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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


sábado, 29 de novembro de 2014

Oração do Advento


Um desejo de Advento

 

Que nossas crianças voltem a brincar nas praças,

e que nossos idosos voltem a sonhar nas noites de solidão!

Ó vem, Senhor, não tardes mais!

Vem saciar nossa sede de Paz!

Que nossos jovens possam se encontrar nas estradas,

e que nossos migrantes liberem seus cantos de saudade!

Ó vem, Senhor, não tardes mais!

Vem saciar nossa sede de Paz!

Que nossos poetas sejam sentinelas na espera do alvorecer,

e que nossos filósofos continuem a te buscar além do limite do saber!

Ó vem, Senhor, não tardes mais!

Vem saciar nossa sede de Paz!

Que nossos artistas corram atrás de ti nos rostos,

e que e nossos loucos continuem a acreditar em ti!

Ó vem, Senhor, não tardes mais!

Vem saciar nossa sede de Paz!

Que nossos pobres partilhem contigo o último pão,

e que os ricos te abram as portas de suas casas!

Ó vem, Senhor, não tardes mais!

Vem saciar nossa sede de Paz!

Que na nossa cidade de hotéis e de casas fechadas

novos pastores e novos magos te busquem, te esperem!

Ó vem, Senhor, não tardes mais!

Vem saciar nossa sede de Paz!

Envia teus anjos para acordar a cidade que dorme,

e torná-la repleta da tua ternura!

Ó vem, Senhor, não tardes mais!

Vem saciar nossa sede de Paz!

Que as crianças e os velhos dancem nas praças, 

ao redor do Messias que vem!

Ó vem, Senhor, não tardes mais!

Vem saciar nossa sede de Paz!

 

Tempo deAdvento


A segunda metade da noite já é o começo da aurora!

Estamos iniciando um novo tempo litúrgico, marcado pela expectativa, pela vigilância e pelo serviço. Somos convidados a compreender vitalmente o núcleo central da esperança do povo de Israel e das comunidades cristãs. Serão quatro semanas para reviver os milênios de expectativa messiânica do povo de Israel e os nove meses de espera da Sagrada Família. Será um tempo para convergir nossos esforços no reconhecimento e na acolhida daquele que vem na fragilidade humana, nas brechas da história. Será um tempo propício para acariciar nossas mais belas e profundas utopias.

O convite de Jesus à vigilância se situa no contexto da crise e relativização dos poderes considerados absolutos e do advento do humano (ou da vinda do Filho do Homem). Ele usa uma linguagem apocalíptica, dizendo que as estrelas caem, os poderes são abalados e as estruturas basilares da ordem social e política sofrem um eclipse. Como as folhas novas da figueira indicam a chegada dos frutos, esses sinais históricos anunciam que uma nova ordem social e uma nova humanidade estão batendo às nossas portas. Tudo o que é histórico é transitório, só a Palavra viva de Deus permanece.

Mas, para os discípulos do tempo de Marcos, a questão crucial era como chegaria e se consolidaria o humano desejado e a ordem justa esperada. Jesus ressalta que o Reino de Deus e o ser humano renovado vêm de baixo, lançam raízes na família humana, que experimenta a noite escura da fragilidade e da injustiça. Ou, dizendo de outro modo, a nova humanidade vem de cima, do alto da cruz, da doação generosa e solidária de nós mesmos e de tudo o que possuímos em favor da vida dos últimos. A Palavra que não passa é aquela que Jesus pronunciou silenciosamente no alto da cruz!

“O que eu digo a vocês, digo a todos: fiquem vigiando!” Nesse pedido, Jesus antecipa o que dirá pouco mais adiante, no Getsêmani: “Minha alma está numa tristeza de morte. Fiquem aqui e vigiem” (Mc 14,34). Essa vigília deveria se estender em quatro momentos sucessivos: a prisão, a negação, a espera e o amanhacer. Mas os discípulos não conseguiram vigiar nem uma hora, e dormiram. Eles não conseguiram assimilar o getsêmani da história, a vulnerabilidade de Deus. A vigilância se fez disfícil porque os discípulos não sabiam o momento e o modo da manifestação do reino de Deus.

O problema se agrava porque hoje muitos cristãos não alimentam mais qualquer espécie de esperança. Não esperam o advento do humano. Não crêem na possibilidade de um mundo outro. Não querem ser perturbados no sono tranquilo e indiferente à sorte dos irmãos e da natureza. E há cristãos que mantêm a esperança, mas continuam confiando nos meios potentes. Não conseguem conceber uma Igreja dos pobres e pelos pobres. Preocupam-se mais com rúbricas litúrgicas que com a justiça e a misericórdia. Preferem dormir sob a proteção dos impérios que transformá-los com a força da fé.

Por isso, precisamos permanecer vigilantes, e não só no Advento! A vigilância é hoje escassa e urgente. E deve ser permanente. O mundo é um grande getsêmani, e nós somos convocados a uma insônia histórica, a manter os olhos abertos e a inteligência lúcida para discernir os sinais de advento do humano. Precisamos cultivar a generosidade que gera o Homem Novo e a Nova Sociedade, permanecer vigilantes para acolher o que está sendo gerado, inclusive fora do ventre da Igreja. Esperar que Deus se revele ao mundo e no mundo, que seja gerada e se manifeste uma Nova Ordem humana e social.

Paulo nos lembra que o próprio Deus é avalista desta esperança, que Aquele que nos chamou é fiel. Sua graça é experiência já no presente: em Jesus fomos enriquecidos na Palavra e no conhecimento. Nele recebemos tudo, e nada de essencial nos falta. Nele já recebemos todas as riquezas que poderíamos desejar. Ele nos fortalecerá até o fim. É claro que é preciso acolher essa riqueza como herança, fazê-la frutificar. Mas temos motivos para confiar, sem nos inquietar, pois “é ele também que vos dará perseverança em vosso procedimento irrepreensível, até o dia de Nosso Senhor, Jesus Cristo”.

Deus pai e mãe, ventre e pátria de todas as criaturas, sonho e promessa dos inconformados e inquietos! Tu sempre vens, e teu movimento é de descida. Ouvido algum escutou, olho nenhum viu um Deus igual a ti. Vens ao encontro de quem pratica a Justiça, e pouco te interessam ritos e cânticos. Em Jesus, vens a nós como agricultor e videira, como pastor e cordeiro, como salvador e irmão, como paz e justiça. Caminha conosco e guia-nos nas estradas do serviço solidário! Desperta nossa  nossa fé anestesiada por práticas  que pouco têm a ver contigo. Salva-nos das trevas, da escravidão! Amém! Assim seja!

Itacir Brassiani msf

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Eleições na Comunidade

Hoje 26 ás 8;30hs tivemos as nossas eleições comunitária, com a presença de nosso Bispo Do Liro Vendelino.
Após o canto ao Espírito Santo e a exortação de Dom Liro que nos admoestou a continuar a sermos presença orante em nossa Diocese foi iniciado a votação ficando reeleita a Ir. Paula do Bom Pastor. Cantamos o Hino de Louvor "Te Deum" e cada irmã deu seu abraço de acolhida a Madre Paula.
Depois nosso Bispo se retirou e damos a continuação da votação para o Conselho da comunidade ficando eleita:
1ª Conselheira - Ir. Maria da Imaculada.
2ª Conselheira Ir. Veridiana do Coração de Jesus
3ª Conselheira Ir. Madalena do Coração de Jesus








 
A  Madre Paula com seu conselho

sábado, 22 de novembro de 2014

Solenidade de Cristo Rei


 
O Rei do Universo é o solidário servidor dos necessitados.



Nosso ano litúrgico termina com a festa de Cristo, Rei do Universo. Essa festa foi instituída oficialmente em 1955, pelo Papa Pio XII, mas hoje temos consciência de que é preciso evitar toda forma de triunfalismo e, ao mesmo tempo, destacar o mistério de Jesus Cristo que, com sua paixão pelo povo e sua vida empenhada em favor dos marginalizados, venceu a opressão e a morte e inaugurou um Novo Tempo, regido pela paz, pela solidariedade e pela partilha. Nesta festa, o que deve sobressair não são nossos indiscretos desejos de superioridade e poder, mas a utopia do bom rei que, como o bom pastor, vela sobre seu povo e o governa na justiça e na paz.

Na primeira carta aos Coríntios, Paulo começa sublinhando que Jesus Cristo experimentou a morte solidária com todos os seres humanos para abrir a todos o caminho da ressurreição. Ele é o primeiro, como as primícias da colheita oferecidas no culto de gratidão a Deus. Nele todos viveremos! Sua verdadeira realeza consiste em destruir os poderes que oprimem a humanidade, os inimigos dos seres humanos, entre os quais o último e mais potente é a morte. Não apenas a morte que vem no final da vida, mas também a morte imposta como ameaça e como fato pelas instituições que oprimem. Esta vitória escatológica que realiza a realeza de Jesus Cristo tem como meta possibilitar que o amor e a vida que vem de Deus seja tudo em todos.

O parábola proclamada na festa de Cristo Rei faz parte dos ‘discursos escatológicos’ de Jesus. Esse gênero literário é um recurso para falar não propriamente daquilo que deve acontecer no fim do mundo, mas para apresentar aquilo que realmente vale enquanto dura nossa vida no mundo. Esse discurso de Jesus nos leva imaginariamente ao fim dos tempos para destacar o que realmente tem valor no percurso da história. É claro que, izendo que o Filho do Homem virá ‘na sua glória’ e se sentará em se ‘trono glorioso’, Lucas está comparando Jesus a um rei. A expressão ‘Senhor’ também tem o mesmo sentido, pois esse era o apelativo com que o povo se dirigia aos chefes, reis e imperadores.

Esta parábola também aproxima Jesus da imagem do juiz, e isso é compreensível numa cultura que atribuía ao rei as funções legislativas, executivas e judiciárias. “Todos os povos serão reunidos diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.” Nesta parábola, julgar significa discernir o verdadeiro valor das ações concretas das pessoas, separadas em dois grupos, a partir daquilo que fizeram e não dos títulos honoríficos ou das meras intenções. Mas é interessante perceber que, mesmo no papel de juiz, Jesus age como pastor.  Por isso, a festa de Cristo Rei vai de mãos dadas com a imagem do Bom Pastor, de Jesus servidor da humanidade.

Não podemos esquecer que os evangelhos nos mostram que Jesus decidiu sentar-se à mesa como conviva dos pecadores, e não como juiz na mesa de um tribunal. Sua vida comprova que ele foi ao encontro e assumiu a causa dos marginalizados. Ele não os esperou sentado na cadeira pretensamente neutra dos juízes. E, além de se apresentar como pastor, juiz e filho do homem, Jesus se identifica com o servo. João Batista o anuncia como ‘cordeiro de Deus’, como aquele que dá a vida em resgate por muitos. E no confronto com as autoridades do seu tempo e com as ambições de poder dos próprios discípulos, o próprio Jesus declara: “Eu estou no meio de vocês como quem está servindo” (Lc 22,27).

O mais importante, porém, está um pouco escondido na instigante parábola que ouvimos. Diante da pergunta sobre o momento e a forma concreta do nosso serviço a Jesus, ele responde: “Todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram...” Jesus é filho da humanidade, irmão dos homens e mulheres mais necessitados, mais concretamente: irmão daqueles que passam fome e sede, dos migrantes e doentes, dos pobres e presidiários. Um culto que queira ser agradável serviço a Deus não pode prescindir do amor solidário e libertador aos pobres, não pode passar ao largo das necessidades do próximo, pois estaria deixando de lado o próprio Cristo rei.

Deus pai e mãe, pastor do rebanho e protetor dos pequenos! Neste dia em que celebramos meio sem jeito teu Filho como Rei do Universo, te pedimos: purifica nossa liturgia e nossa mente e a das autoridades da Igreja de todo desejo de honra e de poder. Confirma-nos no lugar do servo, lugar que teu Filho ocupou e que não lhe será tirado. Fortalece os leigos e leigas que, de mil e uma maneiras, tornam efetivo o reinado de Jesus Cristo e transformam o mundo. E concede a todos nós a graça de te reconhecer, amar e servir atenta e delicadamente nos nossos irmãos e irmãs. Amém! Assim seja!

Pe. Itacir Brassiani msf

Retiro da comunidade

Do dia 16 á tarde até esta manhã nossa comunidade esteve em retiro, pregado pelo nosso frei Marcos Junchem definidor geral para  América Latina.
O tema que desenvolveu foi a Comunidade Fraterna em Santa Teresa. Iniciou colocando que muitas vezes olhamos a Vida Religiosa com um certo pessimismo, as desilusões vem quando não conseguimos chegar ao que gostaríamos de ser. Quando não se encontra solução para os problemas.
Exortou a buscarmos o positivo. Olhar a cada dia qual as graças que Deus realiza em cada uma, quais as fontes que nos dão vida. Mudar o olhar depreciativo para ver o bem, o positivo.
Falou que aprendemos com os erros, mas muito mais com os acertos. Ter um rosto de sorriso.
Somos convidados a aperfeiçoar tudo aquilo que somos. Abraçar o milagre que somos.
Aspectos positivos a vivenciar.
1- Descobrir o melhor em nós mesmos e em nossa comunidade.
2- Sonhar e  visualizar os processos que funcionaram bem no futuro.
3- Planificar, aprofundar e priorizar o que queremos.
4- Implementar, por em prática.



 
 
Frei Marcos nos falou muito sobre a necessidade de nos colocar nas mão de Teresa. explanou os 5 pontos que representam os 5 dedos de Teresa.
1- Só Deus Basta.
2- A Humanidade de Cristo. O amor de Jesus, a sua Palavra, a Igreja e a Missão.
3- A pessoa de cada um de nós. O cultivo da vocação cristã e religiosa.
4- O amor ao próximo. A fraternidade. "Aqui todas hão de se amar".
5- A Ecologia e o meio ambiente. O cuidado da natureza.
 
Teresa nos deixa uma trilogia de coisas necessárias para a vivência de vocação e da oração.
 1- O Amor de umas com as outras isto é, o amor fraterno.
2- O desapego de todas as coisas que é uma atitude de pobreza interior e conquista de liberdade de espírito.
3- A humildade que é o conhecimento  e aceitação de si mesmo. Humildade que é andar na verdade.
 
O retiro foi se desenvolvendo num clima de paz e serenidade onde Fr. Marcos foi falando da vida carmelitana este lugar que dizia Teresa: "Esta casa é um céu, se pode haver um na terra. Para quem só se contenta em agradar a Deus, não dando importância ao seu próprio  prazer leva uma vida muito boa". (C 13,7)
No sábado de manhã tivemos nossa missa de encerramento com a renovação dos votos das irmãs.
 








 
No final da celebração Fr. Marcos benzeu as imagens de São João da Cruz e Santa Teresa que chegaram ontem em nossa comunidade. Agradecemos a todos que rezaram por nós neste nosso retiro, e nós também rezamos por todos em comunhão com toda a Igreja.
 



 
 

domingo, 16 de novembro de 2014

Retiro comunitário


A partir de amanhã 17 até no próximo sábado 22, nossa comunidade estará em retiro pregado pelo nosso Definidor Geral e irmão nosso Frei Marcos Juchem. Pedimos a oração de todos para que este momento de graça seja de muito proveito para cada irmã em particular como a toda a Igreja.
Retiro é esta parada na vida para entrar mais profundamente no interior e ali descobrir os valores que estão em botão para serem adubados e desenvolvidos. Perceber quais as dificuldades que estão atrapalhando a caminha rumo ao definitivo. Organizar aquilo que está bagunçado. Fazer um balanço das coisas boas realizadas e propor-se a novos desafios e desejos. Em fim é encontrar-se consigo mesmo e com Deus para sair mais enriquecida para continuar a caminhada no seguimento de Jesus. PEDIMOS ORAÇÕES DE TODOS.

sábado, 15 de novembro de 2014

Romaria do Caaró



A diocese de Santo Ângelo neste Domingo realiza sua 81º Romaria ao Santuário de Caaró onde foi martirizado os padres Roque, Afonso e João. Partilhamos um pequeno histórico destes santos missioneiros e uma carta de Padre Roque Gonzáles descrevendo a realidade daquela época e sua ação missionário entre os índios.


Roque Gonzátez de Santa Cruz nasceu em 1576 na cidade Assunção (Paraguai). Era já sacerdote quando entrou na Companhia de Jesus em 1609, e durante quase vinte anos procurou  civilizar os índios que habitavam nas florestas daquelas regiões agrupando-os nas “Reduções”e instruindo-os na fé e nos costumes cristãos. Foi morto traiçoeiramente pela fé, a 15 de novembro 1628, juntamente com Afonso Rodríguez, espanhol. Dois dias mais tarde, em outra “Redução”, sofreu cruel martírio João Castilio, também espanhol, que tinha sido ardente defensor índios contra os seus opressores. Estes três sacerdotes Jesuítas martirizados na região do Rio da Prata, foram canonizados x Papa João Paulo II em 1988.

Das Cartas de São Roque González

Voltando pouco depois para lá encontrei um local onde podia ficar: uma pequena choupana perto do rio; e, passado algum tempo, ofereceram-me uma palhoça maior. Dois meses mais tarde, o Padre Reitor enviou o Padre Diogo de Boroa. Este chegou finalmente na segunda -feira de Pentecostes. Com muita consolação considerávamos como o amor de Deus nos juntava naquelas terras tão longínquas. Dividimos entre nós o limitado espaço da nossa morada, com um tabique feito de canas. Ao lado tínhamos uma capela, pouco maior que o próprio altar em que celebrávamos a Missa. Por eficácia deste supremo e divino sacrifício, cm que Cristo se ofereceu ao Pai na Cruz, começou ele a triunfar ali, pois os demônios que antes costumava aparecer a estes índios não se atreveram a aparecer mais, como testemunhou algum deles. Resolvemos continuar na mesma palhoça, embora tudo nos faltasse, O frio era tanto que nos custava adormecer O alimento também não era melhor: milho ou farinha de mandioca, que é a comida dos índios; e porque começamos a buscar pelos bosques umas ervas de que se alimentam os papagaios, com este apelido nos chamavam.

Prosseguindo as coisas deste modo, e temendo os demônios que, se a Companhia de Jesus entrasse nestas regiões, eles perderiam em breve o que por tanto tempo tinham possuído, começaram a espalhar por todo o Paraná que nós éramos espiões e falsos sacerdotes, e que trazíamos  a morte em nossos livros e imagens. Divulgou-se isto a tal ponto que, estando o Padre Boroa a explicar aos índios os mistérios da nossa fé, eles temiam aproximar-se das sagradas imagens, com receio de algum contágio mortífero. Mas estas ideias foram-se desfazendo pouco a pouco, sobretudo quando viram com os próprios olhos que os nossos eram para eles como verdadeiros pais, dando-lhes de bom grado quanto tinham em casa e assistindo-os nos seus trabalhos e enfermidades, de dia e de noite, auxiliando-os não só em proveito das suas almas, o que é certamente mais importante, mas também dos seus corpos.

E assim, quando vimos consolidar-se o amor dos índios para conosco, pensamos em construir uma igreja, que, embora pequena e modesta e coberta com palha, apareceu a esta gente miserável como um palácio real, e ficam atônitos quando levantam os olhos para o teto. Ambos tivemos de trabalhar com barro para fazer o reboco e para ensinar os indígenas a fazer tijolos. Deste modo conseguimos ter igreja pronta para o dia de Santo Inácio do ano passado de 1615. Neste dia celebramos lá a primeira missa e renovamos os nossos votos. Houve ainda outros ritos festivos, quanto era possível segundo a pobreza do lugar. Também quisemos organizar umas danças, mas estes rapazes são tão rudes que não conseguiram aprendê-las. Levantamos depois uma torro de madeira e pusemos nela um sino que a todos encheu de admiração, pois nunca tinham visto nem ouvido semelhante coisa. Também foi ocasião de grande devoção uma cruz que os próprios indígenas levantaram: tendo-lhes nós explicado por que razão os cristãos adoram a cruz, eles se ajoelharam conosco para adorá-la. Desconhecida até agora nestas terras espero em nosso Senhor que esta cruz seja o princípio para se levantarem muitas outras.
 
 

sábado, 8 de novembro de 2014

Romaria do Caaró


A Diocese de Santo Ângelo realiza neste próximo Domingo dia 16 de Novembro sua tradicional Romaria do Caaró, junto ao Santuário de Caaró. Neste ano será realizada a 81ª edição com o Lema:
"Santos Mártires, acompanhai-nos na missão!".
Estão sendo esperados romeiros e caravanas de todas as paróquias da Diocese, assim como de Dioceses vizinhas, do Estado do Rio Grande do Sul, países vizinhos como: Argentina, Uruguai e Paraguai.


A Romaria diocesana do Caaró sempre proporciona aos romeiros um novo encontro com Jesus Cristo. Este fato por si só constitui razão suficiente e motivação bastante para as pessoas participarem da Romaria. No entanto, muitas outras motivações levam as pessoas a se dirigirem ao Santuário de Caaró neste dia da Romaria. Milhares de pessoas têm a oportunidade de viver um dia de oração, penitência e encontro com Deus e com irmãs e irmãos para partilhar alegrias e esperanças e para mostrar solidariedade e amor fraterno, para encorajar quem passou ou passa por dores e sofrimentos. As pessoas têm a graça de experimentar, pela intercessão dos Mártires, a bênção deste lugar santificado pelo seu sangue.
 

A Romaria Diocesana dos Mártires das Missões, no terceiro domingo de novembro, é um momento forte da caminhada pastoral da Igreja diocesana. Em 2014, terá como tema Iniciação à vida cristã. Além dos motivos particulares que cada um traz para elevar um louvor a Deus, as pessoas são convidadas também a prestar um louvor especial a Deus pelas ações que estão acontecendo na Diocese para favorecer os processos de iniciação à vida cristã.





Programação

A programação da 81ª Romaria inicia com a acolhida aos romeiros.

9h- Via-Sacra.

10h- celebração Eucarística, presidida por Dom Liro Vendelino Meurer
e concelebrada pelos demais bispos e padres presentes.

Logo após a missa, almoço e convívio fraterno...

A partir das 13h30min., apresentações artísticas.

15h- Bênção da Saúde, envio e encerramento.

 

Santos Mártires, acompanhai-nos na missão!
 
Fonte; Diocese Santo Ângelo