedução do brilho, ganhar as ruas e não esquecer a lição da solidariedade!Na Quaresma, “recordamos e celebramos a oferta de uma vida que foi intensamente doada, dedicada, compartilhada, cuidadora”, diz a CF 2020 (nº 167).
Resultado de imagem para 2º domingo da quaresmaDeus Pai e Mãe! Aqui estamos para escutar a Palavra teu Filho. Suscita e fortalece em nós um sincero desejo de ver, de aproximar-nos com compaixão e de cuidar da vida que sofre. Não nos deixes cair na tentação de armar piedosas tendas longe das dores das vítimas e dos clamores dos pobres e sofredores. Toca delicadamente nosso ombro, espanta o medo que nos aprisiona, e levanta-nos de pé, para que desçamos da montanha revestidos da coragem dos profetas e da esperança dos sonhadores. Assim seja! Amém!
Itacir Brassiani msf

domingo, 1 de março de 2020

VENCENDO AS TENTAÇÕES


Como vencer a tentação.

Resultado de imagem para 1 DOMINGO DA QUARESMAO Catecismo da Igreja Católica, no n. 397, lembra-nos que o homem, tentado pelo demônio, deixou morrer no seu coração a confiança no seu Criador e na sua Bondade, preferindo-se a si próprio em vez de Deus; por isso, desprezou a Deus e confiou mais na palavra enganadora do demônio. «Dali em diante, todo o pecado será sempre uma desobediência a Deus e uma falta de confiança na sua bondade». Por isso, juntamente com a oração, é necessária uma contínua vigilância e uma confiança absoluta em Deus e na sua Palavra, para não cairmos na tentação. «Vigiai e orai para que não entreis em tentação» (Mt. 14, 38). «Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados acima das vossas forças» (1 Cor. 10, 13).

Deixemos que a Palavra de Deus encha o nosso coração e a nossa mente e veremos a força e o poder que ela nos dá diante das maiores tentações.

Há também que fugir das ocasiões de pecado e das más companhias e pedir ajuda, sendo sincero com quem dirige a nossa alma: «tentação descoberta, tentação vencida».

A Confissão frequente dar-nos á graça e fortaleza para lutar contra as más inclinações e resistir à investidas do tentador. Na Eucaristia «torna-se presente de novo a vitória e o triunfo de Cristo sobre o demônio, sobre o mal e sobre a morte»; por isso, comunhão frequente.
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Não esquecer o que nos diz o Salmo 90: «Ele mandou aos seus Anjos que te guardem em todos os teus caminhos».

Outra arma para vencer as tentações que jamais devemos descurar: a devoção filial a Nossa Senhora: «Antes, só, não podias…Agora, recorreste à Senhora, e, com Ela, que fácil» (Cam. 513).

1º DOMINGO DA QUARESMA


Não nos deixemos contaminar pelo vírus da indiferença!
Resultado de imagem para 1 DOMINGO DA QUARESMAO evangelho do primeiro domingo da quaresma nos convida a meditar as tentações de Jesus. A questão central é a seguinte: Quem orienta e determina as ações de Jesus, ou a quem ele serve? Para os discípulos de Jesus, a questão pode ser expressa de modo semelhante: A quem hipotecamos nossa lealdade, ou a serviço de quem nos colocamos? Qual é o horizonte que dá sentido ao que fazemos e sonhamos? Seguimos nossos próprios interesses e tentamos construir nossa vida relativizando tudo, inclusive Deus?
Por ocasião do seu batismo no rio Jordão, Jesus havia dito a João que era preciso cumprir toda a justiça, assumir a condição humana com todas as consequências. Ele fizera a experiência de ser Filho querido e precioso aos olhos do Pai (cf. Mt 3,15-17), mas parece que lhe parecia difícil assumir a condição humana, como o é para nós: a impotência, a carência, a falta de imagens concretas e palpáveis de Deus nos inquieta e deixa inseguros. E aqui está a verdadeira tentação: manipular Deus e viver indiferentes a tudo e todos.
O Evangelho diz que Jesus foi tentado pelo diabo. Este personagem não está nos evangelhos para assustar ou impor medo. Ele simboliza o espírito invisível do império romano, de todos os impérios, e das elites do judaísmo e de todas as instituições, religiosas ou não. As lideranças políticas e religiosas são a forma institucional e histórica deste dinamismo misterioso e potente que opõe resistência aos propósitos de Deus e impõe seus caminhos por meio da indiferença, da injustiça e do medo. E esta força tentadora está presente inclusive no templo, e não apenas no monumental templo de Jerusalém ou de Salomão!
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A lógica do poder questiona e desafia Jesus sobre o modo mais correto e eficaz de viver sua filiação divina, sua lealdade do Pai. E a primeira tentação é esta: aproveitar-se da condição de filho para exibir o poder de Deus e saciar a própria fome, agindo em benefício próprio e sem se importar com os demais, como costumam fazer as elites. Jesus vence esta tentação afirmando que a nossa sobrevivência depende da obediência a Deus e à sua Palavra, e não da submissão interesseira aos poderosos, inclusive àqueles que agem em seu nome.
A segunda tentação ocorre no centro político, social e religioso do judaísmo. Jerusalém e o seu templo, construídos para louvar a Deus e ser asilo aos perseguidos, se transformam em obstáculo à lealdade a ele. Aqui a tentação é exigir provas da proteção de Deus sem a contrapartida da fidelidade, pedir a Deus uma exibição grandiosa e capaz de impressionar. Jesus se recusa a chamar Deus em causa própria, confia filialmente no Pai, age de acordo com a sua vontade e não cede às tentações típicas do poder.
Na terceira tentação, o tentador tira as máscaras e revela seu rosto como poder. Ele leva Jesus a um lugar alto e fala, explicitamente e sem sutilezas, quem controla os impérios e poderes do mundo: é do diabo, do tentador, que os tiranos recebem o poder, e é a ele que servem. Por que Jesus não poderia fazer o mesmo, demonstrar que é filho de Deus agindo segundo a lógica do poder? Mas Jesus permanece fiel à sua identidade de filho do Pai e demonstra a supremacia de Deus sobre todos os poderes.
Resultado de imagem para 1 DOMINGO DA QUARESMAComo Jesus, nossa tentação hoje é fugir da bela e terrível vulnerabilidade humana. Como desejaríamos ser uma espécie de deus!  Jesus relativiza as tentativas e vence a tentação de renegar a condição humana e realizar a vontade de Deus pelas vias do poder, e demonstra que nossa fome radical de vida só pode ser saciada pela Palavra que sai da boca de Deus, pela Utopia para a qual acena reiteradamente. E ensina que Deus vem em nosso auxílio exatamente quando renunciamos a pô-lo à prova.
A Campanha da Fraternidade questiona: Fomos criados para conviver para sempre com a indiferença e o ódio? Seremos capazes de abrir caminhos que os superem? Teremos força e vontade para erradicar o vírus da indiferença, que contamina os organismos sociais e até as comunidades eclesiais? É no interior desse desafio que a campanha quaresmal de 2020 deseja fomentar uma cultura do cuidado, da responsabilidade, da memória e da proximidade, fazendo alianças contra todo tipo de indiferença e ódio (cf. Texto-base, 71).
Resultado de imagem para 1 DOMINGO DA QUARESMADeus querido, Pai e Mãe de todas as criaturas: em Jesus, teu filho e nosso irmão, revelaste quão profunda e vivificante é tua materna paternidade. Que teu Espírito nos conduza nas muitas travessias, nos ajude a superar as tentações do poder e a não transformar a religião num antro de indiferença ou numa cruzada violenta contra a diversidade. Que ele nos sustente na exigente responsabilidade de abrir os olhos e ver, de exercitar a compaixão e de cuidar solidariamente da vida ferida ou ameaçada. Assim seja! Amém!
Itacir Brassiani msf

sábado, 22 de fevereiro de 2020

JEJUM QUARESMAL


A recomendação quaresmal da Igreja é realmente saudável?
Resultado de imagem para JEJUMNa Quaresma, a Igreja recomenda que jejuemos na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, além de evitar comer carne toda sexta-feira. Mas essa recomendação é realmente benéfica para a saúde?
Para começar, falamos sobre dois termos diferentes: jejum e abstinência.

Os benefícios do jejum
Lembre-se de que o jejum recomendado pela Igreja é realizar apenas refeições frugais, para pessoas saudáveis ​​com mais de 18 anos e menos de 60 anos, e apenas nesses dois dias.

No entanto, existem fiéis que optam por um jejum radical que consiste em beber apenas água ou, no máximo, comer um pouco de pão, como forma de expressar sua religiosidade. Essa prática mais radical tem uma tradição antiga e está presente em quase todas as religiões.

Moisés e Jesus jejuaram por 40 dias, o Ramadã muçulmano evita comer qualquer coisa durante o dia por 30 dias. Mahatma Gandhi praticava jejum regularmente, para alguns exemplos.

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Do ponto de vista médico, considera-se que jejuamos quando ingerimos menos de 300 calorias por dia e nos alimentamos apenas de líquidos.

Quando fazemos um jejum prolongado ou intermitente, voluntário e controlado, o corpo começa a consumir as suas reservas, o que pode ser uma prática muito saudável se for feita com bom senso, prudência e orientação médica.

Na maioria das sociedades ocidentais, comemos mais do que nosso corpo realmente precisa e isso produz não apenas obesidade, mas também uma sobrecarga de trabalho para nosso corpo. Quando nosso corpo não trabalha para digerir, ele se dedica à “limpeza” e isso é bom porque:
Resultado de imagem para ABSTINENCIA 
Elimina toxinas
Melhora o equilíbrio corporal
Ajuda a baixar o colesterol
Ajuda o sistema imunológico
Existem estudos que comprovam que o jejum pode ser bom para dores crônicas e doenças reumatológicas e inflamatórias.

Mas se as reservas acabarem, o corpo se desequilibra e isso começa a afetar alguns órgãos, como o fígado e os rins. É por isso que, se optarmos por um jejum radical por muitos dias, primeiro devemos ter certeza de que estamos saudáveis para isso, e depois ouvir o nosso corpo e começar a comer quando começarmos a sentir náuseas, dor de cabeça ou irritabilidade.